PAINEL CULTURAL

DR. ABILIO WOLNEY AIRES NETO

DR. ABILIO WOLNEY AIRES NETO é juiz de Direito titular da 9ª Vara Cível de Goiânia-GO.; graduando em Filosofia e em História; e, acadêmico de Jornalismo; autor de 15 livros de história regional, poemas, crônicas e Direito; ocupante de cadeiras no Instituto Histórico e Geográfico de Goiás (IHGG), Instituto Cultural e Educacional Bernardo Élis (ICEBE), na Academia Goianiense de Letras (AGnL), Academia Dianopolina de Letras (ADL), Academia Aguaslindense de Letras (ALETRAS); e, membro da União Brasileira de Escritores (UBE-GO) – Seção Goiás; e, do Gabinete Literário Goyano.
Contatos: @AbiliowolneyYouTube

‘A cidade de Ana : Anápolis’ [Capítulo XIX – ESTRELAS DO CINEMA QUE VIVERAM EM ANÁPOLIS

[Em diferentes edições e capítulos, o JORNAL CIDADE publica ‘A cidade de Ana : Anápolis’, livro do articulista Abilio Wolney Aires Neto, lançado pela editora Kelps (Goiânia-GO.), em 2017

XIX – ESTRELAS DO CINEMA QUE VIVERAM EM ANÁPOLIS

 

O escritor Hélio Rocha nos fala de duas divas que viveram em Anápolis:

Ambas compartilharam, com notável proeminência, o universo das celebridades fabricadas pelo cinema, pelo teatro e pela TV dos Estados Unidos, o que lhes deu, por desdobramento, fama mundial.

Igualmente, foram consideradas, as duas, excelentes atrizes, tanto que uma arrebatou o primeiro Oscar de melhor atriz, em 1928.

Quanto à outra, conquistou, por duas vezes, o consagrado Prêmio Tony de Teatro: melhor atriz em 1950, pelo desempenho no musical South Pacific, e melhor atriz em 1955, no musical Peter Pan.

Essas duas estrelas, Janet Gaynor e Mary Martin, ligaram-se a Anápolis por um período apreciável de suas vidas. Além de uma longa amizade, ao que consta mais do que amizade mesmo, pois, não obstante Gaynor tivesse passado por três casamentos e Mary Martin por dois, consta que uma relação amorosa se sobrepunha à amizade entre elas. Gaynor era sete anos mais velha.

A personagem responsável pelo começo da ligação das duas estrelas norte-americanas com Anápolis chamava-se Joan Lowell, a dona Joana, como a ela se referiam os anapolinos, e que viveu durante muitos anos em uma chácara localizada ao norte da cidade, perto da saída rodoviária para Corumbá de Goiás.

Joan Lowell convidou muitos astros e estrelas de Hollywood a conhecerem Anápolis. Entre os que aceitaram o convite, incluíram-se o na época ator, posteriormente governador da Califórnia e presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan; e a atriz Janet Leight, que fez o principal papel no mais famoso filme de suspense do rei deste gênero, Alfred Joseph Hitchcock, Pisocose (Anápolis – E Assim se Passaram 100 Anos, Hélio Rocha, Rocha Comunicação, Kelps, 2007).

 

Laura Augusta Gaynor nasceu na Filadélfia, Pensilvânia e mudou-se com sua família para São Francisco, durante a infância. Quando se formou no colégio, em 1923, Gaynor decidiu perseguir a carreira no mundo artístico.

Ela se mudou para Los Angeles, onde se sustentava trabalhando em uma loja de calçados, recebendo 18 dólares por semana.

Ela conseguiu posar e faturar pequenos papéis em vários filmes e curtas de comédia por dois anos. Finalmente, em 1926, na idade de 20 anos, ela foi escalada para um papel principal em The Johnstown Flood de 1926. No mesmo ano, ela foi selecionada como uma das Baby WAMPAS Estrelas (com Joan Crawford, Dolores del Río, entre outras). Seu excelente desempenho lhe valeu a atenção dos produtores, que a lançaram em uma série de filmes.

