Já na quarta sessão, agendada para o domingo 15 de maio, às 20h, o ‘Sarau da Jezebel’ (com transmissão pelo YouTube) é mais um evento promovido pelo Coletivo Gaffurina, comandado por Rodrigo Kramer (músico/outras qualidades mais [foto]), entrevistado pelo JORNAL CIDADE.
Chegando a hora e, neste domingo 15 de maio, 20h, o Coletivo Gaffurina – de onde brotam joias iniciativas culturais, sempre valorizando talentos do segmento com atuação local –, promove nova sessão do evento Sarau da Jezebel, tudo produzido com dedicação, em projeto contemplado pelo Edital de Letras Aldir Blanc, via Governo de Goiás e governo federal.
Para a quarta sessão, os atrativos (constando entre eles, Jota Marcelo, editor-geral do JORNAL CIDADE – e aqui fica registrado o agradecimento especial do mesmo, que se sente honrado pelo convite, pela participação) são:
Escritores/poetas:
Nelly Alves de Almeida
Ítalo Campos
Jota Marcelo
Cecilia Vasconcelos Leite
Banda:
Os Hermetistas
Apresentação:
Larissa Kramer
Poesia pra todes:
Denise Fabiane Kramer – Sua, minha, nossa história
Syd – Caixa de Sonhos
Pedro Rosa – Tendinietzsche
Escritores em evidência
O Coletivo informa:
O Sarau da Jezebel é uma ação cultural que visa colocar os escritores do Estado de Goiás em evidência. Desde os escritores de destaque até os que estão iniciando na arte de escrever, a intenção é difundir a literatura e estimular a livre expressão por meio da poesia, sendo a cidade de Uruaçu e os escritores que essa terra recebeu, os principais personagens deste Sarau.
O Sarau da Jezebel contará com 6 (seis) edições, com poetas e poetisas consagrados no Estado de Goiás, escritores de destaque de Uruaçu, assim como, jovens escritores, escolhidos pelo Coletivo Gaffurina por seu talento e criatividade. Tendo o Sarau, em sua sessão: entrevistas, intervenções musicais e poesia. No final da sessão IV, teremos o Poesia pra todes, onde amigos e colaboradores declamarão poesias de sua escolha.
“Este projeto foi contemplado pelo Edital de Letras Aldir Blanc – concurso nº 13/2021 – Secult-Goiás – Secretaria de Cultura – Governo Federal”..
ENTREVISTA
Leia, a seguir, entrevista com Rodrigo Kramer, que comenta, entre outros assuntos, parte da cena cultural uruaçuense e da região, a importância de a iniciativa pública incentivar os artistas e eventos, a composição do Coletivo Gaffurina e registro de agradecimentos.
Também indique a leitura e opine com a família/os amigos sobre os pontos de vista dele, um dos mais qualificados nomes da área cultural do interior goiano!
Como se sente militando na área cultural?
Entendendo militância como defesa de uma causa, neste sentido, a melhoria das condições culturais no meio onde eu vivo, na cidade onde eu habito, muito me interessa. Se eu tiver oportunidade e lugar de fala para emitir minha opinião a respeito da melhoria das políticas públicas que apoiem a cultura, vou emitir e falar o que eu penso, com todo prazer e naturalidade, pois atuo com amigos e parceiros, através do Coletivo Gaffurina, promovendo a música autoral, as artes visuais e literatura do nosso grupo, desde 2012. Na maioria das vezes, de forma independente, e percebo o quanto é difícil se mobilizar para mostrar a sua arte. Percebo também um aumento significativo na produção artística autoral, que vem crescendo na cidade a olhos vistos. Sendo assim, consigo visualizar vários gargalos que impedem a fruição dos artistas da cidade, como falta de espaços culturais, ou dificuldade de acesso aos que existem, falta de uma política de capacitação de agentes culturais, falta de um calendário de eventos que valorize os artistas locais, entre outras coisas…
…É possível apontar avanços?
É possível apontar avanços, que são visíveis por meio da institucionalização do sistema cultural, da criação do Conselho Municipal de Políticas Culturais, da publicação de ‘Editais’ por meio da Lei Aldir Blanc e, mais recentemente pela aprovação da Lei Ezecson Fernandes de Sá, que prevê recursos ao Fundo Cultural. Ainda há muito a se desenvolver, mas já houve um avanço, não estamos no ponto zero! Dessa forma, me sinto como uma pessoa que faz o que gosta.
Como surgiu a ideia da realização do Sarau da Jezebel?
O Sarau da Jezebel foi uma ideia conjunta entre eu, minha esposa Larissa [Kramer] e nosso amigo Carzem [Carlos Henrique Alves do Rêgo, presidente da Academia Uruaçuense de Letras {AUL}], já tínhamos essa ideia de realização de um ‘Sarau’, focando na literatura uruaçuense e tendo a música autoral como plano de fundo. Isso foi possível em 2018, estimulados também pelo ‘Sarau do Conselho de Cultura’, realizado no ano anterior, em que estávamos todos na coorganização, junto com a Secretaria Municipal de Cultura de Uruaçu. Na oportunidade, homenageamos a poetisa Sinvaline Pinheiro; o escritor e poeta Mariano Correia Peres: e, o escritor e poeta Ezecson Fernandes de Sá [in memoriam].
Qual é a origem do nome Sarau da Jezebel?
A origem do nome vem de uma música chamada Jezebel, de uma banda punk chamada Língua Chula. Eu e minha esposa Larissa assistimos ao ‘show’ deles e, nos identificamos com a música, que é muito boa, a letra que trata Jezebel como um anjo lindo e por ser tão lindo causava sofrimento a quem a desejava… Esse nome ficou em nossas cabeças e quando precisávamos de um nome para o Sarau, o nome Jezebel já veio de pronto.
O interior goiano tem condições de crescer na área cultural?
Com certeza, acredito nisso! Consigo ver potencial nos artistas locais de vários segmentos culturais de Uruaçu e também de algumas cidades vizinhas. O que é necessário é criar oportunidades para que esse crescimento aconteça, ou seja, dar espaço para o artista local. Para isso, o poder público necessita ter um compromisso contínuo com a cultura, criando estrutura para circulação dos artistas e formação de público.
Mais alguma observação?
O Coletivo Gaffurina atualmente conta com três bandas em atividade: Os Hermetistas, Casulo Fantasma, e W.C., nas artes visuais conta com a parceria de Stella Cardozo e do Pedro Rosa, na Literatura as parcerias são com os escritores Carzem e Shannon Souza. E, nenhuma das ações culturais do Coletivo teria existido se não fossem os queridos Larissa Kramer, Wendel Max, Jullyanno Morais, Ana Lidia Moura, Filipe Maciel, Marcos Paulo Paes, Gabriel Andrade, Leandro Nunes, Lucas Barros, Richard Faria, Pedro Henrique Godoi, João Paulo Godoi, Nathália Fernandes e a turma do skate de Uruaçu, tendo Lucas Fernandes como uma das principais figuras. Além dos nomes já citados… Obrigado a esses amigos por fortalecerem conosco a produção artística autoral e também ao público em geral que apoia e visualiza nossa iniciativa. Também, ao JORNAL CIDADE pelo espaço para falarmos um pouco da nossa arte.
(Jota Marcelo)
Salve, salve KRAMER! Salve #CasuloFantasma!