Iniciativa, que une governo federal, estados, municípios e sociedade civil, é chamado para que todos tomem medidas simples e eficazes para eliminar focos do mosquito ‘Aedes aegypti’, em exemplo para todas as cidades, inclusive do Norte goiano.
Em 14 de dezembro, Dia D de Mobilização contra a Dengue, municípios das cinco regiões do país realizaram ações de prevenção para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Teve, por exemplo, mobilização nas cidades de Porecatu-PR, Itaberaba-SC e Praça Seca-RJ. Já nas escolas em Lebon Régis, município de 12,1 mil habitantes em Santa Catarina, a ação foi educativa. Também teve visitas domiciliares de agentes de saúde a palestras e vídeos educativos em todo o Brasil.
“Novas estratégias de controle do mosquito estão sendo implementadas nos estados, e iremos ampliá-las para todo o país”, disse Nísia Trindade, ministra da Saúde.
De faixas e panfletagem em Jacarepaguá (Rio) a checklist dos dez minutos essenciais em casas em Santa Inês-MA. De mascotes do mosquito em Fraiburgo-SC a pessoas com megafone, gente com microfone, bate-papo na rua, carro de som em Bonfim e Lethem-RR, Ilhéus-BA e Tacaratu-PE.
Teve também participação da ministra da Saúde em São Cristóvão, no Rio, quando falou das formas de controle do Aedes que vêm sendo utilizadas em vários estados. Entre elas, destacou o método Wolbachia que impede o desenvolvimento dos vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela, ajudando a reduzir a transmissão dessas doenças.
Segundo a ministra, a pasta pretende dar escala nacional a essas medidas. “Novas estratégias de controle do mosquito estão sendo implementadas nos estados, e iremos ampliá-las para todo o país”, afirmou. Nísia Trindade reforçou também a importância da participação ativa da sociedade para o sucesso das ações e para a proteção da saúde pública.
Em todo o país, agentes comunitários de saúde (ACS) e agentes de combate às endemias (ACE), devidamente uniformizados e identificados, visitaram residências para orientar famílias e auxiliar na eliminação de criadouros do mosquito. Além disso, ações educativas e mutirões de limpeza foram realizados nas comunidades.
Gestores
Durante o dia, gestores do MS estiveram presentes em diversos estados do Brasil para reforçar a importância da mobilização contra a dengue. Em Cariacica, no Espírito Santo, esteve presente a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel. Na Bahia, o secretário-adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente, Rivaldo Venâncio, representou a pasta. Em Minas Gerais, o secretário de Atenção Especializada à Saúde, Adriano Massuda, participou das ações.
O secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, esteve em Goiás. No Distrito Federal, a presença foi da coordenadora-geral de Vigilância de Arboviroses, Lívia Vinhal. O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública, Edenilo Barreira, esteve na mobilização no Ceará. No Maranhão, as ações contaram com a participação do coordenador da Força Nacional do SUS, Rodrigo Stabelli. Em Sergipe, o representante do ministério foi o secretário-adjunto de Atenção Primária à Saúde, Jerzey Timóteo. No Amapá e no Pará, estiveram, respectivamente, a diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis, Alda Maria da Cruz, e a diretora do Instituto Evandro Chagas, Lívia Carício.
Iniciativas do governo federal
Recentemente, o presidente da República, Lula (PT), e a ministra lançaram o Plano de Ação 2024/2025 para reduzir os impactos das arboviroses no Brasil.
O plano visa diminuir os casos e óbitos por dengue, chikungunya, zika e oropouche no próximo período sazonal. A iniciativa inclui a reorganização da rede assistencial, em colaboração com secretarias estaduais e municipais, para garantir que os pacientes sejam atendidos com rapidez e eficiência.
As ações estão divididas em seis eixos: prevenção, vigilância, controle vetorial, organização da rede assistencial, preparação e resposta às emergências e comunicação e participação comunitária. Como parte do plano, a gestão federal investiu R$1,5 bilhão no controle da dengue, um aumento de 50% em relação ao ciclo anterior.
“O governo está fazendo a sua parte no intenso trabalho de coordenação, de visitas aos estados, de levar insumos como larvicidas, de reforçar o papel dos agentes de endemias tão importantes nesse processo de controle”, disse a ministra.
Prevenção
Para conter a dengue, é essencial eliminar locais com água parada, propícios para a reprodução do Aedes. Medidas simples incluem:
-Virar garrafas e recipientes com a boca para baixo;
-Tampar caixas d’água, tambores e cisternas;
-Limpar e trocar regularmente a água de vasos de plantas e pratos;
-Manter quintais limpos, livres de entulhos;
-Colocar areia nos pratinhos de plantas para evitar acúmulo de água;
-Descartar corretamente o lixo;
-Limpar frequentemente recipientes que armazenam água, como bebedouros de animais, utilizando escova e sabão;
-Inspecionar e desobstruir calhas para prevenir acúmulo de água;
-Descartar ou armazenar adequadamente objetos desnecessários que possam acumular líquidos, como pneus velhos, latas e plásticos;
-Dobrar lonas e plásticos de forma que não formem poças.
-A proteção contra picadas também é fundamental. Para isso, orienta-se:
-Instalar telas em janelas e portas;
-Aplicar repelentes durante o dia;
-Vestir roupas claras que cubram braços e pernas.
Piscinas, fontes e reservatórios de água devem ser inspecionados regularmente, especialmente em áreas com alta incidência da doença. Participar de ações comunitárias, como mutirões de limpeza, e conscientizar vizinhos sobre os cuidados necessários fortalece o combate ao mosquito.
Sintomas e visitas
Neste momento, é importante que a população esteja atenta aos sintomas: em caso de febre alta, dores nas articulações, atrás dos olhos e manchas vermelhas pelo corpo, é preciso procurar um serviço de saúde. A hidratação, com muita água, deve começar imediatamente e o atendimento logo nos primeiros sintomas é essencial para evitar que a doença se agrave. É fundamental não tomar remédios por conta própria.
O trabalho dos agentes comunitários e de combate é igualmente necessário. Esses profissionais são responsáveis por vistoriar domicílios e locais públicos, identificando e eliminando situações de risco. É importante que a população receba os profissionais da saúde, sempre identificados por uniforme e crachá, para garantir a proteção coletiva.
(Informações, com adaptações: Secom/PR)