‘O topo do apocalipse’ – Gabriel Nascente
O JORNAL CIDADE publica desde a edição 409 (1º a 15/09/23) obras dos 22 integrantes da antologia poética ‘As tranças de Ana’.
Chegamos ao vértice
do hospício eletrônico.
O mundo absurdizou-se.
E a poesia foi pedir
esmolas no bordel.
Faço o que faço
porque fui parido
por uma nuvem
de letras.
E por amar a poesia
fabrico sonhos.
Por que o vento escreve
a minha biografia? Não sei.
Sou ferramenta de
semear palavras,
fósforo que
incendeia
crepúsculos.
(Sala Albert Camus, manhã de 08 de março de 2022).
Gabriel Nascente é natural de Goiânia, poeta. Fez o Jardim da Infância e Primário no Instituto Araguaia e concluiu o Ginásio Industrial pela Escola Técnica Federal de Goiás, onde estudou igualmente o curso de Eletrotécnica, equivalente ao científico. Aos 16 anos, publicou seu primeiro livro de poesias, Os Gatos. Também Jornalista, escreveu e editou mais de 60 livros, incursionando-se pelos gêneros do ensaio, de ficção, reportagens, narrativas, crônicas e poesia. Morou em São Paulo, em decorrência da amizade com o poeta Menotti del Picchia. Esteve em Montevidéu e Buenos Aires durante a ditadura, na clandestinidade. Publicou em Concepción, no Chile, El llanto de la tierra (1999), em tradução para o castellano pelo poeta Dilermando Rocha, do Centro de Estudos Brasileiros de Buenos Aires, 1975. Foi editor de diversas revistas e jornais de Goiânia, destacando-se principalmente como âncora editorial do suplemento literário LEIA, do jornal Diário da Manhã. Escreveu durante anos, crônicas para o jornal O Popular – ambos de Goiânia. Seu nome é citado com verbetes em diversos Dicionários e Enciclopédias da literatura brasileira. Sua poesia mereceu do poeta e acadêmico Carlos Nejar, da Academia Brasileira de Letras (ABL), elogioso texto do avultado livro História da Literatura Brasileira. “Se Gilberto Mendonça Teles é o poeta de um Goiás primevo, Gabriel Nascente faz-se inventariante deste Goiás, com a goteira na casa velha, a goteira nos olhos da esperança, desconhecendo onde vai ou demora a dor dos mortos”. É membro da Academia Goiana de Letras, ocupante da cadeira de número 40. O JORNAL CIDADE publica desde a edição 409 (1º a 15/09/23) obras dos 22 integrantes da antologia poética As tranças de Ana, organizada pelo escritor e poeta Itaney Campos (natural de Uruaçu, Norte goiano), [s. n.], lançada em 1º/09/23, na capital Goiânia, na sede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-GO), presidido por Itaney, que também é desembargador; e, em Uruaçu, dia 11/11/23, no auditório Jorge Gabriel Moisés da Faculdade Serra da Mesa (FaSeM)
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