Pesquisa Covid-19: 50% dos Municípios têm taxa de ocupação de leitos de UTI acima de 90% na semana 20 a 26 de junho

Metade dos Municípios está com ocupação de leitos de UTI gerais e destinados à Covid-19 acima de 90%. Desses, 31% estão com ocupação acima de 95%. Já 15% afirmaram estar acima de 80%; 14% entre 60% e 80%; 8% abaixo de 60% de ocupação. Outros 13% não souberam responder. É o que aponta a 14ª pesquisa realizada semanalmente pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) para entender o panorama dos Municípios no enfrentamento da Covid-19. O levantamento ocorreu entre os dias 21 e 24 de junho, e ouviu 2.747 gestores municipais, 49% dos 5.568.

 

Pesquisa realizada semanalmente pela Confederação Nacional de Municípios objetiva entender o panorama dos Municípios no enfrentamento da Covid-19 – Foto: Jucimar Sousa/Prefeitura de Goiânia

 

Novo coronavírus: cuidados especiais são importantes. Orientações em estabelecimentos comerciais de Uruaçu, Norte de Goiás (acima) e, Goiânia, capital de goiana (abaixo) – Fotos, inclusive a da página principal: Márcia Cristina/JORNAL CIDADE

 

 

Com base nos dados da questão sobre as internações em UTIs por Unidade da Federação e Região, é possível observar que a situação mais crítica se apresenta no Sul e no Sudeste. O Estado do Mato Grosso do Sul, no entanto, no Centro-Oeste, é o que apresenta maior percentual de Municípios com ocupação acima de 95%.

A pesquisa também mostra que 94% dos Municípios iniciaram a vacinação por faixa etária, de pessoas abaixo de 60 anos sem comorbidades. Na semana passada, esse percentual era de 80%. Sobre a faixa etária em que o Município se encontra, 40% vacinam pessoas entre 50 e 55 anos nesta semana. Em seguida, o maior percentual é de vacinação de pessoas entre 45 e 49 anos, totalizando 28%. Outros 16% afirmaram estar na faixa acima de 55 anos; 13% entre 40 e 44 anos; 2% entre 35 e 39 anos; 1% entre 30 e 34; e menos de 1% abaixo dessas idades.

O andamento da vacinação de profissionais da rede pública municipal de educação também fez parte desta edição da pesquisa. Segundo 20% dos gestores, 100% desse público já recebeu pelo menos uma dose da vacina. Já 45% informaram que deram início, mas menos de 30% dos profissionais foram imunizados. Em 15% dos Municípios, a vacinação alcançou 70% dos profissionais; em 10%, chegou a 50%; em 5%, a 30%; e apenas 1% informou que a vacinação está prevista, mas ainda não iniciou. Não responderam 3% dos participantes da pesquisa.

Em relação ao número de novos casos de Covid-19, 28% apontaram aumento nesta semana; 39% afirmaram que se manteve estável; 30% queda; e 2%, um total de 62 Municípios, destacaram que não houve novos casos confirmados. Quanto ao óbito pela doença, 1.043 Municípios (38%) afirmaram não ter ocorrido nenhum caso. Já 20% apontaram aumento; 29% estabilidade; e 12% queda. Medidas restritivas de circulação de pessoas ou de atividades econômicas se mantêm em 76% das cidades.

 

Falta de doses e ‘kit intubação’

Pergunta recorrente na pesquisa realizada pela CNM, a falta de doses atingiu 709 Municípios, ou 26% do total pesquisado, nesta semana. Já 73% afirmaram que a vacinação ocorreu normalmente. Entre os que relataram a falta, 92% apontaram que ficaram sem imunizantes para aplicar a primeira dose. Já 19% afirmaram terem ficado sem vacinas para completar o esquema vacinal da população. Para a segunda dose, a Coronavac continua sendo a que apresenta a maior falta, tendo sido apontada por 74% dos gestores. A Astrazeneca faltou para 50% dos respondentes e a Pfizer para 20%.

No que se refere ao chamado kit intubação, 17% alertaram para o risco iminente de faltar medicamentos para o tratamento de pacientes graves internados em UTI. Já 71% dos gestores destacam não haver esse risco e 12% não responderam. O Sudeste e o Nordeste são as regiões mais afetadas. Na semana passada, o risco também atingia 17% dos Municípios respondentes. Nas semanas anteriores, os percentuais foram 24%, 25%, 23% e 16%.

 

Comitê de crise

Nesta semana, a CNM também perguntou aos gestores se o Município montou comitê de crise ou centro de operações em saúde para acompanhar e deliberar questões relativas às ações de enfrentamento.

Segundo 83% dos gestores, essa estrutura está em funcionamento. Apenas 15% apontaram que não e 2% não souberam responder.

Saiba mais sobre a pesquisa, acessando aqui.

 

(Informações: Agência CNM de Notícias)

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