CULTURA & EDUCAÇÃO

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Luto na cultura de Uruaçu – Ezecson, o escritor que contou histórias e resgatou cidadanias

Informações diversas destacando Uruaçu e, muitos personagens e fatos. Esse é o conteúdo das obras escritas por Ezecson Fernandes de Sá, filho de Jaraguá, cidadão uruaçuense desde 2004 (reconhecimento do Poder Legislativo) e comendador (honraria recebida em 2017 do Poder Executivo, com a Comenda Coronel Gaspar Fernandes de Carvalho).

 

2001, Uruaçu: Ezecson Fernandes de Sá entrevistando o então governador de Goiás, Marconi Perillo – Foto: O Regional/Divulgação

 

2012: Ezecson fotografando – Foto: Marcello Dantas – @levedeviagem, www.facebook.com/levedeviagem

 

2012: Engraxando e ensinando história – Foto: Marcello Dantas – @levedeviagem, www.facebook.com/levedeviagem

 

2007: falando ao JORNAL CIDADE, nos bastidores de evento religioso – Foto: Márcia Cristina/JC

  

Em diferentes épocas, dobradinhas com Jota Marcelo nos microfones da então rádio Educadora, que se transformou em Lago Dourado, posteriormente extinta – Foto: Márcia Cristina/JC – Mais fotos, abaixo

 

Com problema de saúde, faleceu instantes antes da meia-noite de 24 de maio de 2019, aos 68 anos, Ezecson Fernandes de Sá, graduado em geografia; e, de atuação versátil – escritor, historiador, poeta, palestrante, jornalista (tinha o jornal O Regional), além de outras funções exercidas. Nas gestões dos então prefeitos Luiz Pauferro (1989-1992) e Edmundo Filho (1997-2000) foi assessor de comunicação social da Prefeitura de Uruaçu.

Natural de Jaraguá, cidade goiana histórica, com a família mudou para Uruaçu dia 20 de agosto de 1954, em decisão dos pais Sálvia Maria de Sá/Adélio Fernandes de Sá (Duca Pescador), onde tem irmãos e outros familiares; da mesma forma em outras localidades, inclusive no exterior. Com a esposa Sueli Moreira de Sá, teve os filhos Luciano, Luciene e Fernando Moreira de Sá, com cinco netos. Recentemente comentava, alegre ao extremo, sobre o sucesso da neta Camila Salcedo Moreira nos estudos, em conquistas profissionais.

No velório do salão da PAX, a certeira presença de familiares, amigos e admiradores. Também no sepultamento, tardezinha do mesmo dia 25 (cemitério Santana), na despedida do homem das letras que lutou (e conseguiu, via então prefeita Marisa Araújo) pela construção de uma réplica da Capela de Sant’Ana, no Centro da cidade, inaugurada em 4 de julho de 2004, data do aniversário de emancipação político-administrativa. Empresário em Uruaçu, José Alves do Nascimento, da AlvesCred, discursou poeticamente, sob clima de emoção ainda maior e, em mensagem de áudio enviada ao JC, ele atesta, sobre o amigo: “Na constelação do universo jornalístico do Estado de Goiás a estrela Ezecson foi uma das que mais brilhou”.

Para a historiadora e funcionária pública municipal Idelma Santos, comadre dele, Ezecson, que morreu dormindo, viveu intensamente todos os momentos da vida e vai virar história. “Merece todas as homenagens, pois valorizou muito o povo uruaçuense. Amou demais essa cidade”, declarou à reportagem, acrescentando: “Muita tristeza com essa perca. Muito amigo”.

No grupo de WhatsApp da Academia Uruaçuense de Letras (AUL), presidida por Carlos Henrique Alves do Rêgo (Carzem), manifestações de confrades enaltecem o acadêmico, que fundou uma segunda, a Academia Uruaçuense de Letras e Artes Poetisa Izaura Charles Dantas:

Doutor Itaney Campos: ‘Lamento muito, tinha grande apreço pela história do nosso povo! Descanse em paz!’

Sinvaline Pinheiro: ‘Grande amigo, sem palavras. Vá em paz!’

Doutor Padre Crésio Rodrigues: ‘Pesar e orações ao nosso amigo, escritor Ezecson: contou História, fez história…’

Doutor Ítalo: ‘Figuraça! Foi um verdadeiro uruaçuense, embora tenha nascido em Jaraguá. Manifestem meus sentimentos à família. Aqui em Vitória [-ES] ele será sempre lembrado’

Joizimar Titoneli: ‘Que Deus na sua bondade infinita conforte a família’

Professor Edson Arantes: ‘Que Deus o receba, que notícia triste’

Antônio Ricardo Eckert: ‘Muito triste!!! Por muitas vezes ficamos horas conversando sobre circo, tema que ele gostava muito. Lembro que ele me contou uma peça teatral todinha, que ele havia interpretado… Um monólogo, As Mãos de Eurídice, de Pedro Bloch… Enfim, vida que segue, guardaremos suas memórias com muito carinho para a posteridade’

Professor Castelo: ‘Grande Ezecson. Marcou muito sua passagem. Deus ilumine sua jornada até os céus’

Rainy Sílvia: ‘Que notícia triste. Embora a morte seja a realidade das nossas vidas, sempre sofremos quando perdemos um ente querido. Meus pêsames para amigos e todos os seus familiares. E neste momento de dor e consternação, peço a Deus que o receba de braços abertos no céu e que possamos passar por esta imensurável dor com serenidade’

 

Personagens e histórias

Comentando a relação crítica-elogio, escreveu ele, que deixa interessante acervo de textos e fotos: ‘…Aos que me elogiarem serei eternamente grato e os reconhecereis pessoas preocupadas com o resgate da nossa própria cidadania’.

Nos livros escritos por Ezecson, muitas informações sobre Uruaçu e dezenas de personagens e fatos. Quantas e quantas histórias, quantos e quantos resgates de cidadanias publicados, ajudando divulgar a história de Uruaçu e seus personagens!

Ezecson Fernandes de Sá, que afirmou ‘das minhas origens muito me orgulho e jamais as escondi…’, foi a pessoa que abriu espaço para o autor destas linhas adentrar no jornalismo (1984), através de coluna no periódico dele, mostrando novidades, costumes e comportamentos, especialmente dos segmentos cultural e educacional. Incentivou também o autor destas linhas seguir carreira no mundo do rádio, na então rádio Educadora do Tocantins, sediada em Uruaçu.

Em Onde você está?, o torcedor do Clube Atlético Mineiro e fã do rei-cantor Roberto Carlos cravou que ‘o tempo passa tão rapidamente!’. Leia o poema aqui.

No antigo site do JORNAL CIDADE, consta a reportagem Para historiador Ezecson Fernandes de Sá, ‘todos devem fazer sua parte por Uruaçu’, de 2015 (que ganhou igualmente publicação na versão impressa). Leia aqui.

 

1991: Ezecson Fernandes de Sá na Redação do jornal O Regional, quando funcionava no Centro uruaçuense, editando em máquina de datilografia uma reportagem – Foto (memória): César Moreira/Foto Tocantins/Acervo: JML/CCC

 

Nos livros, muitas informações e revelações de personagens e da história de Uruaçu – Fotos/reprodução (Arquivo): Márcia Cristina e Jota Marcelo/JORNAL CIDADE

 


 

(Jota Marcelo)

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