CULTURA & EDUCAÇÃO

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‘Meu velho pai’ – Léo Canhoto

Meu velho pai, preste atenção no que lhe digo

Meu pobre papai querido

Enxugue as lágrimas do rosto

Porque, papai, que você chora tão sozinho

Me conta, meu papaizinho

O que lhe causa desgosto

 

Estou notando que você está cansado

Meu pobre velho adorado, é seu filho que está falando

Quero saber qual é a tristeza que existe

Não quero ver você triste

Por que é que está chorando?

 

Quando lhe vejo, tão tristonho desse jeito

Sinto estremecer meu peito ao pulsar meu coração

Meu pobre pai, você sofreu pra me criar

Agora eu vou lhe cuidar

Esta é minha obrigação

 

Não tenha medo, meu velhinho adorado

Estarei sempre ao seu lado, não lhe deixarei jamais

Eu sou o sangue do seu sangue, papaizinho

Não vou lhe deixar sozinho, não tenha medo, meu pai

 

Você sofreu quando eu era ainda criança

A sua grande esperança era me ver homem formado

Eu fiquei grande, estou seguindo o meu caminho

E você ficou velhinho, mas estou sempre ao seu lado

 

Meu pobre pai, seus passos longos silenciaram

Seus cabelos branquiaram, seu olhar se escureceu

A sua voz quase que não se ouve mais

Não tenha medo, meu pai, quem cuida de você sou eu

 

Meu papaizinho, não precisa mais chorar

Saiba que não vou deixar você sozinho, abandonado

Eu sou seu guia, sou seu tempo, sou seus passos

Sou sua luz e sou seus braços

Sou seu filho idolatrado

 

Leo Canhoto (1936-2020) foi compositor e cantor, integrando a dupla sertaneja Leo Canhoto e Robertinho, em atividade de 1969 a 1983; e, de 1989 a 2017. Robertinho, que depois formou dupla com Valdir José Domingues (Zé Roberto) – Zé Roberto e Robertinho –, tem 80 anos.

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