SAÚDE DO CORAÇÃO

DR. JOÃO JOAQUIM DE OLIVEIRA

DR. JOÃO JOAQUIM DE OLIVEIRA é especialista em Medicina Interna e Cardiologia, Assistente do Serviço de Cardiologia e Risco Cirúrgico no Hospital das Clinicas – Faculdade de Medicina / Universidade Federal de Goiás (UFG) – Goiânia-GO; membro Sociedade Brasileira de Cardiologia; e, estudante de Filosofia.

Contatos: joaomedicina.ufg@gmail.com. Acesse: www.jojoaquim.blogspot.comwww.jjoaquim.blogspot.com.br

Indignos de ser médicos

Com efeito, e como é feito por muitas gentes de nossa civilização, e produzindo efeitos de espanto e indignantes, uma turma de jovens da Universidade Santo Amaro (Unisa), SP, deram-se ao estrambótico e selvagem de desfilar, obscenamente, em uma quadra esportiva, onde havia moças e público presentes, em jogo de vôlei feminino, dessa mesma Escola Superior. Desfilar aqui é força de expressão, porque eles mostravam os órgãos genitais (pênis empunhados), como se masturbando. Imaginem! Escola de Ensino Superior, uma Universidade. Que por definição simples e direta, se entende o refinamento escolar, técnico e científico e profissional da pessoa humana. O mínimo a esperar de universitários!

Mais uma vez: analisemos a expressão, pode-se ter pessoa humana, dotada de atributos e qualificativos éticos, civilizatórios e de convívio com os demais humanos, com o meio ambiente, etc. E pode-se ter pessoa desumana, aquela que foge a esses característicos de animal racional, dotado de consciência, de uma cognição superior, de discernimento, de raciocínio lógico e abstrato. Pessoa que discerne entre o bem e o mal, entre o feio e o belo, entre o social e selvagem, entre o ético e imoral. Nesse filão de gente não humana é que enquadram esses guapos e erados jovens, todos robustos, portes atléticos e bem nutridos, corporalmente falando.

Ao descritivo dos fatos. Na Unisa, informam-nos a imprensa e mídias da instituição, existe uma agremiação atlética de alunos da Universidade. Em uma quadra esportiva, ocorria um jogo de vôlei das alunas. Nas arquibancadas, um público misto, senhoras, homens e mulheres. Uma turma desses apontados jovens alunos homens da Unisa também presentes. E esses universitários entoavam palavras de ordem, entre esses termos, o Hino da associação atlética Unisa; cuja letra é de horrível gosto, com expressões chulas e misóginas, que não serão aqui transcritas pela vilania, baixeza e obscenidade.

E mais gestos e comunicações grosseiras dessa turma de alunos, ali presentes. Meritório de registro e destaque é que esses alunos veteranos são do curso de Medicina. Ou seja, estudantes em formação para cuidar de pessoas. Não de pessoas comuns, saudáveis, hígidas. Porque médico forma para consertar, reparar, amenizar dor e sofrimento, socorrer, salvar gente da morte, manter a saúde e a vida das pessoas. Esses então aprovados e matriculados candidatos a médicos, exibiam ao vivo e a cores os órgãos genitais. E mais grotesco e vilipendioso, desfilavam como em volta olímpica, manuseando os pênis em mímicas de masturbação. Pensa-se que basta de tanta baixeza, grosseria, obscenidades e animalidade desses formandos, em fase de ensinamentos e instrução para serem médicos. Imaginem! Profissionais do cuidado, da empatia, de se condoer com a dor e sofrimento psíquico do outro.

Divulgados os fatos e a putrefação civilizatória, ética, social e moral desses alunos, ali na condição de torcedores das jovens no jogo de vôlei, a Unisa decidiu por expulsar os indigitados marmanjos e engrossados alunos. Mas, decisão infrutífera. Isto porque a Justiça já determinou que eles sejam reintegrados. Até que a liminar a eles concedida seja julgada por instância maior de nosso Judiciário. A ver e esperar o que vai arbitrar a Justiça! Justiça!

Ah! E para encerrar, e nos deixar ainda estupefatos! Entrevistados no dia dos fatos, alguns desses alunos disseram que tal expediente e comportamento para eles é normal. É que eles são assim mesmo. São diferentes! Imagina, então, quando já médicos e atendendo ou examinado alguma mulher, alguma jovem, meninas e moças. Pode ser que para esses futuros sacerdotes da saúde e da medicina achem normal até alguma importunação sexual ou gestos e contatos físicos do gênero. A ver quando eles estiverem no mercado da saúde.

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