SAÚDE DO CORAÇÃO

DR. JOÃO JOAQUIM DE OLIVEIRA

DR. JOÃO JOAQUIM DE OLIVEIRA é especialista em Medicina Interna e Cardiologia, Assistente do Serviço de Cardiologia e Risco Cirúrgico no Hospital das Clinicas – Faculdade de Medicina / Universidade Federal de Goiás (UFG) – Goiânia-GO; membro Sociedade Brasileira de Cardiologia; e, estudante de Filosofia.

Contatos: joaomedicina.ufg@gmail.com. Acesse: www.jojoaquim.blogspot.comwww.jjoaquim.blogspot.com.br

Regras da internet e Redes sociais

O governo brasileiro, a exemplo de outras democracias mundo afora, vive um projeto de lei (PL), esse PL está em discussão no Congresso, com o objetivo de colocar regras, normativos, diretrizes no uso da internet e mídias sociais. Esta necessidade não é de agora. Basta ter em conta e memória de quando se vem debatendo o chamado marco da internet, que pouco evoluiu em termos de qualidade do que se publica na grande rede. Mais parece uma terra sem leis, essa internet e suas mídias sociais.

Agora, cá, entreouvidos, pensemos como superiores e racionais que somos. Assim o disse Aristóteles. Disse até mais, que o homem é um animal político e social. Aquele que não vive sozinho. Logo, esse animal social e político (no bom sentido, bem entendido) não pode prescindir da cia de outros e precisa falar com o outros da espécie. Daí a importância e o significado dos meios de comunicação. Jornais, rádio, televisão, telefones. E moderníssimo, o meio chamado internet com suas Redes sociais. Agora, não pode esse vasto e profundo mundo funcionar sem regras, sem cláusulas do que pode, deve e como funcionar.

Tome o Marco Civil da Internet, lei de abril de 2014. Em que ele andou para trazer diretrizes de uso e emprego, responsabilidade de publicidade na internet e Redes sociais? A sociedade nem sabe que ele existe. Um autêntico “elefante branco”. Gastaram papel, discussão, discursos, tempo e tudo continua na mesma frouxidão de antes. Tudo pode falar e divulgar na internet, quem manda são os provedores.

Mais do que nunca a internet, Redes sociais, aplicativos, mídias digitais, telefonia celular precisam de balizas, de diretrizes e controle de qualidade. Não se trata de censura prévia, nem obras de governos nos seus desejos (todos) de cercear a imprensa, no seu belíssimo trabalho. Nada disso. O que se quer é filtro de qualidade. Porque a internet e Redes sociais se tornaram uma espécie de referência cultural de grandes rebanhos de gente. Então, qualidade a mostrar e não mentiras, ataques, ódio, fake news, pós verdades, factoides, inventivas. Já que as pessoas não leem mais, precisa de qualidade na internet.

Imagine os outros meios de comunicação e entretenimento como o rádio e a televisão. Se ali não houvesse o filtro, o controle de qualidade do que se edita e publica. Seria de causar espanto e estupefação, se deparássemos com algum ao microfone de uma rádio ou televisão, começar por difamar um inimigo, um adversário político. Olha aqui, seu sátrapa, seu energúmeno, seu escroque, seu sacripanta. Seu néscio, seu hebetado.. Imagine só! A primeira coisa que os expectadores e ouvintes iriam fazer seria buscar o Aurélio ou o Houaiss para melhor entender tanta palavra esdrúxula. Depois, que o sujeito pode estar doido varrido. Que anda bem das faculdades mentais. Imagine!!!

Dentro do PL das fake news em estudo no Congresso, um capítulo que pode ser debatido seria o do uso do celular. Na cláusula 1, poder-se-ia constar o seguinte hipertexto: ‘O telefone celular, deve ser empregado, fundamentalmente como telefone e não como um navegar no mundo virtual dos games, dos jogos digitais, das Redes sociais, da internet.’.

Isto é um fato. Fizeram uma pesquisa para mais de 10 mil adolescentes e crianças e perguntam para eles as funções do celular. A maioria não sabia que o aparelho também faz ligações, chamadas de voz para outras pessoas. Gozado, não? Imagine, o telefone celular sem função de telefone.

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