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‘EDITORIAL’ – Edição 321 (1º a 15/01/2020) – ‘HIV: todo cuidado é pouco!’

Envolvendo todas as pessoas, quando o assunto é HIV, não resta dúvida de que eternamente a correta prevenção é a melhor forma de evitar maiores problemas na vida. Todo cuidado é pouco e as orientações são várias, servindo para gente de todas as idades e classes sociais!

Se passou o período do Dezembro Vermelho, mês de conscientização sobre o tratamento e a prevenção à Aids, causada pelo vírus HIV, vale pontuar: todo período é propício para manter cuidado especial.

Leia texto (dezembro/2019, publicado em rede social) de Lucinha Araújo, presidente da Sociedade Viva Cazuza, sediada no Rio de Janeiro-RJ, alertando sobre a importância do ato de prevenir:

 

Como anda o HIV no Brasil?

Estamos fechando mais um ano de trabalho e o Rio de Janeiro, na contramão, apresenta alto índice de contaminação pelo HIV entre mãe-filho. A prevenção do HIV parece esquecida e os índices de novos casos entre jovens continua preocupante e nos debatemos solitários sem saber para que lado correr ou que atitude tomar. Como atingir jovens que entregam suas existências ao virtual e que fazem da internet um oráculo? Muitos fazem a opção de ter uma relação de risco em nome do prazer imediato, acham que o HIV é um problema resolvido, que basta tomar o “coquetel”, mas se desesperam diante de um resultado de exame positivo e se veem no espelho do que foi a aids há 30 anos. Nessa hora percebem que a realidade bate à sua porta. A história se repete. Como dizia Cazuza, “eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades”. Todas as certezas caem por terra e a insegurança e o medo tomam conta. Há os que fazem uso do PrEP e penso outra vez que é uma solução eficiente para o HIV, mas como ficam as outras doenças sexualmente transmissíveis, e até que ponto vale a pena o uso de tanta medicação para prevenir apenas uma doença quando várias doenças podem ser prevenidas de forma eficiente com preservativo?

Essa é a dualidade da vida, sua beleza e dor. Pessoas se enchem de química para prevenir doenças, ficar mais bonitos, fortes e jovens. Por outro lado, querem uma alimentação saudável, produtos orgânicos, um mundo menos poluído. No mundo que cresci tomava-se remédio só quando se estava doente, o leite, o pão e a carne vinham em embalagens recicláveis. Mas, seguimos evoluindo e entre altos e baixos, que fazem parte dos ciclos da vida, vamos melhorando, mas confesso que estamos vivendo um período que dá a sensação de estarmos vendo nossos sonhos descendo ladeira abaixo. Sei que é só um ciclo, mas dói.

Que esse 1º de dezembro seja de reflexão não só por ser o dia mundial de combate ao HIV/aids, mas também em relação ao difícil momento pelo qual estamos passando.

 

Lucinha Araújo – Presidente da Sociedade Viva Cazuza

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