‘Poema vertical’ – José Décio Filho
Dei um mergulho em mim mesmo,
num pulo de cabeça a baixo.
Tudo lá no fundo está quieto
como os caminhos abandonados;
a paisagem esfumou-se e confundiu-se
num apaziguamento de cansaço.
Perdi-me nos atalhos sedutores,
gastei linhas retas e curvas,
inquietações e deslumbramentos.
De místicas visões e amargos projetos
fiz um montão de cadáveres.
Quanto trabalho perdido,
quanto tempo dissipado!
Mas de tudo que ajuntei
na mais lírica desordem,
alguma coisa houve de ficar,
alguma coisa que às vezes
se resolve em minha poesia ou em silêncio.
José Décio Filho (1918-1976), natural de Posse-GO, fez o primário em sua cidade natal e em Formosa-GO, e, o secundário, no Lyceu de Goiás. Na década de 1940, atuou em veículos de comunicação. Em 1960, intelectuais indicaram seu nome para o Departamento de Cultura, atuando nesse órgão por muitos anos junto à Secretaria de Educação e Cultura de Goiás. Obra do livro Poemas e elegias, de 1953, Prêmio Bolsa de Publicações Hugo de Carvalho Ramos
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