PAINEL CULTURAL

DR. ABILIO WOLNEY AIRES NETO

DR. ABILIO WOLNEY AIRES NETO é juiz de Direito titular da 9ª Vara Cível de Goiânia-GO.; graduando em Filosofia e em História; e, acadêmico de Jornalismo; autor de 15 livros de história regional, poemas, crônicas e Direito; ocupante de cadeiras no Instituto Histórico e Geográfico de Goiás (IHGG), Instituto Cultural e Educacional Bernardo Élis (ICEBE), na Academia Goianiense de Letras (AGnL), Academia Dianopolina de Letras (ADL), Academia Aguaslindense de Letras (ALETRAS); e, membro da União Brasileira de Escritores (UBE-GO) – Seção Goiás; e, do Gabinete Literário Goyano.
Contatos: @AbiliowolneyYouTube

‘A cidade de Ana : Anápolis’ [Capítulo XXI – ALGUNS VULTOS ANAPOLINOS

[Em diferentes edições e capítulos, o JORNAL CIDADE publica ‘A cidade de Ana : Anápolis’, livro do articulista Abilio Wolney Aires Neto, lançado pela editora Kelps (Goiânia-GO.), em 2017

Diversos jornais foram criados na década de 1930. De todos eles, apenas O Anápolis resistiu ao tempo e funciona até hoje – Foto: livro

XXI – ALGUNS VULTOS ANAPOLINOS

 

Há mais de 20 anos, a histórica revista Imagem Atual, então dirigida pelo jornalista Castro Alves, nos emprestava uma página de época, biografando brevemente vultos da Cidade de Ana, pelo seu trabalho dedicado nos diferentes campos da atuação humana, são muitos os anapolinos, alguns nascidos e outros radicados na cidade, no presente e no passado, que se tornaram reconhecidos e destacados no Brasil e no exterior: [25

Ursulino Tavares Leão – Natural de Crixás, Goiás, formou-se em direito em Belo Horizonte e há vários anos reside em Goiânia, depois de morar por longo tempo em Anápolis, onde escreveu inúmeras obras. Dentre essas, destaca-se: Fonte Expressa. Ocupou a vice-governadoria e governadoria do Estado. É membro da Academia Goiana de Letras.

Maira Ivone Correa Dias – Professora e poetisa. Seus trabalhos poéticos denotam sensibilidade e profundo domínio do conhecimento e da arte, e estão publicados em diversos livros. Destacam-se: A Poesia em Goiás e Anuário da Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás (entidades à qual pertence). É natural de Unaí, Minas Gerais, e foi destacada com o título de “Cidadã Anapolina”.

Iron Junqueira – Poeta, jornalista, escritor, filantropo e artista plástico. Natural de Brazabrantes, Goiás, mudou-se para Anápolis, ainda menino. Estudou em Silvânia e começou sua vida literária trabalhando no jornal fundado por seu pai, o jornalista Sebastião Junqueira, Tribuna de Anápolis. Entre seus livros, destacam-se: O Nono de Nana (que recebeu críticas favoráveis da imprensa nacional); ##Canção do Amanhecer; Há tantas flores pelo Caminho; Primavera ao Longe; Pelo Clarão da Janela; Canção da Esperança; Quando Brilhar de Novo o Sol e dezenas de outros, formando mais de trinta títulos, sendo o último lançado: Esse Rosto Não Me Parece Estranho (dezembro/1992). Sob o pseudônimo de Emiliano Zarra, escreveu, entre outros, Páginas Recreativas; O Lado Pitoresco da Vida. Fundou o Lar da Criança Humberto de Campos. Pertence à Arcádia Goiana de Cultura.

