‘Ciclo’, promovido em Uruaçu pelo Câmpus Norte da Universidade Estadual de Goiás (UEG), tem pausa nesta quinta-feira 24, devido o jogo Brasil e Sérvia, reiniciando na sexta 25. Confira mais informações, opiniões sobre o acontecimento.
Conforme informado na parte da manhã pelo JORNAL CIDADE, as atividades desta quinta-feira 24, foram pausadas, reiniciando na sexta 25.
A programação da noite do dia 24 foi adiada para a data 2 de dezembro, às 19h, na sede do Câmpus nortense da UEG.
Para Luiz Ricardo Oliveira da Silva (Luiz Arapiraca), servidor da Coordenação Regional da Educação de Uruaçu e escritor, poeta, “o ‘VXIII Ciclo de Debates’ traz consigo, a relevância de conhecer a cultura local, em específico, a cultura popular e acadêmica de Uruaçu. É de grande importância fometar e incentivar o trabalho que a UEG Câmpus Uruaçu promove ao seu público e à sociedade uruaçuense ‘conhecer os seus’”.
Segunda noite
Na noite da quarta 23, muita movimentação, com participação de frentes diversas. Além de mais uma interessante Mesa Redonda acontecida na segunda noite, um dos pontos altos foi o lançamento do livro Trieiros: obra reunida de Sinvaline Pinheiro – Sinvaline Pinheiro. A organização da obra fica por conta do Professor mestre Rafael Alves Oliveira e de Fausto de Melo Faria Filho. Obra do Instituto Federal de Goiás (IFG).
Rafael Alves Oliveira apresentou a obra, composta pela reunião de textos de Sinvaline Pinheiro (poemas e causos) e a fortuna crítica elaborada por 11 leitores de Sinvaline. O professor comentou que essa fortuna crítica traz leituras de críticos literários, historiadores, advogados, jornalistas, indígenas e quilombolas. Sinvaline Pinheiro falou sobre o livro, pontuando que ele proporciona “um pouco dos trieiros” da vida dela.
Também fez belo depoimento sobre sua vida e trajetória como escritora.
Na sequência, Mesa com Rafael Alves de Oliveira, Professora mestre Ana Carolina Rosa Batista e a Professora doutora Nilda Gonçalves Vieira Santiago, com análise da importância da leitura na área educacional básica de uma escritora, como Sinvaline Pinheiro, que, de acordo com o Rafael Alves Oliveira, “desagrega os cânones literários esperados pela academia”. Nilda enfatizou a literatura “sinvalineana” como rico memorialístico do interior goiano, especialmente do Médio Norte goiano. Ana Carolina destacou que a poetiza faz parte de uma tradição literária que congrega nomes, como Carolina de Jesus, Conceição Evaristo. Professor mestre, Gilson Soares Rosa fez questão de falar sobre a atuação política e na defesa do meio ambiente. O público ficou até 22h, todos atentos diante das reflexões apresentadas.
Primeira noite
Na noite inicial a Professora doutora Maria Meire de Carvalho falou sobre a importância do estudo das manifestações culturais das populações quilombolas de Uruaçu, especialmente sobre a dança do marimbondo e a Festa de São Pedro (Festa do Caju). Professora da Universidade Federal de Goiás (UFG), ela apresentou uma visão decolonial da História de Uruaçu, buscando descolonizar as narrativas, os saberes, poderes e relações sociais.
O Professor doutor Manoel Gustavo de Souza Neto analisou as relações e distinções entre história, memória e ficção, tendo como ponto de partida o memorialista uruaçuense José Fernandes Sobrinho, que foi um intelectual e político comunista que escreveu sobre as tradições locais com muita sensibilidade.
Já o professor doutor Edson Arantes Junior apresentou à comunidade o projeto de extensão José Fernandes Sobrinho: histórias e memórias, que visa, higienizar, catalogar, digitalizar e divulgar o acervo de José Fernandes Sobrinho. “Esse projeto é o embrião de um Centro de Memórias, que irá divulgar documentos sobre a cidade de Uruaçu”, disse Edson à reportagem.
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(Jota Marcelo. Com atualizações)