‘EDITORIAL’ – Edição 281 (1º a 15/05/2018) – ‘Crianças e adolescentes vulneráveis à exploração’
‘Mamãe e papai, cuidado com os trajes e as poses das crianças’
Lançada pela Polícia Rodoviária Federal em 14 de maio, a sétima edição do projeto Mapear (2017/2018), executado em parceria com a organização Childhood Brasil, contribui com mecanismos de busca, organização e disponibilização de dados sobre a exploração de crianças e adolescentes, bem como no direcionamento de ações preventivas e repressivas para o enfrentamento dessa violação de direitos. Volume é 20% maior que o registrado no biênio anterior. Em rodovias e estradas federais de todo o Brasil, pelo menos 2.487 pontos são considerados vulneráveis à exploração.
Em informações da Agência Brasil, do total de locais mapeados, 489 foram considerados pontos críticos; 653 com alto risco; 776 com médio risco; e, 569 foram avaliados como de baixo risco para exploração sexual de crianças e adolescentes. A maior parte dos pontos (59,55%) está concentrada nas zonas urbanas (de fácil acesso), embora a incidência (40,45%) também seja alta em áreas rurais. Na maioria das vezes, tais pontos estão vinculados a postos de combustível, bares, casas de shows, pontos de alimentação e de hospedagem.
A região Nordeste é a que concentra maior número de pontos vulneráveis: 644. Também é onde está a maior concentração de pontos críticos: 156. Depois, estão Sul (575 pontos), Sudeste (468), Norte (404) e Centro-Oeste (396). Na região Norte, houve incremento expressivo no número de pontos vulneráveis, que passou de 160 para 404. Entre os Estados, os com maior número de pontos são Paraná (299), Pará (232), Goiás (185), Minas Gerais (184) e Ceará (180). Paraná e Pará ampliaram o número em 40% e 64%, respectivamente. Goiás manteve-se praticamente estável, com pequeno aumento de 5%. Minas teve redução de 41% e Ceará aumentou 92% o número de pontos registrados – o maior aumento entre todas as unidades.
Atenção geral. Inclusive, novamente o JC alerta (por mais que alguns rotulem esse alerta de estupidez): mamãe e papai, cuidado com os trajes e as poses das crianças. Erros oriundos dessas atitudes podem resultar em tragédias. Tudo de ruim pode começar nisso. Não para a vulnerabilidade, exploração, prostituição, pedofilia! Pedofilia: seria reduzida eficazmente com prática de ações conjuntas (Estados-União), sem esquecerem de cuidar de marcos legais para evitar que crimes desse naipe sejam repetidos. Carecem reforçar programas de proteção às vítimas e, óbvio, apoiar ao máximo os programas de prevenção.
Nota da Redação: parte dos Editoriais do Jornal Cidade ganha publicação neste espaço
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