James Fanstone – Natural de Recife (PE), onde nasceu a 8 de agosto de 1890 e formou-se em Medicina pela Universidade de Londres, Inglaterra, onde doutorou-se, ao lado da Universidade de Minas Gerais. Em Anápolis, fundou o primeiro hospital do Estado de Goiás – o Evangélico Goiano – em 1927, e a Escola de Enfermagem “Florence Nightingale”, em 1934. É pioneiro na interiorização da Medicina no Brasil Central. Integrou o grupo que fundou a Associação Educativa Evangélica. Era Oficial da Mui Excelente Ordem Anhanguera; Cidadão Goiano; Cidadão Anapolino. Faleceu em Anápolis a 15 de agosto de 1987.

Luiz Caiado de Godoy – Nasceu na Cidade de Goiás, a 21 de agosto de 1888. Cursou a Escola Superior de Agricultura da Universidade de São Paulo, em Piracicaba. Ao transferir-se para Anápolis tornou-se membro do Conselho Consultivo da cidade, em 1932. Era professor e jornalista. Fez as primeiras experiências de cultivo de trigo em Goiás. Compôs a comissão que escolheu a região para instalação da Colônia Agrícola, acompanhando o engenheiro Bernardo Sayão. Em 1934, fundou o Clube Recreativo Anapolino, juntamente com outro. Fundou o jornal O Anápolis, também em 1934, do qual foi o primeiro diretor. Em 1941, fundou o Rotary Club de Anápolis. Foi um dos fundadores da loja Maçônica “Lealdade e Justiça”, em 1933; da Loja Roosevelt, em 1947; e da Grande Loja do Estado de Goiás, da qual foi o primeiro Grão Mestre. Era vinculado à sociedade Brasileira de Genética. Escreveu inúmeros trabalhos publicados em jornais e revistas. Faleceu em Anápolis, a 26 de agosto de 1987.

Bernardo José Rodrigues – Natural do Rio de Janeiro, onde nasceu em 1908, ali se formou-se em Medicina, em 1934. Fixou residência em Anápolis em 1937, depois de residir em Portugal, onde iniciou sua carreira literária. Falava e escrevia em alemão, francês, espanhol, latim e em outros idiomas. Ganhou vários prêmios literários e escreveu Arigopetas e Arigopatas; O Discurso do Paria; e Um Consultório na Roça. Na década de 40, fundou o Hospital Divino Padre Eterno (hoje Clínica Wassily Chuc), na Vila Góis. Era membro da Sociedade Brasileira de Escritórios Médicos, da União Brasileira de Escritores – Seção de Goiás e foi presidente da Associação Médica de Anápolis. Detinha o título de Cidadão Anapolino. Faleceu em 18 de abril de 1986, nesta cidade.

Alderico Borges de Carvalho – Destacou-se pela sua atuação como altruísta e benemérito. Nasceu a 20 de maio de 1914, em Anápolis, filho de tradicional família de empresários. Nessa cidade faleceu a 31 de janeiro de 1991. Era formado em Ciências Contábeis, pela Faculdade Álvares Penteado, de Uberaba (MG). Foi um dos primeiros revendedores de automóveis do Estado de Goiás. Era neto de Zeca Batista, pelo lado materno e, na antiga morada de seu avô, está hoje o Museu Histórico de Anápolis, na Rua Coronel Batista. Essa casa histórica, construída em 1907, foi doada por Alderico Borges de Carvalho ao Município.

João Luiz de Oliveira – Nasceu em Anápolis a 30 de outubro de 1904. aprendeu a ler com os pais. Autodidata, muito cedo interessou-se por livros, adquirindo parte da biblioteca jurídica e humanista de Hermógenes Monteiro. Foi chefe político da cidade e seu intendente. Era jornalista escritor. Fundou, a 26 de abril de 1931, o Grêmio Literário Moisés Santana, o primeiro da cidade. Foi diretor, redator e colaborador de vários jornais: A Luta; O Goya; O Anápolis. Publicou na revista A Cinquentenária, editada em 31/07/57, o artigo “Subsídio à História de Anápolis”, focalizando aspectos da vida anapolina, considerado “um excelente trabalho histórico”. Escreveu crônicas e versos amorosos sob o pseudônimo de Julioli. Faleceu em 1969.