Janet Gaynor estreou no cinema como figurante em 1924, mas se tornou uma das estrelas mais populares do cinema mudo, a partir de 1927, quando estrelou Seventh Heaven, que no Brasil recebeu o título de Sétimo céu.

Foi a primeira atriz a receber o Oscar de Melhor Atriz (principal), em 1928, pelos filmes Sétimo céu e Aurora. A partir daí, sua carreira se consolidou e Janet apareceu em quase quarenta filmes, todos realizados pela Fox.

Em 1937, estrelou a primeira versão de Nasce uma Estrela, depois refilmado por Judy Garland, em 1954, e por Barbara Streisand, em 1976. Em 1939, insatisfeita com os papéis que lhe eram oferecidos, Janet abandonou o cinema e, na década de 1950, comprou uma fazenda em Anápolis, interior de Goiás com o marido. No final da década de 1960, vendeu seu imóvel no Brasil e voltou a morar na Califórnia.

Dois anos antes de morrer, aos 77 anos, vítima de pneumonia, Janet sofreu um grave acidente automobilístico no qual teve onze costelas quebradas, uma clavícula fraturada, fratura pélvica, bexiga ferida e um rim danificado. O motorista bêbado da van, Robert Cato, foi condenado a três anos de prisão por dirigir embriagado e por homicídio culposo.

Ela foi enterrada no Hollywood Forever Cemetery, em Hollywood, Califórnia, ao lado de seu segundo marido, Adrian, mas em sua lápide se lê “Janet Gaynor Gregory” em homenagem ao seu terceiro marido, o produtor e diretor Paul Gregory.

Sua estrela na Calçada da Fama pode ser encontrada na 6284 Hollywood Blvd.

 

Prêmios e indicações:

Oscar de Melhor Atriz (principal) por Seventh Heaven (1929)

Indicada Melhor Atriz por A Star Is Born (1938)

 

 

Fotos: livro

 

Já Mary Virgínia Martin, mãe do ator Larry Hagman (Weatherford, 1 de dezembro de 1913 – Rancho Mirage, 3 de novembro de 1990) foi uma atriz, dançarina e cantora americana. Estrela da Broadway, participou de inúmeras montagens em peças e musicais, como:

  • Leave It to Me!, em 1938;
  • Peter Pan, em 1954/55
  • I Do! I Do!, em 1967;
  • Hello, Dolly!, em 1965/66.

No musical Peter Pan, ganhou o Tony Award de “Melhor performance de uma atriz protagonista em musical”.

Também trabalhou no cinema e na televisão com produções como:

  • The Rage of Paris, de 1938;
  • New York Town, de 1941;
  • Night and Day, de 1946;
  • Main Street to Broadway, de 1953;
  • Na televisão, participou do musical Peter Pan, em 1960.

Em 1943, recebeu o Prêmio Donaldson pelo Círculo de Críticos de New York. Além do Tony de 1956, recebeu um Emmy pelo seu trabalho no musical Peter Pan de 1960. Em 1973, Mary Martin entrou para o Hall da Fama do teatro americano e, em 1989, foi condecorada com o Kennedy Center Honors, entre outras premiações e honrarias.

Possui uma estrela na Hollywood Walk of Fame pelos seus serviços fonográficos. [24

 

 

 

O gestor e historiador Jairo Alves Leite participa da pesquisa histórica do filme sobre o cinema em Anápolis. Quando Diretor do Museu Histórico de Anápolis, este autor teve a oportunidade de entregar em suas mãos (para o acervo) a fotografia de corpo inteiro do Dep. Abílio Wolney, dada a significação do seu nome para a história local.

 

[23 Anápolis – E Assim se Passaram 100 anos, Hélio Rocha, Rocha Gráfica e Editora Jornalística, Kelps, 2007.

[24 Veja também na enciclopédia virtual da Wikipédia.

 

[Continua na próxima postagem quinzenal, com a publicação do Capítulo XX

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