Plano criará bases para políticas públicas do município relacionadas à drenagem urbana nos próximos anos, e deve ser concluído em até 24 meses.
O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), afirmou que busca soluções para os desafios relacionados à drenagem na capital para os próximos 20 anos, ao assinar, dia 27 de fevereiro, protocolo de intenções com a Universidade Federal de Goiás (UFG) para elaboração do Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDU).
O Plano, que tem prazo para conclusão de 18 a 24 meses, será guia para as políticas públicas para a área, conforme especificou. “Vamos fazer esse plano para que tenhamos solução para Goiânia nos próximos 10, 15, 20 anos. A UFG realizará um estudo aprofundado com um corpo técnico que conhece a cidade. Mas, enquanto isso, a Prefeitura já está trabalhando em soluções para 11 pontos de alagamento por meio do Programa Goiânia Adiante”, ressalvou.
Ele informou que o Município incluirá dentro das leis complementares do Plano Diretor de Goiânia alteração para que os proprietários não fechem todo o quintal, a exemplo do que ocorre na Lei das Calçadas, onde 80 centímetros do pavimento são reservados para a grama. Rogério Cruz destacou o trabalho de limpeza dos bueiros e encanamentos com o uso da tecnologia que aspira entulhos que podem obstruir a passagem da água.
A reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, afirmou que “participar ativamente de um projeto dessa envergadura faz parte da visão institucional da entidade e está dentro das suas missões”. “A UFG está nesse projeto porque desenvolve soluções tecnológicas, científicas e inovadoras, e hoje possui o único laboratório do Brasil que realiza estudos multidisciplinares articulados em hidrologia e geotecnia”, disse.
“Nós vamos elaborar com o nosso corpo técnico-científico um Plano que será um guia para as políticas públicas e que criará as condições para que a cidade lide melhor com os eventos climáticos extremos, que têm causado muitas tragédias. E, depois, para que a cidade continue sua trajetória de crescimento sem danificar ou criar mais prejuízos ao meio ambiente”, explicou a educadora.
Origem
O secretário municipal de Infraestrutura (Seinfra), Denes Pereira, destacou que “o problema da drenagem urbana em Goiânia é histórico”. “Como as obras ficam embaixo da terra, a população não costuma reconhecer a importância das intervenções, o que pode ter feito com que, nas gestões anteriores, a área não tenha recebido muitos investimentos”, observou.
“A verdade é que em 89 anos de existência Goiânia não conta com um Plano de Drenagem Urbana que contemple toda a cidade”, disse. Citando os bairros que costumam enfrentar problemas com as chuvas, como a região da Alameda dos Buritis, completou: “Se cada prefeito que passou nas últimas décadas tivesse realizado quatro, cinco ou seis obras de drenagem urbana, hoje a nossa realidade seria diferente”.
O professor da UFG e coordenador do projeto, Cléber Formiga, expôs: os problemas de drenagem da capital se arrastam desde a sua criação. “Goiânia vai fazer 90 anos e nós temos 90 anos de problemas na cidade”, disse, destacando o papel da UFG na parceria com a municipalidade. “A Universidade tem de ser orgânica, estar dentro da cidade, contribuindo. A Prefeitura se mobilizou ao longo dos últimos meses e iniciamos esse processo”, disse.
Participaram do evento os secretários municipais Gustavo Cruvinel (Controladoria); Durval Pedroso (Saúde); Horácio Melo (Mobilidade); Reale Palazzo (Comunicação); Carlim Café (Regularização Fundiária); Cida Garcez (Direitos Humanos); Maria Yvelônia (Desenvolvimento Humano e Relações Institucionais); Júnior Café (Procon); Wellington Paranhos (Guarda Civil); e, Tarcísio Abreu (CMTC). Estiveram presentes os vereadores Henrique Alves; Sargento Novandir, Pastor Wilson, Juarez Lopes e Denício Trindade.
(Informações, sob adaptações: Secretaria Municipal de Comunicação [Secom] – Prefeitura de Goiânia)