Goiás lidera a produção de sorgo e de girassol no País, aponta ‘Radiografia do Agro 2022’

Publicação da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) traz dados consolidados das duas culturas e de mais 45 cadeias produtivas dos segmentos de agricultura, pecuária e silvicultura em Goiás.

 

Edição do estudo traz dados com base no ano de 2021 – Fotos: Wenderson Araújo/CNA

 

Com 907 mil toneladas produzidas na safra 2020/2021, Goiás ocupa a primeira posição no ranking nacional de cultivo de sorgo no País. Foram 377,9 mil hectares de área plantada do grão, no último ciclo, com produtividade de 2,4 toneladas por hectare. O Estado também obteve a liderança nacional na produção de girassol. Do total de 36,2 mil toneladas produzidas no Brasil na safra 2020/2021, 20 mil toneladas foram cultivadas em terras goianas, ou seja, 55,2% de todo o girassol produzido no País. Foram 20 mil hectares de área plantada e produtividade de uma tonelada por hectare. Essas informações integram a Radiografia do Agro 2022, publicação anual da Seapa, lançada na virada de junho para julho e que traz dados consolidados de 47 cadeias produtivas dos segmentos de agricultura, pecuária e silvicultura em Goiás.

Entre os Municípios goianos que se destacaram na produção de sorgo no Estado estão Rio Verde (1º), Goiatuba (2º) e Paraúna (3º). A lista dos dez maiores produtores contempla ainda Cristalina, Acreúna, Catalão, Ipameri, Itaberaí, Campo Alegre de Goiás e Bom Jesus de Goiás. Revelou-se, ainda, que Goiás foi responsável pela exportação de todo o sorgo do Brasil, com 26,352 mil toneladas do grão, somando US$12.270,00. O principal destino do grão exportado pelo Estado foi a Venezuela, na América do Sul, sendo 68,8% de sorgo semente e 31,2% de sorgo grão.

No caso do girassol, os três principais redutos goianos produtores no período foram Catalão (1º), Ipameri (2º) e Piracanjuba (3). Entre os dez maiores produtores no Estado apareceram também Silvânia, Caldas Novas, Vianópolis, Joviânia, Itumbiara, Rio Verde e Goiatuba. O girassol tem se tornado cada vez mais alternativa de investimento para o produtor rural por causa de características como boa resistência hídrica, menor incidência de pragas e doenças e capacidade de suportar temperaturas mais elevadas.

 

Calendário

Em Goiás, a colheita do girassol deve ser feita até 15 de julho, previsão que faz parte da Instrução Normativa nº 01, de janeiro deste ano, da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), que estabeleceu, na época, o calendário de semeadura até 31 de março e de colheita até 15 de julho. A medida fitossanitária foi adotada para evitar a contenção de plantas voluntárias de soja (tiguera), que germinam nas entrelinhas do cultivo do girassol, após a colheita dos grãos de soja, de modo a evitar a incidência e disseminação da praga ferrugem asiática da soja (Phakopsora pachyrhizi). Essa medida se fez necessária em virtude da ausência de herbicida seletivo registrado junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que elimine as tigueras de soja e sem causar danos à planta do girassol.

Essa última edição do estudo traz dados com base no ano de 2021. Entre as fontes utilizadas no trabalho estão pesquisas e levantamentos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Mapa e das Centrais de Abastecimento de Goiás (Ceasa). A íntegra do periódico está disponível em PDF aqui.

 

(Informações: Comunicação Setorial da Seapa – Governo de Goiás)

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