Livro contém 22 contos de igual número de escritores, entre eles Maria Helena Chein e Itaney Francisco Campos, destacados nesta publicação, juntamente com Abilio Wolney Aires Neto.

Nos bastidores do evento, o juiz Abilio Wolney Aires Neto (esq.), a escritora Maria Helena Chein e o desembargador Itaney Campos Francisco Campos: mais de 30 livros lançados – Foto: Acervo pessoal
Na noite da sexta 18 de fevereiro, em Goiânia, evento realizado na sede do Museu de Arte de Goiânia (MAG), no Bosque dos Buritis, a cultura falou alto, com o lançamento do livro Contos de 22 – 100 Anos da Semana de Arte Moderna.
O lançamento – sob responsabilidade da Contato Comunicação (Goiânia), organização de Ademir Luiz (presidente da União Brasileira de Escritores – Seção Goiás [UBE Goiás]) e, editado por ele, Euler de França Belém e Iúri Rincon Godinho –, foi um dos atrativos do último dia das comemorações (em Goiânia) dos 100 anos da Semana de Arte Moderna. Comemorações que na capital de Goiás tiveram início dia 11 do mesmo mês, foi uma realização conjunta da Secretaria Municipal de Cultura de Goiânia, da UBE-GO, do MAG, da Arte Plena Casa Galeria e da Arte Plena: Produção em Cultura. Toda a programação teve curadoria de Antônio da Mata, diretor do MAG; Wanessa Cruz, galerista; Sandro Tôrres, artista plástico da Arte Plena Casa Galeria; e, Ademir Luiz.
Na segunda parte do atrativo de encerramento, houve apresentação musical do grupo Fé Menina; e, Sarau poético.
1922: atividades culturais históricas
No ano de 1922, dias 13, 15 e 17 de fevereiro, na sede do Theatro Municipal de São Paulo, os mais importantes e inovadores pintores, arquitetos, músicos e poetas brasileiros da época se reuniram para mudar o segmento da arte.
Marcando não apenas aquela época – com a influência dos mesmos sendo sentida até a atualidade –, os militantes culturais participantes entraram para a história.
A marca e o sucesso da Semana de Arte Moderna, que também festejou o centenário da Independência do País, já começou pela inspiração em ideias do Modernismo, movimento artístico do início do século XX que visou romper com o tradicionalismo, via liberdade estética, da experimentação constante e, principalmente, pela independência cultural do Brasil.
[Leia mais sobre o evento e, os três escritores, na submatéria
Abilio Wolney, Maria Helena e Itaney Campos: mais de 30 livros lançados
Entre os personagens culturais presentes no evento de 18 de fevereiro, no Museu de Arte de Goiânia, marcando o lançamento do livro Contos de 22 – 100 Anos da Semana de Arte Moderna, três deles contabilizam mais de 30 livros lançados, desde os anos 1970. Isso, sem considerar as obras de antologias das quais integram.
Nas fotos da reportagem e desta submatéria (imagens localizadas acima, abaixo e na versão impressa do JORNAL CIDADE [quinzena 16 a 28 de fevereiro]), três talentos goianos das letras que portam contribuições enormes cedidas para cultura goiana, do Brasil.
Doutor Abilio Wolney Aires Neto, a educadora Maria Helena Chein e doutor Itaney Francisco Campos (os dois últimos, integrantes da Academia Goiana de Letras [AGL]) transitaram pelo espaço do MAG com suas simplicidades de praxe, sendo que Maria Helena e doutor Itaney têm uma obra cada no mais novo livro lançado em Goiás.

Craques das letras que somam mais de mais de 30 livros lançados, no evento da sexta 18, no MAG: Abilio Wolney Aires Neto (esq.), Maria Helena Chein e Itaney Francisco Campos – Fotos: Acervo pessoal

