Operação de nome Murder, Inc. foi deflagrada neste domingo 24, pela Polícia Federal, Procuradoria-Geral da República e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro.
A Murder, Inc. prendeu, em procedimento marcante e histórico, Domingos Brazão (conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro), Chiquinho Brazão (deputado federal do UB pelo RJ) e Rivaldo Barbosa (ex-chefe da Polícia Civil do Rio), acusados por terem mandando matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, crime ocorrido no Rio de Janeiro, em 14 de março de 2018.
Os irmãos sempre negaram veementemente envolvimento no duplo crime. O advogado de Domingos – Ubiratan Guedes –, declarou “ter certeza absoluta” da inocência do cliente.
Os dois, mais a assessora Fernanda Chaves, estavam em um veículo a caminho da Tijuca, bairro da Zona Norte. Ao passarem pelo bairro do Estácio, outro carro emparelhou e sucessivos tiros de fuzil foram desferidos. Morreram de imediato!
Quando do fechamento da reportagem, 12 mandados de busca e apreensão estavam sendo cumpridos, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) – via Alexandre de Moraes –, 100% na cidade do Rio. As investigações ocorriam desde fevereiro do ano passado e, os presos, segundo esclarecimentos, seriam ouvidos na sede da PF no Rio e encaminhados para a Penitenciária Federal da capital federal Brasília.
Explanações
Em Redes sociais, Paulo Pimenta (ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República) afirmou que medidas tomadas desde o início da gestão Lula (PT) se tornaram essenciais para o esclarecimento dos assassinatos. Segundo ele, ‘o governo federal seguirá cumprindo o seu papel para combater essas quadrilhas violentas que cometem graves crimes contra as famílias brasileiras. A continuidade das investigações vai com certeza esclarecer vários outros’.
Irmã de Marielle e ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco também agradeceu, em Redes sociais, todo o empenho coletivo da PF, do governo federal, MP e do ministro. ‘Estamos mais perto da justiça. Só Deus sabe o quanto sonhamos com esse dia! Hoje é mais um grande passo para conseguirmos as respostas que tanto nos perguntamos nos últimos anos: quem mandou matar a Mari e por quê?’, comentou.
(Reportagem: José Marcelo, estagiário do JORNAL CIDADE em convênio com a UniAraguaia [Goiânia-GO.]. Com atualizações)