Governo de Goiás abre mais duas escolas de tempo integral em  Niquelândia e Uruaçu

Colégios estaduais Alfredo Nasser (Uruaçu) e Paulo Francisco da Silva (Niquelândia) serão convertidos em Cepis. Ampliação atende meta do Plano Nacional de Educação. Ronaldo Caiado defende aprendizagem “com qualidade de primeiro mundo para que nossos jovens sejam competitivos e vencedores na vida”.

 

Ronaldo Caiado durante visita ao Cepi Luís Perillo, em Goiânia: “Quanto mais a gente amplia o tempo do estudante na escola, com aulas diferenciadas, mais oportunidades de aprendizagem o aluno tem” – Foto: Divulgação/Secom Goiás

 

A partir do segundo semestre deste ano, os Municípios de Uruaçu e Niquelândia terão mais uma escola de tempo integral na rede pública estadual de ensino. O Colégio Estadual Alfredo Nasser, de Uruaçu, e o Colégio Estadual Paulo Francisco da Silva, de Niquelândia, serão convertidos em Centros de Ensino em Período Integral (Cepis), com jornada escolar de nove horas diárias, três refeições por dia e currículo dinâmico e flexível.

Com os novos Cepis, tanto Uruaçu quanto Niquelândia passarão a ter três escolas estaduais de tempo integral. Ao todo, a rede estadual de ensino em Goiás possui, atualmente, cento e cinquenta e uma escolas de tempo integral e está em processo de implantação de mais 13 unidades para o segundo semestre.

“Não descuidamos um minuto da educação dos nossos jovens do Estado de Goiás”, defendeu o governador Ronaldo Caiado (Democratas). “A preocupação é proporcionar aos alunos um ambiente cada vez melhor, adaptado para desenvolverem sua capacidade, seu potencial criativo, ampliar a oferta de laboratórios e dar condições para que o ambiente escolar seja o melhor possível”, destacou.

“Essa é nossa meta, como governador do Estado e com minha secretária de Educação, nossos professores, professoras, coordenadores: fazer uma educação de primeiro mundo aos nossos jovens para que eles sejam competitivos e vencedores na vida”, defendeu Caiado.

A ampliação do número de Cepis atende a meta 6 do Plano Nacional de Educação e a meta 3 do Plano Estadual de Educação, segundo as quais a educação em tempo integral deve ser ofertada em, no mínimo, 50% das escolas públicas e atenda, pelo menos, 25% dos alunos da Educação Básica pública, até 2024.

Segundo a superintendente de Educação Integral da Secretaria de Estado da Educação, Márcia Rocha, o motivo da ampliação é a oferta de mais oportunidades de aprendizagem para os alunos, principalmente quando há aulas e metodologias diferenciadas, como é o caso do modelo de escola de tempo integral.

“Quanto mais a gente amplia o tempo do estudante na escola, com aulas diferenciadas, mais oportunidades de aprendizagem o aluno tem. É um investimento para o futuro”, afirmou a superintendente.

 

Novos Cepis

Um dos diferenciais da escola de tempo integral é o currículo dinâmico e flexível, que dá mais autonomia ao aluno. Além dos componentes curriculares obrigatórios, a escola oferece disciplinas escolhidas pelo estudante de acordo com seus interesses e afinidades, em diferentes áreas do conhecimento.

A assessora pedagógica da CRE de Uruaçu, Simone Gomes, afirma que a transformação do Colégio Estadual Alfredo Nasser em Cepi deixou os estudantes animados: “Os alunos estão muito interessados nas eletivas. Todo mundo está querendo mandar sugestão”, explicou a assessora, referindo-se aos componentes curriculares que são definidos pelos estudantes.

Por conta da forte atividade de mineração na região, os alunos estão buscando por eletivas nessa área, além de robótica, jornalismo e saúde, com atenção voltada para o mercado de trabalho.

No Colégio Estadual Paulo Francisco da Silva, o trabalho também é tema recorrente das conversas entre a escola e as famílias dos alunos. “A mudança tem sido um desafio lá no colégio, porque muitos alunos trabalham. Mas temos mostrado que o que eles têm que buscar primeiro são os estudos. O trabalho vai ser consequência do sucesso deles nos estudos”, contou a gestora da nova escola de tempo integral de Niquelândia, Bruna Bueno de Brito.

 

Melhores resultados

De acordo com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), principal indicador da qualidade da Educação no Brasil, os estudantes de escolas de tempo integral apresentam maiores taxas de aprovação e melhor desempenho em Língua Portuguesa e Matemática. Eles também têm maior chance de ingressar no ensino superior, segundo uma pesquisa do Instituto Sonho Grande.

“Enquanto a média do Ideb da rede estadual é 4,7, no ensino médio, a média das escolas de tempo integral nessa fase é 5,2. No ensino fundamental II, a média da rede é 5,4, enquanto a das escolas de tempo integral é 5,8”, afirmou a superintendente de Educação Integral da Seduc, Márcia Rocha.

 

Escola de tempo integral

Ainda de acordo com a superintendente, o modelo de ensino em tempo integral não consiste apenas em passar mais tempo na escola. O foco do Cepi é o desenvolvimento integral do estudante, em todas as suas dimensões: intelectual, física, emocional, social e cultural. E com mais tempo disponível na escola, é possível trabalhar a educação integral de forma mais aprofundada.

Márcia Rocha também explica que, durante o dia na escola, o aluno não participa somente de aulas teóricas, mas também de práticas de laboratório, projetos científicos e clubes juvenis. Ao longo do ano, o estudante é acompanhado por um professor tutor, que irá auxiliá-lo nos estudos e no desenvolvimento de seu projeto de vida.

O projeto de vida é o plano que o estudante constrói para seu futuro pessoal, acadêmico e profissional, com metas, objetivos e sonhos. Esse plano é o tema de um componente curricular próprio, na 1ª e 2ª Séries do ensino médio, mas também é o fio condutor de todas as aulas e atividades do Cepi.

 

(Informações: Secretaria de Estado da Educação – Governo de Goiás)

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