‘Emudecemos’ – Josiane das Graças Adorno
O desejo se recolheu dentro do estômago
A tristeza da alma justificou que a vida é assim mesmo
Os olhos sem brilho não adornam mais a realidade
A esperança foi tomada por medidas curtas
No peito o gosto perdido do fracasso
Levantamos da cama com a sensação de atraso
Seguimos desencontrados
A sina não cruzou com a sorte
O tempo traiçoeiro se calou para passar despercebido
No espelho enrugado o reflexo das parcas ilusões
A sobrevivência agarrou-se com a fé e o medo
E a irônica vida continuou insistindo em nos sorrir antes de derrotar-nos por completo.
Josiane das Graças Adorno é poeta e educadora. Natural de Curitiba-PR. Mestre em História pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Pós-graduada em Psicopedagogia pela Universidade Estadual de Goiás (UEG). Pós-graduada em Formação de Professores-Metodologia e Didática pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-GO). Graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual de Goiás (UEG). Graduada em História pela Universidade Estadual de Goiás (UEG). Formada em Psicanálise Clínica pelo Instituto D’Alma-Instituto Brasileiro de Psicanálise Clínica (São Paulo-SP). Graduanda (na época do lançamento da antologia aqui destacada) em Psicologia pela Universidade Salgado de Oliveira (Goiânia-GO). Realizou trabalhos de pesquisas acadêmicas, registrados em TCC (licenciatura) e Dissertação (mestrado), com ênfase na figura do educador como agente transformador da escola pública. Desenvolve trabalhos de tutoria e supervisão na rede pública municipal das cidades de Goiânia e Uruaçu. Exerce ainda atividades clínicas na área de psicanálise. Sua dissertação de mestrado, pelo programa de pós-graduação do curso de História da UFG, em 2015, teve como objeto de pesquisa RELAÇÕES CRUZADAS: A CIDADE E O ARTISTA. Um estudo de caso sobre Uruaçu e a produção artística pública de Louis Bernard Tranquilin., sob orientação do Professor Doutor Márcio Pizarro Noronha
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Um poema de extrema sensibilidade, um olhar crítico diante das decepções que recebemos por estarmos vivos. Com maestria, torna a triste situação em uma leitura encantadora. Parabéns Josi!