Doutor Itaney Campos com a esposa Leila Regina, durante o acontecimento cultural
Doutor Abilio Wolney
Juiz de Direito com atuação hoje em Goiânia, Abilio Wolney Aires Neto, natural de Dianópolis-TO (antes pertencente a Goiás e que se chamava São José do Duro), também é, entre outras qualificações, escritor e historiador e, membro da Academia Goianiense de Letras (AGnL) e do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás (IHGG).
É autor, por exemplo, de O Diário de Abilio Wolney; O Duro e a Intervenção Federal: Relatório ao Ministro da Guerra; O Barulho; Juizados Arbitragem e Mediação; e, Princípios Constitucionais.
Com o irmão Zilmar Wolney Aires Filho (Zilô), tem lançado No Tribunal da História. A Associação Goiana de Imprensa (AGI) homenageou com a instalação da Estante Jornalista Abilio Wolney Aires, o pai dele, destacado político, jornalista, fazendeiro, advogado, prefeito de Barreiras-BA e de Dianópolis-TO e, deputado federal pelos Estados de Goiás e da Bahia.
Professora Maria Helena
Escritora, contista e poetisa, Maria Helena Chein é professora aposentada de Português e Literatura, do Instituto de Ciências Humanas e Letras da Universidade Federal de Goiás (UFG), onde trabalhou também como coordenadora de Assuntos Culturais da Universitária, rádio na qual produziu e dirigiu programas entre 1978 e 1987.
No livro lançado neste fevereiro, dentro das comemorações dos tão bem lembrados 100 anos do evento paulistano, ela tem publicado o conto A Mulher de Pagodim na Semana de 22, cujo último parágrafo traz: ‘Se Maria Estela Pagodim morasse ainda naquele sobrado Art Déco, estaria lendo um dos excelentes livros de autores goianos, prosa ou poesia, enviados por mim, que a conheci tão bem. Como não?’.
Entre os livros de Maria Helena, nascida em Goiânia, os de contos Do Olhar e do Querer (1974), lançado através do Prêmio Bolsa de Publicações Hugo de Carvalho Ramos, da Prefeitura Municipal de Goiânia e UBE-GO; mais As moças do Sobrado Verde (1986), pela Secretaria Municipal de Cultura e Desporto (Goiânia). E, os de poesias Todos os Voos (1997), por meio da Editora da UFG; e, Pão Ázimo sob a Figueira (2019), pela Editora Kelps, Coleção Goiânia em Prosa e Verso, da Prefeitura Municipal de Goiânia.
Doutor Itaney Campos
Natural de Uruaçu, reduto do Norte goiano, o desembargador Itaney Francisco Campos faz parte de família com diferentes nomes inseridos na cena cultural do interior de Goiás. Começando pelo pai, Cristovam Francisco de Ávila (doutor Cristovam), 101 anos e seis meses, considerado pelo JORNAL CIDADE o maior nome da história da cultura uruaçuense.
Doutor Itaney Campos escreveu os livros Notícias Históricas de Campinas e Antônio Theodoro da Silva Neiva – um escorço biográfico (ensaios); Inventário do Abstrato (poesia); Sobrepartilha da tarde (resenhas); e, Avenida Araguaia – Rio de Memória (reminiscências), junto com o irmão Ítalo Francisco Campos (doutor Ítalo), nome forte da cultura radicado no Espírito Santo.
Participou ainda das coletâneas Verbo Interior, Thêmis Translúcida e Hector no Cubo e outros contos, os dois últimos publicados pela Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (ASMEGO).
Eleito ontem presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-GO) para o biênio 2022-2024, doutor Itaney Campos também é (em identificação resumida) escritor; poeta; especialista em História Social, pela Faculdade de História da UFG; presidente da Comissão Permanente de Memória e Cultura do Poder Judiciário do Estado de Goiás; e, membro da Academia Goiana de Direito (ACAD), do Instituto Cultural Bernardo Elis, da ASMEGO, da Associação Brasileira de Magistrados (AMB) e da Academia Uruaçuense de Letras (AUL). Entre as funções já exercidas, foi juiz eleitoral da 136ª Zona Eleitoral de Goiânia, por dois anos; e, diretor, durante dois mandatos, do jornal O Magistrado, da ASMEGO, entidade em que exerceu o mandato de conselheiro.
Com o título À sombra de Lima Barreto, doutor Itaney tem um conto no livro agora lançado, focando a Semana, onde narra: ‘A cidade [São Paulo-SP] se transformava, então, no início do século, em um importante centro industrial e financeiro.’.
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(Jota Marcelo)