Jair Bolsonaro (PSL), capitão reformado do Exército, foi eleito presidente da República no domingo 28 de outubro, ao derrotar em segundo turno Fernando Haddad (PT), cortando o ciclo de vitórias petistas iniciado na campanha eleitoral 2002. A posse ocorrerá, juntamente com o vice general Hamilton Mourão (PRTB), dia 1º de janeiro de 2019, na capital federal Brasília.
O 38º presidente brasileiro decidiu que realmente gostaria sair candidato alguns dias depois de Dilma Rousseff (PT) ser reeleita, em 2014. De acordo com ele, estava sozinho à mesa em casa, no Rio de Janeiro e, eis que decidiu concorrer. Falou com esposa depois, começou a dialogar com muitos e o resto da longa história quase todos sabem… 2015, 2016, 2017, 2018!
Seções apuradas 100%: Bolsonaro, 57.797.847 votos (55,13%). Haddad: 47.040.906 (44,87%). Os números do segundo turno em Goiás: Bolsonaro arrebatou 65,52% dos votos válidos (2.124.739) e, Haddad 34,48% (1.118.060).
Uruaçu, cidade sede do Jornal Cidade, no segundo turno: Bolsonaro recebeu 11.467 votos (59,35% válidos). Haddad ficou com 7.855 sufrágios (40,65%).
O que esperar dele, nascido em 21 de março de 1955, em Glicério-SP, registrado em Campinas? Ninguém pode exagerar para mais ou menos em relação ao futuro governo do militar de cinco irmãos, oriundos do casal Olinda Olinda Bonturi Bolsonaro/Percy Geraldo Bolsonaro.
E a relação de Bolsonaro com o Congresso de 513 deputados federais e 81 senadores? O tempo dirá, mas, se mostra confiante no de melhor, o vitorioso substituto de Michel Temer (MDB), vice de Dilma que assumiu o Palácio do Planalto no ano 2016, face o impeachment da petista.
Apuração prosseguia para o final, vitória garantida, em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, o fenômeno eleitoral, mito Bolsonaro, que se apresenta e tende atuar como político de direita, usou as redes sociais para praticar o pronunciamento pioneiro na condição de eleito. Destaque para as afirmativas de que detém “condições de governabilidade” e de que seguirá tranquilamente a Constituição Federal (CF).
Ao discursar, após confirmação da vitória de Bolsonaro, o petista disse: “Gostaria de agradecer os 45 milhões de eleitores que nos acompanharam. Gostaria de agradecer meus antepassados que me ensinaram o valor da coragem e a defender a justiça a qualquer preço. Todos os demais valores dependem da coragem”.
Bolsonaro
Reeleito deputado federal em 2014 pelo PP (quando foi para a sétima legislatura seguida; antes foi vereador pela cidade do Rio de Janeiro [1989 e 1990]), Jair Bolsonaro saiu em busca de um partido para concorrer à Presidência. Passou pelo PSC e, em março, filiou-se ao então nanico PSL. Bolsonaro teve dificuldade para encontrar um vice. Mourão foi a quarta opção, após convites ao senador Magno Malta (PR), ao general Augusto Heleno (PRP) e à advogada Janaína Paschoal (PSL). Bolsonaro também não conseguiu alianças com grandes partidos e teve pouco tempo na propaganda eleitoral gratuita. O candidato compensou a desvantagem com forte presença nas redes sociais e no aplicativo de troca de mensagens WhatsApp. Bolsonaro encerrou o primeiro turno como o candidato mais votado, com 49.276.990 votos (46,03% dos válidos).
Pai de cinco filhos frutos de três relacionamentos, Bolsonaro tem Carlos (vereador no Rio de Janeiro), Flávio (deputado estadual, se elegeu senador pelo Rio) e Eduardo (ganhou dia 7, o segundo mandato de deputado federal por São Paulo, alcançando a bagatela de 1,8 milhão votos, a maior votação do Brasil, um recorde em se tratando de disputa para a Câmara dos Deputados). São filhos de Rogéria Nantes Nunes Braga.
20 anos, estudante de Direito, Jair Renan Bolsonaro (mais conhecido como Renan) é o filho homem caçula. A mãe é Ana Cristina Siqueira Valle.
Com a atual esposa, Michelle de Paula Firmo Reinaldo (Michelle Bolsonaro), o presidente eleito tem a filha Laura.
Haddad
Haddad foi registrado como vice-presidente na chapa do ex-presidente Lula (PT), que em agosto liderava as pesquisas de intenção de votos mesmo preso desde abril em Curitiba-PR devido à condenação a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex em Guarujá-SP. Haddad assumiu a cabeça da chapa em setembro, depois que o TSE rejeitou o registro da candidatura de Lula.
A estratégia do PT foi vincular a imagem de Lula à de Haddad, a fim de assegurar a transferência de votos. No começo, Haddad tinha 4% nas pesquisas e passou da faixa dos 20% – metade das intenções de voto que o padrinho vinha obtendo. O petista, com Manuela D’Ávila (PCdoB) na vice, recebeu 31.342.005 milhões de votos (29,28% válidos) no primeiro turno.
(Jota Marcelo. Com informações do Portal G1. Com atualizações e acréscimo de dados)