Monsenhor João Olímpio Pitaluga – sacerdote polêmico e combativo, destacou-se sempre pela sua iniciativa empreendedora. Ao lado do sacerdócio, que exerceu com extremada dedicação, fundou o Lar dos Meninos que hoje leva o seu nome e influiu na criação da Santa Casa de Misericórdia, do bom Centro de Assistência Social de Anápolis, do Ambulatório Bom Jesus e da Conferência São Vicente de Paulo. Em Belo Horizonte, onde serviu como pároco na década de 40, fundou a Paróquia do Santo Cura D’Ars e construiu a Igreja de N. Sra. das Graças. Monsenhor Pitaluga chegou a Anápolis a 17 de abril de 1932, como vigário da Paróquia de Santana e depois, em 1935, passou para a Paróquia do Senhor Bom Jesus da Lapa, na condição de pároco inamovível. Licenciado, foi para Belo Horizonte em 1940 e retornou a Anápolis em 1950, onde permaneceu até sua morte em 31 de outubro de 1970. Era natural de Rio Verde, Goiás, nascido a 8 de setembro de 1895.

Antônio Gomes Pinto – Natural de Anápolis, onde nasceu a 27 de novembro de 1912, A. G. Pinto era autodidata, tal como João Luiz de Oliveira. Aos 19 anos de idade, fundou o jornal A Luta e foi empresário de porte, dono de cinema, tipografia, livraria etc. Entre suas obras, destacam-se: Amor Mágico; A Chave das Ciências Ocultas; Comércio e Indústria ao Alcance de Todos. Fundou, também, outros jornais: Correio Goiano; Goiás Novo; e Ronda. Foi um dos fundadores da “Igreja Cristã Científica do Brasil” e nomeado seu bispo. Usava o pseudônimo de João Minas. Perseguido politicamente por seus artigos contra Getúlio Vargas, foi preso e depois colocado em liberdade vigiada. Morreu doente e sem dinheiro, esquecido pela sociedade, recolhido ao abrigo “Nicéphoro Pereira da Silva”, na manhã de Natal de 1987.

Dom Epaminondas José de Araújo – Criada a Diocese de Anápolis, ele foi seu primeiro bispo, aqui chegando quando de sua instalação, a 19 de dezembro de 1966. Em 1979, recebeu o título de Cidadão Anapolino. Escreveu vários livros, alguns de quando de sua passagem por Anápolis, entre os quais: O Leigo; Os Caminhos do Crescimento; Minha Igreja Peregrina etc. Foi transferido para Alagoas, onde é bispo de Palmeira dos Índios.

Gastão de Deus Vítor Rodrigues – foi o primeiro juiz de Direito da comarca de Anápolis. Natural de Catalão, Goiás, onde nasceu a 8 de março de 1883, faleceu em Anápolis, no ano seguinte ao de sua posse como juiz, tornando a Comarca a ser termo de Pirenópolis. Era jornalista e fundou O Pacatuense, depois de haver trabalhado no Lavoura & Comércio, de Uberaba. Escreveu a novela O Cazeca; o livro de poesias Agapantos; e Páginas Goianas. É patrono da Cadeira n° 5 da Academia Goiana de Letras.

José Elias Isaac – Médico, político e empresário. Foi vereador, deputado estadual, deputado federal e senador. Foi como senador (eleito suplente como companheiro da chapa de Pedro Ludovico e, com a licença desse, ocupou a senatoria) que apresentou projeto tornando obrigatório o ensino da puericultura nas escolas normais do país, no intuito de diminuir a mortalidade infantil no Brasil. Como deputado (era suplente e assumiu com o afastamento de Castro Costa), conseguiu a instalação do Banco do Brasil em Anápolis. José Elias Isaac nasceu em Catalão, a 05 de março de 1913, mas morou em Anápolis, desde tenra infância, pois sua família se mudou para cá, 15 dias após o seu nascimento.

