Animal de manada e rebanho
O bicho humano é, como afirmou com muita propriedade o filósofo Nietzsche, um animal de manada e rebanho. Aristóteles descreveu-o também como um ser gregário e da polis (civilità, civilizado, político). São descrições de pensadores que sabiam das coisas, porque foram grandes empíricos, observadores e seguidores do comportamento do Homo sapiens sapiens.
O bom da leitura e análise dessas teses é observar o quanto essas características estão presentes nas pessoas. Não há como fugir a essas diretrizes, a esse conhecimento, a essas leis da natureza. Porque, ela, a natureza é quem dita as coisas, ela não se faz por saltos, mas metodicamente, intransigentemente e para quem estuda e investe interesse e pesquisa ela não mente. A ciência existe com o desígnio maior de domínio da natureza em prol do bem-estar, da saúde, da vida e longevidade do homem.
Tomando essas premissas aqui lembradas e mais os experimentos e ensaios científicos. Sejam da neurociência, da psicologia e sociologia. Chegamos à compreensão do quanto o indivíduo é marcado pelo estilo de vida, pelo ritmo social e de conduta de quem o criou, o erou, o engordou, o tornou adulto. E é justamente essa que deveria ser a maior das reponsabilidades. Entretanto nunca se faz como deveria ser feita. Isto leva-nos a compreender o porquê de um sujeito ser assim e assado. Nunca esqueçamos dessa premissa. O pai e a mãe estão na gênese dessa conduta, desse comportamento; para o bem ou para o mal.
De acordo com muitos sábios e pensadores, cientistas e ensaístas das relações humanas e convivência, cada pessoa resulta dessa natureza gregária e política dos humanos. A família, nomeadamente o pai e mãe, como protagonistas desse grupo social, constituem a grande forja, o grande forno e forma (de modelar) do indivíduo. É das características moral, de costume, do cabedal cultural, dos valores éticos e de honestidade desse fundante grupo que nascem cada um e cada uma. Ora, é por demais consistente, despiciendo de contestação essa conclusão.
Imaginemos um modelo do certo e da educação familiar construtiva. Uma casa com pai e mãe sempre presentes na criação, instrução, escola e formação ética e moral dos filhos. Nenhum vício ou drogadição, nada de alcoolismo desses membros paternos, pai e mãe sempre atentos no treinamento ético, e de honestidade aos filhos. Pai e mãe afetivos com os filhos. Enfim, esses pais no exercício humano, afetivo e educativo desses filhos. Como corolário e resultado; esses filhos e filhas se tornarão em cidadãos e cidadãs éticos, produtivos, autônomos e autossuficientes, laboriosos, não parasitários de ninguém ou de previdência, se adultos autônomos e independentes. E mais: partícipes e cooperativos no que diz respeito a expedientes e energia pessoal e física dispensadas a quem deles e delas dependerem, quando desvalidos e idosos, debilitados! Pensemos nisso! Porque esses modelos de gente e cidadãos temo-los visto por aí! Imaginemos o cúmulo do desprezo, de uma filha ou filha que de fininho, de mansinho pouco cuidam de seus pais e mães quando idosos! Imaginem nesse comportamento! Existem! Volta-se então ao princípio sociológico da educação familiar, do meio doméstico onde o indivíduo foi construído e formado.
- 29/10/2024 20:16:52 - Drogas Divinas e Drogas do Diabo
- 03/10/2024 06:21:47 - Mau caráter não se cura com terapia
- 18/09/2024 19:46:26 - Os pais como ourives na formação dos filhos
- 07/09/2024 12:24:40 - Conformação
- 16/08/2024 00:31:57 - Não se ajuda a quem não quer ajuda
- 01/08/2024 00:02:22 - NÃO ADESÃO A dieta e terapias
- 31/07/2024 20:15:20 - Dietas e enganações terapêuticas para obesidade
- 07/07/2024 23:59:41 - A tragédia dos gaúchos
- 30/06/2024 06:40:33 - Vidinhas e vidonas
- 15/06/2024 14:32:49 - Filhos e filhas ares-condicionados
- 30/05/2024 21:31:04 - O trabalho e sua dignificação
- 15/05/2024 12:30:22 - Canetas de emagrecimento
- Ver todo o histórico