O empenho do dono e o trabalho do Senar que engordam o gado

“O apoio do Senar foi fundamental para ter uma visão mais ampla de como a gente pode produzir mais, sem fazer muito investimento e ter mais rendimento na propriedade, principalmente de corte”, comemora produtor-proprietário Giuliano Aguiar Monteiro, que participou do projeto Senar Mais Carne, em 2018.

 

Sítio Terra Nova, em Trindade: mais de seiscentas pessoas acompanharam o caso de sucesso da propriedade e as estações sobre manejo, planejamento estratégico e reprodução de bovinos – Fotos: Fredox Carvalho/Faeg

 

O trabalho no Sítio Terra Nova acabou virando exemplo para outros produtores, tanto que foi sede do 1º Dia de Campo Senar Mais Carne, dia 1º de fevereiro. Mais de seiscentas pessoas acompanharam o caso de sucesso da propriedade e as estações sobre manejo, planejamento estratégico e reprodução de bovinos.

O proprietário do imóvel, Giuliano Aguiar Monteiro, sempre manteve firmes as raízes no campo. O avô tinha uma propriedade na região do Arrozal, no Município de Trindade, cidade da região metropolitana de Goiânia. Uma parte das terras foi repassada ao pai como herança que a trocou por um sítio no mesmo Município. O lugar era usado como lazer pela família e também para produzir leite. Mas até então nunca foi a principal fonte de renda. Em 2006, Giuliano passou a cuidar da administração.

“Eu parei com o gado de leite e fui mexer com recria. Comprava bezerras, reproduzia e vendia em cerca de um ano e meio. Em seguida eu resolvi fazer a cria. Comprei touros e nos 97 hectares continuei a produção de cerca de 130 cabeças de gado”, explica Giuliano.

Mas o advogado e pecuarista queria aumentar o rebanho e vender em menos tempo. Em abril de 2018 resolveu participar de uma reunião no Sindicato Rural de Trindade (SRT). Foi lá que conheceu o Senar Mais, programa que leva Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) aos produtores.

“Tem 14 anos que eu administro o sítio. Quando surgiu a oportunidade de trabalhar com o Senar, eu fiquei muito interessado. Fiz a inscrição e recebi o técnico de corte Júlio Pietsch na minha propriedade. Aí passei a ter outra visão de produção e do que eu poderia fazer. Eu já tinha uma certa experiência mais precisava de muito mais.  Ele foi me orientado para gastar menos e produzir mais”, relembra.

Em julho de 2018, começou o projeto Senar Mais Carne, na propriedade. Nas primeiras visitas o técnico fez todo um levantamento para a execução.

“Nós achamos viável começar em sete hectares. Dividimos em oito piquetes feitos, com cerca elétrica. Fizemos também uma área de lazer [local para colocar sal e água],  além de um pasto reserva. Depois da análise do solo eu orientei o Giuliano a comprar um pluviômetro para acompanhar as chuvas e colocar o calcário na pastagem no momento correto. Não precisou fazer outro pasto, aproveitamos o capim brachiarão. Deixamos tudo pronto em meados de dezembro. No primeiro momento trabalhamos com 72 bezerros nos piquetes. Em junho, já garrotes, foram vendidos”, conta Júlio.

Agora o projeto está sendo repetido só que com bezerras, por melhor aceitação no mercado regional. “Antes desse projeto eu tinha muito problema de pasto na seca. Hoje sobra pasto no sistema rotacionado. Na pastagem convencional eu criava 130 cabeças na propriedade toda. Agora são 110 em sete hectares. Me sobram ainda 90 hectares, onde 50 estão alugados e me gera mais renda. O apoio do Senar foi fundamental para ter uma visão mais ampla de como a gente pode produzir mais, sem fazer muito investimento e ter mais rendimento na propriedade, principalmente de corte”, comemora o produtor.

 

‘Sucesso e comprometimento’

“O pecuarista hoje que não intensificar sua produção, produzir mais com menos e em menor tempo está fadado a sair da atividade. Não é o grande engolindo o pequeno, são os eficientes engolindo os ineficientes. O setor está buscando se aprimorar e o Senar Goiás, vai na propriedade, seja dentro do curral, embaixo da mangueira, onde for preciso para que o produtor não fique para trás”, destaca Dirceu Borges, superintendente do Senar Goiás.

“A partir do momento que o Sistema Faeg Senar e CNA [Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil]  entram com a assistência técnica, além de promover a profissionalização no campo,  transformamos a vida do produtor rural, e a história do Giuliano,  aqui em Trindade, é exemplo de sucesso e comprometimento”, conclui o presidente do Sistema  Faeg Senar, deputado federal José Mário Schreiner (Informações: Comunicação Sistema Faeg/Senar).

 

Leia mais sobre o mercado da carne, abaixo

 

  

Em dez anos, Brasil será um grande fornecedor de alimentos para a Índia, diz CNA

 

Ministério da Agricultura firmou cooperação técnica na área de produção animal, sem solo indiano. O acordo prevê parceria em sanidade animal, capacitação técnica e pesquisa em genômica bovina e intercâmbio mútuo de material genético.

 

Ministra Tereza Cristina: “Estamos abrindo para a Índia as exportações de semente de milho, levando tecnologia indiana para o Brasil. Importante para o começo da cooperação” – Foto: Divulgação/Assessoria de Comunicação CNA

 

O diretor de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira, afirmou que em dez anos o Brasil será um grande fornecedor de alimentos para a Índia.

Gedeão participou, de 22 a 27 de janeiro, da missão oficial do governo ao País asiático para buscar acordos comerciais para o setor agropecuário, com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro e, da ministra da Agricultura, Tereza Cristina.

“Hoje a população da Índia ultrapassa 1,3 bilhão e em pouco tempo será a maior do mundo. No médio e longo prazo, ela terá que importar alimento de outros Países, uma vez que o campo não está preparado para atender esse consumo interno crescente”.

Segundo ele, o Brasil tem condições de suprir essa necessidade. “A visita do governo brasileiro foi muito importante para estreitar o relacionamento comercial e estabelecer confiança entre os Países”, disse.

Durante a missão, o Ministério da Agricultura firmou cooperação técnica na área de produção animal. O acordo prevê parceria em sanidade animal, capacitação técnica e pesquisa em genômica bovina e intercâmbio mútuo de germoplasma (material genético).

O Brasil também vai exportar gergelim para o mercado indiano e passará a importar sementes de milho. “Estamos abrindo para a Índia as exportações de semente de milho, levando tecnologia indiana para o Brasil. Isso será muito importante para o começo da cooperação entre os nossos governos”, explicou Tereza Cristina.

Seminários  empresariais e reuniões com autoridades do governo da Índia também fizeram parte da agenda de compromissos da delegação brasileira.

 

Números

Em 2019, o Brasil exportou US$841 milhões em produtos agropecuários para a Índia.

Óleo de soja, açúcar de cana e algodão foram os destaques nas vendas e representaram cerca de 70% da pauta exportadora do agro brasileiro ao País.

 

(Informações: Assessoria de Comunicação CNA [Comunicação Sistema Faeg/Senar])

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