José Xavier de Almeida Jr. – Médico e poeta, nascido na Cidade de Goiás. Era bacharel em Ciências e Letras. Mudou-se para Anápolis em 1934 e colaborou no primeiro jornal particular do Município que foi A Voz do Sul. É um dos fundadores da Academia Goiana de Letras e foi seu presidente. Autor, entre outros, de Safra Literária; Ponta de Linha; Os Quartetos de Omar Kayam; e À Margem da Vida. Foi eleito pela Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás “Príncipe dos Poetas Goianos”.

Nicomedes Augusto da Silva – Presidente da Associação Educativa Evangélica de Anápolis, onde ocupou vários cargos junto àquela organização. Formado em Teologia, era emérito educador. Pelos seus trabalhos dedicados a Anápolis no campo da educação e pela sua vida religiosa, recebeu vários títulos honoríficos: “Cidadão Anapolino”, “Comenda Gomes de Souza Ramos” e, em, Ceres, “Benfeitor da Loja Maçônica Álvaro de Melo” e Honra ao Mérito da Federação Presbiterial das Uniões Presbiterianas de Homens de Brasília.

Venerando de Freitas Borges – Primeiro prefeito de Goiânia, nasceu em Anápolis em 22 de julho de 1907 e, aos quatro anos de idade, mudou-se para Inhumas. Formou-se em Contabilidade e lecionou no Instituto Comercial do Rio de Janeiro e depois foi professor de Lyceu de Goiás. Escreveu para A Voz do Sul e outros jornais sob diferentes pseudônimos como Dora Freges, A. Santos e Marcos Ventura. Fundou o Jornal de Goiânia. Em 7 de novembro daquele ano e permanecendo até 1945, quando da queda do Estado Novo. Nas eleições de 1950, foi eleito prefeito da Capital de Goiás. Ex-diretor dos Diários Associados em Goiás. Em 1980, publicou o livro Dobras do Tempo e foi eleito para a Academia Goiana de Letras. É um dos fundadores da Associação Goiana de Imprensa.

José Lourenço Dias – Autodidata, chegou a estudar apenas as primeiras letras com Joaquim Propício de Pina e padre João Marques de Oliveira, em sua terra natal, Pirenópolis. Adquiriu todos os seus fartos conhecimentos lendo revistas, jornais e livros. Nascido em 1886, foi nomeado promotor público em Pirenópolis, no ano de 1915 e eleito intendente municipal quatro anos depois. Dedicou-se à advocacia. Depois de morar um período em Bonfim (Silvânia), mudou-se para Anápolis em 1930, onde fundou A Voz do Sul. Escreveu artigos de análise política, particularmente sobre a “República Nova”. Em 1950, foi eleito suplente para o Senado da República, conseguindo inúmeros benefícios para Goiás e para Anápolis em especial. Faleceu a 25 de novembro de 1956.

José Abdalla – Conhecido especialmente por sua habilidade empresarial, fundou a CCA – Companhia Comercial de Automóveis, complexo formado hoje de inúmeras empresas. Concluiu o curso da Escola Normal de Anápolis e foi professor em diversos estabelecimentos de ensino da cidade. Foi Oficial de Registro Civil, Secretário da Prefeitura Municipal, fundador e ex-diretor da Companhia Goiana de Tecelagem, diretor da Companhia Cinematográfica Santilla de Anápolis e Secretário da Fazenda do Estado de Goiás. Fundador e presidente do Lions Clube de Anápolis e Governador de Distrito L-13 da mesma entidade. Escrevia para jornais sob o pseudônimo de Joabdalla. Era detentor, entre outros títulos e distinções honoríficas, da Comenda da “Ordem Montesuma II”, pelo Instituto Histórico de Brasília. Faleceu em 8 de fevereiro de 1985.

Getúlio Targino Lima – Natural de Floriano (PI), concluiu o segundo ciclo no colégio Estadual “José Ludovico de Almeida”, em Anápolis. Foi professor de política na Faculdade de Filosofia “Bernardo Sayão” e também de Economia. Um dos fundadores da Faculdade de Direito de Anápolis, foi seu vice-diretor. Hoje é procurador do Estado, aprovado em concurso em primeiro lugar. Membro da Academia Goiana de Letras, tendo sido também presidente dessa instituição. Conferencista de renome. É um dos fundadores da Faculdade Anhanguera.

