OPINIÃO

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‘EDITORIAL’ – Edição 408 (16 a 31/08/2023) – ‘SUS, importante, precisa melhorar!’

Datada de 4 de agosto, em reportagem de Cristiano Dalcin, na RBS TV, é informado que uma paciente precisaria de um exame por ano para acompanhar crescimento do tumor.

Em diferentes Editorias aqui do JORNAL CIDADE – Ministério da Saúde/redução das filas, Saúde Pública. Urnas de outubro e Viva o SUS! Carece melhorar! –, o SUS, sua importância e a necessidade de o mesmo ser melhorado ganharam abordagens, justamente para evitar problemas enormes como esse do Rio Grande do Sul, que na publicação tem, entre outros trechos (adaptados pelo JC):

Uma paciente de Porto Alegre com câncer no cérebro, que precisaria fazer ressonância magnética anualmente, tentou marcar o exame pelo Sistema Único de Saúde e conseguiu data apenas para daqui a três anos. A dona de casa Ana Maria Machado explica que o tumor foi descoberto na hipófise, glândula do cérebro, após ser operada para a retirada de outro tumor, no crânio, há 20 anos. Ela precisa fazer pelo menos uma ressonância por ano, para acompanhar o crescimento do tumor. Depois de uma consulta, Ana Maria foi encaminhada à Santa Casa de Porto Alegre para fazer o exame pelo SUS. A data marcada foi 12 de julho de 2026.

A ressonância magnética custa, em média, R$700 em uma clínica particular. Em Porto Alegre, 1.416 pacientes esperam na fila do SUS para fazer esse exame. São apenas 50 atendimentos a cada 30 dias, e mais de 100 novas solicitações no mesmo período. Neste mês, a Secretaria de Saúde de Porto Alegre anunciou o início de um mutirão para tentar reduzir as filas para exames, consultas e cirurgias pelo SUS. Ana Maria foi a uma Unidade de Saúde e conseguiu encaminhamento para um exame de tomografia, que não é o mais indicado para o acompanhamento de seu câncer. A SMS afirma que “não tem informações das razões para ser numa data tão longínqua”.

De acordo com o neurocirurgião Luiz Felipe de Alencastro, nenhum paciente oncológico pode esperar tanto tempo para fazer uma ressonância. “Não existe nenhum tipo de tumor que a gente vá considerar três anos como um tempo adequado de intervalo. Mesmo tumores altamente benignos, de crescimento lento, que foram removidos, por exemplo, não vai se deixar passar um prazo de três anos. Quanto mais precocemente nós fizermos a detecção de uma progressão ou de uma recidiva, de um retorno do tumor, melhor é de tratar”.

[Nota da SMS]: “A SMS informa que há um limite contratual para apresentação da produção mensal, como qualquer outro contrato do SUS em todo o País. Conforme modelo de financiamento, todos os prestadores possuem contrato com limite financeiro a ser pago, mas não significa que uma produção que pontualmente foi extrapolada por necessidade de atendimento ao paciente não possa ser ressarcida nos meses subsequentes”..

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