Com polarização em alta, chegou o período que transforma comportamentos de boa parte do eleitorado. Os ataques políticos são constantes, com as mais diversas frentes políticas querendo eleger seus nomes para os cargos em disputa. Reportagem aborda outras questões alusivas ao pleito de outubro.
Com o calendário do Tribunal Superior Eleitoral agendando para 16 de agosto, o início oficial da campanha eleitoral 2022, a movimentação em busca dos votos avolumou fisicamente e nas plataformas eletrônicas. De um lado, os candidatos a presidente da República, senador, governador, deputado federal e deputado estadual, com suas legiões de aliados e cabos eleitorais. Por enquanto, podem pedir votos, via caminhadas, comícios, reuniões e, fazer propaganda nas Redes sociais e na imprensa escrita. A propaganda gratuita nas emissoras de rádio e TV começará em 26 de agosto. Do outro, um desmotivado eleitorado, que, ressabiado e descrente, observa a movimentação.
Na esfera federal, a polarização Jair Bolsonaro (PL) x Lula (PT) e, os enfrentamentos odiosos, a radicalização ideológica observada na sociedade e a intolerância volumosa dominam tudo, em embate que soma 12 candidaturas, já contabilizada a do PROS, sigla que passa por torrencial disputa interna.
A votação ocorrerá em 2 de outubro e onde houver segundo turno o eleitorado retornará às urnas no dia 30 do mesmo mês, para votar nos dois primeiros colocados para os cargos de presidente e governador.
O TSE, agora presidido pelo ministro Alexandre de Moraes, é composto por outros seis pares. Natural de Uruaçu, o desembargador Itaney Campos preside o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-GO). A 50ª Zona Eleitoral, sediada em Uruaçu (filial do JORNAL CIDADE) e, reunindo 47,282 mil eleitores aptos a votar, está sob responsabilidade do juiz Jesus Rodrigues Camargos, com Henrique Tolentino Lopes chefiando o Cartório Eleitoral. Também a integram os Municípios de Alto Horizonte, Campinorte e Nova Iguaçu de Goiás. Somente de Uruaçu são 29,135 mil eleitores aptos.
Goiás tem 4,870 milhões de eleitores. A capital Goiânia, matriz deste periódico, porta o maior colégio eleitoral, com mais de 1,032 milhão eleitores aptos. Aparecida de Goiás (334,8 mil) fica em segundo e Anápolis (286,6 mil) em terceiro.
Governos estaduais
Nos dados do TSE, 223 candidatos concorrem aos Governos estaduais e do Distrito Federal. Desses, nove em Goiás, com variado leque, quando o assunto engloba apoios, como, por exemplo, o de Valmir Pedro (PSDB), prefeito uruaçuense, em favor do projeto de reeleição do governador Ronaldo Caiado (UB), realidade que agradou a muitos e desagradou outros tantos. Até então, eram adversários ferrenhos e, sobre seus futuros, tudo primeiro passará pelo quadro eleitoral que se desenhará após a apuração dos votos.
Para o Senado, 234 postulantes disputam 27 vagas para renovarem, pelo menos parcialmente, um terço das cadeiras do Parlamento federal, que abriga 81 nomes.
Mais de 10 mil registraram candidaturas para deputado federal e 16,900 mil para deputado estadual. Em dados da Agência Senado, a eleição deste ano traz novidade no sistema proporcional: o advento das federações partidárias, criadas pela reforma eleitoral de 2021 e que funcionam como espécie de aliança duradoura entre diferentes partidos políticos. Diferentes das coligações, proibidas nas eleições proporcionais desde 2020, as federações têm como principal característica um caráter permanente: os partidos devem permanecer unidos em âmbito nacional por pelo menos quatro anos, durante todo o mandato para o qual o candidato foi eleito. No caso das coligações (ainda admitidas para o sistema majoritário), a aliança só vale até a eleição e pode ser desfeita logo após o pleito.
O Norte goiano elegerá deputado estadual? Goiânia e a Grande Goiânia elegerão mais nomes para a Alego? A expectativa é tremenda!
Alego
Com previsão de 800 nomes (advindos de média de 30 partidos) para concorrer à disputa pelas quarenta e uma cadeiras na Assembleia Legislativa de Goiás, 30 deles estão entre os atuais 41 deputados estaduais. Apenas o presidente Lissauer Vieira (PSD), Tião Caroço (UB) e Iso Moreira (UB) não disputam cargo algum. Zé da Imperial (MDB), que ocupa a cadeira do titular Iso, licenciado devido problema de saúde, também é candidato.
Nove concorrem a deputado federal – Adriana Accorsi (PT), Alysson Lima (PSB), Delegado Humberto Teófilo (Patriota), Doutor Helio de Sousa (PSDB), Jefferson Rodrigues (Republicanos), Lêda Borges (PSDB), Paulo Trabalho (PL), Rafael Gouveia (Republicanos) e Zé Carapô (PROS).
Bancada goiana no Congresso
Na atualidade deputados federais por Goiás, Delegado Waldir Soares (UB) e João Campos (Republicanos), candidatos a senador; Major Vitor Hugo (PL), que disputa o Governo de Goiás; e, Zé Mário (UB), que tende assumir a presidência da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), não concorrem à reeleição.
Os demais 13 congressistas da bancada goiana no Congresso estão na disputa, mirando reeleições.
Senado goiano
Em Goiás, dez políticos estão no páreo, querendo a única vaga disponível para o Senado.
Cada Unidade Federativa possui três senadores e, da bancada goiana, Jorge Kajuru (Podemos) e Vanderlan Cardoso (PSD) estão no meio da legislatura.
(Jota Marcelo e Márcia Cristina)