Humberto Crispim Borges – Autor de História de Anápolis, primeiro livro no gênero, publicado. Nasceu em Anápolis, no dia 16 de julho de 1918. Depois de bacharelar-se em Ciências e Letras, matriculou-se na Escola de Medicina de Belo Horizonte e fez o Curso de Preparação de Oficiais da Reserva, iniciando vida militar. Chico Melancolia foi seu primeiro livro premiado e publicado pela bolsa de Publicações. Seguiu-se Cacho de Tucum, em 1970 e, dois anos depois, ingressou na Academia Goiana de Letras. O Vale das Imbaúbas; Generais Goianos; Moisés Santana – Vida e Obra; História de Silvânia; Chico Trinta e Americano do Brasil – Vida e Obra são de sua autoria.

Joaquim Câmara Filho – Liga-se a Anápolis onde foi prefeito de 1943 a 1945. Na Academia de Letras e Artes é patrono da Cadeira de nº 22. A biblioteca do Colégio Polivalente Gabriel Issa recebeu seu nome. Era engenheiro agrônomo e jornalista.

Carlos Pereira de Magalhães – Formou-se em Direito e, depois de percorrer vários países e estados brasileiros, morou primeiro em Corumbá de Goiás e depois em Anápolis, onde foi Promotor de Justiça. Quando se fundou o Instituo de Ciências e Letras, foi um de seus professores, em 1925. Fundou a Igreja Presbiteriana Independente de Anápolis. Sua filha, Alice Magalhães fundou nessa cidade uma escola feminina, mais tarde transformada no Colégio Couto Magalhães. Morou em Anápolis por dez anos e foi o responsável pela introdução do eucalipto em Goiás.

Moisés Augusto de Santana – Foi sua sugestão de dar à cidade o nome de Anápolis, isto é, “Cidade de Ana”. Jornalista, professor, militar e político. Entrou para a Escola Militar de onde foi desligado depois de vaiar o Presidente da República e o Ministro da Guerra. Em 1897, integrou a 4ª bateria do 5º Batalhão de Artilharia, seguindo para Canudos, onde participou do bombardeio à Igreja de Antônio Conselheiro. No ano de 1900, retornou a Goiás e fixou residência em Anápolis e aqui se casou com Cassiana Alves de Sousa Dutra. Foi secretário do Conselho da Intendência e ocupou o cargo de intendente por alguns meses. É de sua autoria a Monografia do Município de Santana das Antas. Eleito deputado, seguiu para a Cidade de Goiás e depois foi Procurador da República. Dirigiu inúmeros jornais e morreu assassinado na redação do Lavoura & Comércio. Sua filha Antensina Santana nasceu e faleceu em Anápolis. (Nota do autor: foi esse valoroso jornalista quem noticiou no Jornal Lavoura & Comércio, em 1907, ter sido o Dep. Abílio Wolney o autor da sugestão do nome Cidade de Ana – Anápolis).

Sisenando Gonzaga Jaime – Poeta e músico. É autor de diversas peças musicais e dirigiu a Banda “Lyra de Prata de Santana”, de 1962 a 1967. Em Silvânia, onde estudou no Ginásio Arquidiocesano, trabalhou nos jornais O Bonfim e Brasil Central. Em Anápolis, trabalhou e colaborou com A Voz do Sul e O Anápolis, escrevendo artigos políticos e poesia. Executava com perfeição, vários instrumentos musicais. Nasceu em Jaraguá, a 15 de outubro de 1917 e faleceu em Anápolis a 6 de agosto de 1985.

Paulo Rosa – Formou-se em Medicina no Rio de Janeiro. Morou em Anápolis nas décadas de 40 e 50 e aqui chefiou o Posto de Saúde do Estado.

Recebeu o título de Cidadão Goiano, concedido pela Assembleia Legislativa.

