OPINIÃO

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‘EDITORIAL’ – Edição 401 (1º a 15/05/2023) – ‘A água de todos’

O artigo Água, uma riqueza indispensável para a vida, de Ricardo Lazzari Mendes e publicado recentemente na versão eletrônica do JORNAL CIDADE (link Colunas/Opinião), observações importantes. Neste Editorial, parte delas.

A água é um bem indispensável para a nossa vida. Por isso, a gestão dos recursos hídricos é fundamental para manter a oferta adequada desse importante recurso. Apesar de contar com mais de 10% da água doce de todo o mundo, o Brasil não pode titubear na gestão desse recurso, concentrado em 80% na bacia do rio Amazonas, que tem menos de 10% da população.

Nas últimas décadas, os impactos das mudanças climáticas provocaram crises hídricas em diversos Municípios brasileiros, inclusive em regiões metropolitanas. De acordo com o Atlas da Água, elaborado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), apenas 667 Municípios brasileiros, com 4% da população urbana do País, apresentam segurança hídrica máxima. Em 2.143 cidades, com 50,2 milhões de habitantes, a classificação é de alta segurança. Porém, 77,3 milhões de brasileiros, quase 40% da população urbana, residem em Municípios com segurança hídrica média e outros 50,8 milhões estão em localidades com segurança hídrica baixa ou mínima.

De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), para abastecer mais 2 bilhões de pessoas no planeta, a demanda mundial por água deve crescer 55% até 2050. As projeções da organização mostram ainda que 240 milhões de pessoas no mundo não terão acesso à água potável e 1,4 bilhão não contarão com serviço de saneamento básico em 2050. Temos pela frente o desafio de evitar potenciais conflitos pela água, bem como reduzir os impactos para o desenvolvimento econômico e social dessas localidades..

Focando o Novo Marco Legal do Saneamento, ele atesta:

A aprovação do Novo Marco Legal do Saneamento foi um importante passo para melhorar a gestão dos recursos hídricos no território nacional. A lei 14.026/20 sedimenta o caminho para atender à demanda de 16% da população ainda sem acesso à água, bem como obriga as concessionárias a reduzirem os índices de perdas nos sistemas de abastecimentos dos Municípios. Para atingir essa meta até 2033, apenas nos sistemas de abastecimento de água são necessários R$164 bilhões de investimentos, de acordo com estudo da Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon/Sindicon).

[…] Hoje, todo dia, cerca de 40% de água tratada é desperdiçada antes mesmo de chegar às residências, volume equivalente a 7,8 mil piscinas olímpicas […]..

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