OPINIÃO

DIVERSOS

‘EDITORIAL’ – Edição 444 (16 a 28/02/2025) – ‘Mais leitura e esporte’

‘Dados do Anuário Brasileiro da Educação Básica 2024: algo ruim’.

Dados recentes do Anuário Brasileiro da Educação Básica 2024 mostram algo ruim: a ausência de equipamentos e espaços de aprendizagem nas unidades de ensino das redes estadual e municipal goianas. Uma parte não possui quadras esportivas, bibliotecas ou salas de leitura, laboratórios de ciências e informática.

Chama atenção o levantamento da organização Todos pela Educação; Fundação Santillana; e, Editora Moderna. Das 3,5 mil unidades em funcionamento em Goiás, somente 1,6 mil (47,7%) têm estruturas para a prática esportiva. Pior: a escassez de laboratórios (ciências e informática), pois só 11,8% e 40,1% delas, respectivamente, possuem esses equipamentos, o que corresponde a creca de 410 e 1,4 mil unidades. O acesso a bibliotecas e salas de leituras está presente em 63,2%, o que representa cerca de 2,2 mil e 200 locais.

Mostrando que as ‘bibliotecas escolares diferem das públicas por serem um equipamento intrinsecamente ligado à cultura e ao processo de ensino-aprendizagem por meio de recursos educativos para estudo, encontro e lazer’, o texto Desmonte das bibliotecas públicas evidencia o desinvestimento cultural e educacional no Brasil (jornal.usp.br – de 2022) traz: ‘As políticas públicas de incentivo às bibliotecas vêm sofrendo cortes no Brasil. Segundo especialistas da Biblioteconomia e da Educação ouvidos pelo Jornal da USP, esses espaços promovem a divulgação segura de informações, a cultura, a formação educacional das pessoas e a preservação da memória histórica. Cada tipo de biblioteca, entre pública, escolar e circulante, atende a necessidades informacionais e culturais específicas da sociedade. E é o bibliotecário que deve atuar nesses locais fornecendo orientação e mediação adequadas para as pessoas’.’

A mesma publicação expõe opinião de Cibele Araújo, professora do curso de Biblioteconomia da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP), realçando que ‘o tanto de bibliotecas públicas brasileiras fechadas revela um desinvestimento na cultura e na educação’ e que nelas ‘algumas das atividades promovidas são saraus literários, recitais, musicais e peças’: “As bibliotecas públicas em muitos municípios são um elo fundamental da cultura. Podem ter nessas bibliotecas ações culturais muito importantes para a formação do indivíduo, para o desenvolvimento da sua cidadania”.

De Cibele: “A gente tem que ter uma pauta de defesa perante os prefeitos, governadores, vereadores e deputados. Investimento na cultura não é custo, é benefício puro para ter uma sociedade mais desenvolvida”. ‘Ela completa afirmando que é uma defesa que precisa partir de várias instâncias, pelos cursos de Biblioteconomia nas universidades, pelos conselhos profissionais e associações e federações’, está em outro trecho, com a professora complementando que “um trabalho quase de formiguinha, de fazer a defesa dessas instituições, olhando a biblioteca com uma importante instituição de informação e cultura”.

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