OPINIÃO

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‘EDITORIAL’ – Edição 326 (16 a 31/03/2020) – ‘Covid/Jornalismo: fonte mais confiável’

O jornalismo produzido pelas organizações de notícias é, para os brasileiros, a fonte mais confiável na divulgação de informações sobre a pandemia do novo coronavírus, segundo pesquisa do Datafolha, informou o jornal Folha de S.Paulo. As redes sociais e aplicativos de mensagens, onde é propagada grande volume de desinformação, são vistos como pouco confiáveis neste momento.

Segundo o levantamento, programas jornalísticos da TV (61%) e jornais impressos (56%) lideram no índice de confiança sobre o tema, seguidos por programas jornalísticos de rádio (50%) e sites de notícias (38%). Em posição oposta à imprensa profissional estão os conteúdos que vêm de WhatsApp e Facebook. Nas duas plataformas, apenas 12% dizem confiar em informações sobre o coronavírus. Nelas, o índice dos que dizem não confiar nas informações atinge 58% (WhatsApp) e 50% (Facebook).

O índice dos que dizem não confiar nas informações sobre a pandemia é de 11% nos jornais e de 12% nos telejornais. Os sites de notícias têm a desconfiança de 22%. O levantamento do Datafolha, de março, foi realizado de quarta (18) a sexta-feira (20). A pesquisa foi feita por telefone, e não presencialmente, devido à pandemia, segundo a Folha de S.Paulo. Foram ouvidas 1.558 pessoas, e a margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou menos (até aqui, informações são do Jornal ANJ Online, da Associação Nacional de Jornais).

No artigo Imprensa tem papel crucial em época de coronavírus e fake news, alerta Rogério Nery, o www.poder360.com.br trouxe:

Ao trazer luz aos fatos, o jornalismo profissional contribui para que as autoridades públicas, em seus diversos níveis, vejam-se pressionadas a adotar, com mais celeridade, políticas públicas que possam atenuar os efeitos dessa pandemia mundial.

E um dos surtos atuais é a disseminação das chamadas fake news.

Em sua metamorfose constante, na celeridade do dia a dia, muitas vezes a sociedade não tem essa reflexão. As novas tecnologias, com seus acertos e seus erros, alteram o modo de perceber e agir no mundo ao nosso redor. E as ferramentas de comunicação individual, muitas vezes, ajudam a massificar informações incorretas – inclusive sobre o coronavírus, criando desinformação que pode colocar em risco muitas vidas.

Nessa confusão, é fundamental que a imprensa – e isso vale para veículos tradicionais – jamais perca a perspectiva de fazer valer todo o processo correto: informar com responsabilidade, checar antes de comunicar, ouvir antes de falar e combater veementemente as ilações com fatos e dados.

A imprensa não deve julgar nem proteger. Tampouco deve publicar sem antes ouvir todas as partes. Notícia é bala que sai da arma. Se for errada, fere ou mata. Uma vez que saiu, não volta.

Nesses tempos de surtos e de pandemia, mais do que nunca, o jornalismo tem o papel de bem informar, levando informação de qualidade, confiável, para a população – a fim de evitar danos irreversíveis.

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