A Toca Coletivo inicia projeto cultural virtual 

Atividades multiculturais serão desenvolvidas de segunda a sábado pelas redes sociais do ponto de cultura.

A história do Sarau da Toca, um dos eventos culturais do coletivo, estará presente no projeto #entocados – Fotos: Assessoria de Imprensa

 

Tem início nessa segunda 21 de março, o projeto #entocados, do Ponto de Cultura A Toca Coletivo. A ação multicultural, exibida exclusivamente de forma online, se estenderá por seis meses com conteúdos publicados de segunda a sábado. O projeto, contemplado pelo Edital de Arte nos Pontos de Cultura Aldir Blanc, é um programa de difusão cultural e economia criativa para a manutenção das atividades culturais da entidade com a proposta de abrigar conteúdos históricos e inéditos produzidos pelos parceiros do Ponto de Cultura, além de conteúdos direcionados para o bairro goianiense Crimeia Leste, com intuito de resgatar e prospectar a cena cultural da região, com acesso 100% gratuito para o público.

De acordo com os idealizadores, a proposta consiste na criação de conteúdos que serão acrescentados diariamente na plataforma #entocados no site www.atocacoletivo.com.br, por seis meses, para democratizar o acesso a conteúdos culturais de qualidade e ampliar o alcance do que é produzido. Serão produzidos conteúdos de vídeos, matérias, entrevistas, tutoriais, dicas e curiosidades.

Os ciclos de postagem respeitarão a lógica de publicações semanais, para cada segmento proposto (Literatura, Crimeia, Teatro, Cinema, Música e Circo). Será atribuído um dia da semana para cada atividade cultural, com intuito de criar uma dinâmica com o público, que passa se programar em relação aos desdobramentos de cada atividade.

“Nossos principais objetivos são promover o desenvolvimento da economia criativa e a geração de renda e emprego aos artistas e fazedores de cultura, elevar o acesso da população goianiense, a bens e serviços culturais de qualidade, feitos por artistas locais, desburocratizar e ampliar o fomento direto e indireto e estimular a diversidade da oferta cultural e das expressões artísticas”, afirma a produtora cultural Débora Resendes Rodrigues.

 

Ações

Nas segundas, a ação será direcionada à literatura, comandada pela produtora cultural Débora Resendes, à frente da Toca desde a sua criação. “A Toca fez história na capital com os diversos saraus e ‘shows’ da cena alternativa produzidos nos espaços localizados no setor Sul e Jardim América. Entre 2015 e 2018, fizemos história na cidade com eventos presenciais culturais memoráveis. Devido à pandemia, criamos este projeto virtual para continuar nossas atividades. Nesta área literária vou produzir conteúdos sobre temas relacionados ao universo dos livros, à formação do leitor literário, mercado editorial independente, bate papos com autores, dicas de livros/autores, leituras dramáticas e o que mais surgir, além é claro de contar a história do Sarau da Toca”, destaca.

Na terça-feira as ações serão voltadas para o Setor Crimeia Leste, local de origem de muitos parceiros da Toca. Será comandada pelo produtor e  agitador cultural  Carlos Pereira que mora no bairro há 50 anos  e esteve presente em várias ações culturais do bairro, entre elas, a ONG Crimeia Resistência Comunitária, o Jornal Crimeia, e que, em 2021 produziu o documentário cênico “O Voo do Juriti” que conta a história da resistência cultural no bairro e da criação do Festival Juriti de Música e Poesia Encenada, nascido no Crimeia, que hoje está na sua 7ª edição e é considerado um festival autoral importante hoje para os artistas goianos.

Na quarta, o conteúdo será direcionado às artes cênicas. A entocada que comandará as atividades é a atriz/cantora/produtora Lucyana Fagundes, que começou sua carreira no teatro aos 12 anos e, desde então, nunca parou. Parte da sua formação foi construída na Escola do Futuro Basileu França, como o Técnico em Arte Dramática e formação no Curso Superior de Produção Cênica. Além disso, passou dois anos morando no Rio de Janeiro estudando Teatro Musical.

A quinta do projeto será dedicada ao cinema. A responsável por proporcionar conteúdo nesta área será a cineasta, diretora e produtora, com mais de 20 anos trabalhando com cinema e audiovisual, Alyne Fratari. O seu primeiro filme Histórias que moram no mercado, documentário sobre o Mercado Central de Goiânia, está completando 20 anos agora em 2022. Seus filmes foram premiados em diversos Festivais. Já foi professora no curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Estadual de Goiás (UEG) e é uma das co-fundadoras do Coletivo Centopéia, um dos primeiros coletivos de núcleos profissionais de Goiás. Desenvolveu e participou de diversos e diferentes projetos culturais além do cinema, como música e artes visuais. Idealizou e foi produtora executiva do Fronteira Festival Internacional do Filme Experimental, em 2013.

 

Música

A música não podia ficar de fora e estará presente na plataforma #entocados nas sextas. A produção de conteúdo nesta área ficará a cargo de Tiago Araújo e Simão Pereira. Tiago teve contato com a cena de música alternativa de Goiânia desde criança. Aos dez anos, começou a ter aulas de música na ONG do setor Criméia Leste, integrou várias bandas e se apresentou em  eventos de rock em Goiânia. Em 2017, iniciou seus estudos no curso de Licenciatura em Música – Educação Musical, da EMAC/UFG. Em 2021 fez a trilha sonora do documentário cênico O voo do Juriti. Simão Pereira, como músico e compositor, foi integrante de bandas do cenário alternativo da capital e é fundador e produtor do ponto de cultura A Toca Coletivo, desde 2014. Neste período, tanto na Toca do setor Sul como no Jardim América, produziu diversos shows que marcaram a cena underground da Capital. Atualmente é o coordenador de atividades da plataforma #entocados.

Para finalizar as atividades do projeto, afirmam os organizadores, nada melhor do que o riso solto de quem produz arte voltada para as atividades do circo. A produção de conteúdo às sextas será desenvolvida pelo coletivo circense Muié do Riso. Formado em 2018 por mulheres artistas advindas de diversas localidades da América latina, o coletivo surgiu como um movimento de apoio e fomento à artistas mulheres na capital goiana. E para além do campo artístico-profissional dar território fértil e seguro falam de nossas dores, das violências estruturais, de maternidade, ciclos, corpos e outras demandas. O intuito do coletivo é promover a arte circense e arte feminina através da produção de eventos culturais e apresentações artísticas, pensando em atingir a todos os públicos. Desde sua criação o coletivo se dedica a promover eventos e apresentações artísticas, estimulando a valorização de produções e parcerias com outros coletivos femininos.

Antenor Pinheiro e sua tia-mãe, a teatróloga Cici Pinheiro, tem história contada no Jornal Crimeia

 

(Informações, com adaptações: Assessoria de Imprensa)

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