As sem-vergonhices das Redes sociais
Pensando bem e conscientemente, a vida moderna ou pós-moderna mais parece uma teia de ilusões para uma parcela gigantesca de pessoas. Essa teia de ilusões, fica bem patente que é a teia mundial de computadores, ou grande rede (www). Porque não bastou só a criação da internet, na sua esteira vieram muitos outros recursos, tecnologias, aplicativos, engodos, iscas, algoritmos.
E por fim as tão aclamadas, admiradas e buscadas Redes sociais; que a depender dos clientes e consumidores, são tipificadas como antissociais. São como modelos: de começo o Orkut, depois os chats, depois o Facebook. Chegaram o Twitter, o WhatsApp, o Instagran e agora, sem mais novidade a quase já popular inteligência artificial a exemplo do ChatGPT. Este robô da IA está para fazer o papel de muitos interlocutores, nos diversos ramos profissionais e assistenciais.
Quando se fala em IA, o interessante pode ser o grau de privacidade que o cliente ou paciente consumidor terá. Tome-se o ChatGPT. O sujeito se encontra naquela fase de muita depressão (deprê) por questões conjugais, conflitos com a namorada ou marido, uma frustração familiar, um conflito íntimo qualquer. Existe o lado da confidencialidade com o ChatGPT. Chegado ante essa IA, ele pode expor despudoradamente suas queixas, sua intimidade, suas dúvidas do que se passa nos seus recônditos escaninhos psíquicos e morais. E ao final, ter ali um laudo impresso ou mesmo em nuvem de seu diagnóstico, do que fazer, a melhor terapia, e até a receita do psicotrópico a tomar. Nesse contexto presta-se a uma grande utilidade a chegada da IA.
Na certa essa teia mundial de internet, apetrechos virtuais, Redes sociais, mídias digitais e aplicativos de contatos virtuais e entretenimento se tornaram um mundo ilusório. É nessas plataformas que se pode aquilatar o quanto nós humanos somos indivíduos de rebanhos e manadas; somos insuflados e envaidecidos de que somos partícipes desse mundo enganador e moderno, de que representamos alguma coisa para esses fornecedores de tecnologias e anunciantes. Na certa e concretamente, somos peças e joguetes de todo esse sistema capitalista e consumista. Efeitos bem parecidos com o rádio e a já vetusta televisão. Tudo parece grátis, mas embutido consumimos os objetos e produtos dos anunciantes, de forma velada e contínua.
Vamos tomar aqui de forma bem consistente e robusta o que sejam as Redes sociais do Instagran e do WhatsApp, as mais populares e globais. E já se pode afirmar que esses aplicativos e recursos foram concebidos e aprimorados para o bem das pessoas, em comunicação, em espontaneidade e celeridade, em “gratuidade” e contato entre pessoas e empresas.
Entretanto, basta imaginar o quanto também esses recursos são usados para o fútil, o vazio, as frivolidades e bestialidades. Bom seria que esses mesmos recursos tivessem um recurso tipo “utilitômetro”. Porque assim, ao final de um dia, de uma semana e mês, o cliente consumidor pudesse acionar essa soma do que foi útil e construtivo e o que foi apenas futilidade e abobrinhas ou besteiras, na vida da pessoa.
Nessa exemplificação um aplicativo basta nessa materialização do quanto somos cativos, escravizados e iludidos nesse sistema ou teia mundial de recursos virtuais e Redes sociais: o Instagran, trata-se da maior bolha de exposição das pessoas nas suas mais vulgares bizarrices e futilidades. São as fotos, os vídeos, os posts. O lado, na imensa maioria dos inscritos, mais frívolo e vazio dos humanos. Bons exemplos dessa face fútil e bizarra dos humanos são a exposição que as pessoas fazem, da perda de pudor, da vergonha de mostrar suas intimidades, seu corpo quase nu, as gravidezes nuas e cruas, as fotos das intimidades compartilhadas a dois, entre outras esquisitices sexistas e impudicas.
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