A Sociedade Drogadita – A fissura e neurose pelo uso de drogas de toda ordem tem devastado a humanidade e criado uma legião de zumbis
Um hábito que vem devastando a humanidade chama-se o consumo de drogas nocivas e tóxicas à saúde. E dentre essas estão o álcool, a nicotina (tabagismo) e as consideradas lícitas prescritas pelos médicos. Tanto as drogas ilícitas (entorpecentes) como as classificadas como lícitas merecem um enfoque particular e específico pela relevância que a matéria encerra.
No tocante à questão da liberação e legalização das drogas ilícitas, em especial a maconha, grande tem sido o lobby para tal fim. São grupos de pessoas favoráveis ao livre uso e comercialização da droga.
O que se tem de concreto é que, mesmo considerada mais leve, o uso da maconha traz sérios e graves danos à saúde de seu usuário. Todos os estudos científicos, e são vários nesse sentido, confirmam categoricamente os graves prejuízos que os derivados da maconha causam na saúde global do indivíduo. Poucas são as substâncias extraídas da planta de uso terapêutico como o exemplo do canabidiol, de emprego muito restrito em algumas formas de epilepsia e doenças neurológicas raras.
Duas são as considerações a se fazer sobre as substâncias que agem no sistema nervoso central. Tomemos o emprego das chamadas drogas lícitas; aquelas de uso médico, de nome popularmente conhecido, os psicotrópicos. Constituem um vasto grupo de medicamentos que englobam, por exemplo, os hipnóticos, os sedativos, os neurolépticos, os antiepilépticos, os ansiolíticos, os antidepressivos, os antipsicóticos, etc.
Todas essas drogas, que fiquem bem consignado, foram sintetizadas para fins específicos de tratar alguma doença orgânica ou psíquica. Elas atuam no sistema nervoso central, no psiquismo do paciente, no sentido de correção de algum distúrbio neurológico ou psiquiátrico.
Muitos desses fármacos são de uso temporário, enquanto persiste aquele distúrbio, aquela disfunção sensorial, psíquica ou neurológica. Um dos grandes dramas desses princípios ativos é a dependência. Efeito colateral de difícil solução e que ocorre pela não correta adesão do paciente às orientações do médico assistente. Outro fator responsável pela dependência química é a automedicação.
São milhões de pessoas que se tornam usuárias de psicotrópicos, pela facilidade de aquisição de tais produtos, seja com a complacência de algum médico amigo ou mesmo compra no mercado pirata. Ao se tornar uma eterna consumidora de tais substâncias, sejam os hipnóticos, os sedativos, os ansiolíticos, as pessoas se comportam como adictos. A exemplo de um dependente de maconha ou cocaína.
O mecanismo é o mesmo. Todo o processo de dependência química se faz no âmbito cerebral, através da combinação droga (chave) e receptor (fechadura). Há um princípio científico universal de que uma vez consumidor de alguma droga, seja lícita ou ilícita, o cérebro nunca esquece aquela substância. O usuário abstêmio pode exercer um processo de vigilância, mas há sempre o risco de recaída.
A segunda e última grande consideração a se fazer sobre o consumo de drogas ilícitas se refere à finalidade, do porque do uso de uma substância sem uma finalidade plausível como referido sobre o uso de psicotrópicos, o seu emprego pelos médicos está sustentado no reparo de algum sintoma, distúrbio funcional, doença psiquiátrico ou neurológica. Ou seja, aqui no trato das drogas lícitas, de uso médico, existe um amparo ético, biológico e legal. Mas, sob critérios e estrita indicação médica especializada.
Tal consideração e critério não têm nenhum amparo no tocante ao consumo dos entorpecentes, das drogas ilícitas como a maconha, o crack e cocaína. Ora, basta considerar, se o indivíduo é saudável, hígido, inteligente e normal do ponto de vista psíquico e neurológico por que usar droga ilícita? Será que para ele funcionar, para se relacionar, para exercer sua inteligência e razão ele vai precisar de algum alucinógeno, de maconha e cocaína?
Parece um gesto de imbecilidade, mas é uma crua e rígida verdade. Fica a impressão de ser uma pessoa incapaz, inapta de ser o que ela tem de melhor, o seu potencial de inteligência e de ralações humanas e sociais.
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