Fundou e dirigiu o jornal literário Goiás (1957) editado pela AGI – núcleo de Anápolis. Foi premiado em vários concursos literários e poéticos. Escreveu para jornais de Uberaba, do Rio de Janeiro, de Uberlândia, Belo Horizonte e Anápolis, e para a revista local A Cinquentenária. Era natural de Uberaba e morreu em 25 de novembro de 1969.

Dom Manoel Pestana Filho – Segundo e atual bispo diocesano de Anápolis. Natural de Santos (SP), comemorou, em novembro último, 40 anos de ordenação sacerdotal. Cursou a Universidade Gregoriana, em Roma. Em 1978, foi indicado Bispo de Anápolis; desde 1982, é cidadão Anapolino, título que lhe foi conferido na Câmara Municipal. Em 1983, recebeu a Medalha Gomes de Souza Ramos. Em Anápolis, Dom Manoel Pestana revolucionou e ampliou o ensino teologal, criando uma faculdade e um mosteiro, entre outras obras.

Luís Antônio de Carvalho – Advogado, empresário e político. Depois de fazer pós-graduação em Goiânia, fez curso de aperfeiçoamento em Londres. Em 1973, cursou Cibernéticas e 1976, fez Mestrado da Escola de Sociologia e Política da Universidade de São Paulo. Ex-professor da Faculdade de Filosofia Bernardo Sayão. Trabalhou no Banco do Brasil e, em 1967, fundou o Consórcio Coplaven do qual é presidente. Foi ex-vereador em Corumbá, no Mato Grosso, seu Estado natal, e candidato a prefeito em Anápolis.

José Trindade da Fonseca e Silva – Natural de Jaraguá, cursou o Seminário Vila Boa, em Goiás, e o de Mariana, em Minas Gerais. Sua carreira sacerdotal desenvolveu-a em Anápolis, a partir de 1931, onde dirigiu o Ginásio Municipal. Foi Secretário da Educação de Estado, em 1951 e, três anos depois, elegeu-se deputado federal. Pertenceu à Academia Goiana de Letras. Faleceu em Goiânia, em 1961.

Haydée Jayme Ferreira – Escritora, poetisa, historióloga, professora e jornalista. Dentre as obras que escreveu, destaca-se Anápolis – Sua Vida, Seu Povo, dedicado à cidade onde nasceu a 5 de junho de 1926. Fez curso intensivo de Assistência Social, no Colégio Santo Agostinho (Des Oiseaux), em São Paulo. Foi professora do Colégio Antensina Santana. Durante quatro anos, assinou no jornal O Anápolis, a coluna “Umas e Outras”. Artista plástica, participou de diferentes exposições. É autora do hino “Homenagem a Goiás”. Em 1981, venceu o concurso “Vida e Obra de James Fanstone”, lançado pela Folha de Goiás, jornal em que escreveu durante algum tempo. No mesmo ano, lançou seu primeiro livro, sobre a história de cidade. Seguiram-se: Nuanças de Mim (1984); O Canto do Cisne (1988); Fogo no Bambual (1987). É diretora do Museu Histórico de Anápolis e, desde novembro de 1989, é membro do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás.

Paulo Nunes Batista – Poeta, jornalista, professor, advogado, escritor e funcionário público aposentado. Paraibano da capital daquele Estado, é Cidadão Anapolino, título conferido pela Câmara Municipal, cidade onde está radicado há várias décadas. É bacharelado pela Faculdade de Direito de Anápolis e ingressou no Fisco Estadual por concurso, em 1969. No mesmo ano, foi menção honrosa no concurso Literário do Instituto Goiano do Livro. Fez seu primeiro livro de cordel em Anápolis, tipo de literatura da qual sobreviveu muitos anos. Tem publicados: Cantigas da Paz e De Mãos Acesas, entre outros. É membro de inúmeras sociedades culturais de Goiás e do Brasil. É nacionalmente reconhecido e tem trabalhos publicados em veículos literários do exterior.

 

[25 Revista Imagem Atual, 1993

 

[Continua na próxima postagem

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