SC – Bispo ajuda chamar atenção para interrupção de celebração

Atrito em Santa Catarina, com interrupção de Missa na semana passada.

A Igreja Católica tem ajudado esclarecer e alertar, sobe o episódio. Confira alguns detalhes, observando que a parte inicial dessa publicação aqui foi transcrita de conta em rede social do bispo de Formosa, d. Adair Jose Guimarães.

 

 

Essa é a imagem da Crisma em Botuverá que foi interrompida pela PM e pela Vigilância Sanitária.

Aqui está uma foto da Missa de Crisma que foi interrompida no último sábado pela Prefeitura de Botuverá.

-30% da capacidade do local;

-Uso de máscaras;

-Uso de álcool em gel;

-Distanciamento entre os fiéis.

Lembrando que as portarias SES 254 e 736 regulamentam e autorizam as celebrações religiosas!

Lamentável…

Agora, peço que me mostre se nas agências bancárias, nos supermercados, shoppings, praias, casas noturnas e etc tem esse mesmo cuidado que tem as nossas igrejas.

Por fim, como disse nosso arcebispo: “…Ora, se não se consegue ver a diferença entre uma Missa e um baile de ‘Carnaval’, se torna difícil conversar…”.

 

‘Nota’

Sobre o impasse em Santa Catarina, arcebispo esclarece: a Arquidiocese de Florianópolis agrupa mais de 70 Paróquias e, em todas são seguidas a orientações das normas vigentes sobre a Covid-19.

‘Devo dizer que, pessoalmente, a parte que mais me feriu foi a ordem de interromper a Missa. E foram repetidas ameaças de que iriam entrar e acabar com a celebração’, está no documento.

Confira nota na íntegra:

 

NOTA DE ESCLARECIMENTO

 

Diz respeito à Nota lançada pela Prefeitura de Botuverá, no dia 30 de novembro p.p., a propósito dos acontecimentos na Missa da Crisma realizada no dia 28 de novembro na Matriz São José.

Diz a Nota que tudo poderia “ser evitado com a observância às diretrizes do Estado”. Tenho a dizer que na Arquidiocese de Florianópolis são mais de 70 paróquias. Todas elas são orientadas a seguir as normas lançadas pela autoridade sanitária com referência aos cuidados preventivos com relação à Covid-19. Em todos os lugares de culto, os acentos estão demarcados de acordo com a capacidade estipulada pelos decretos do Estado, é fornecido álcool gel para todos os participantes, e é obrigatório o uso de máscara. Até agora não tivemos problemas. O nosso pedido é que se observe o que é prescrito pela autoridade. Nós nos consideramos colaboradores do Estado no seu esforço no combate à pandemia.

Também em Botuverá, tudo estava organizado seguindo à risca as normas da autoridade sanitária: distanciamento, lugares demarcados para todos os participantes, fornecimento de álcool gel. Todos os presentes usavam máscaras. O fato de que a Missa tenha sido no salão deve ser visto sobretudo como um esforço para cumprir aquilo que é o espírito das normas sanitárias. Causa revolta, quando o argumento usado é de que pelo fato de a Missa ser celebrada no salão ela se tornava um evento e este era proibido. Ora, se não se consegue ver a diferença entre uma Missa e um baile de Carnaval, se torna difícil conversar. Havia uma insistência para se achar um motivo para implicar. Sinceramente, não consigo encontrar o motivo para tal implicância. Mas deve haver um motivo.

Devo dizer que, pessoalmente, a parte que mais me feriu foi a ordem de interromper a Missa. E foram repetidas ameaças de que iriam entrar e acabar com a celebração. Preciso dizer que a celebração da Missa não se interrompe na metade. Nos mais de 40 anos de sacerdócio, isto nunca me aconteceu. Tenho lido nos noticiários que tais fatos acontecem em regiões onde há perseguição contra os cristãos. Aproveitam quando a comunidade está reunida para atacar. Não esperava passar por esta experiência em Botuverá.

Quero, enfim, expressar minha admiração pelo povo de Botuverá, expressa em tantos momentos de sua história. Que este lamentável episódio não marque negativamente a harmonia e a convivência da comunidade.

 

Florianópolis, 1º de dezembro de 2020.

 

(Informações, sob adaptações: Rede social; e, Arquidiocese Metropolitana de Florianópolis-SC. Foto e texto (parte inicial): Luan Jorge da Luz)

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