Obra foi recolhida pelo Governo de Goiás nas unidades de ensino da rede estadual de ensino. Outros estados lidam com a causa também, sob diferentes posicionamentos.
A Nota – Imagem, inclusive a da home: Divulgação
Os dias iniciais de março de 2024 entram para a história, envolvendo a combinação livro x unidades de ensino x gestões estaduais.
Entidades de ligação com o segmento livros emitiram Nota de repúdio à censura de livros, apoiando o Programa Nacional do Livro Didático) e foi incluído na lista (PNLD), em função de o Governo de Goiás ter determinado a retirada das unidades de ensino a obra O Avesso da Pele, livro do escritor e professor Jeferson Tenório, vencedor do Prêmio Jabuti no ano 2021.
‘Censurar livros é atacar a democracia, a liberdade de expressão e a formação de cidadãos e cidadãs’, está no documento emitido por sete representações.
Através da Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc), a gestão estadual justificou que o recolhimento visa assegurar que a obra possa efetivamente contribuir com o desenvolvimento dos alunos.
O racismo e a violência são temas centrais da narrativa e, o autor retrata a história de determinado jovem negro que teve o pai – professor de literatura também negro –, morto por policiais na capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
O livro integra o PNLD (obras literárias para o ensino médio em 2022) e passou por análise de professores, mestres e doutores que pertencem ao banco de avaliadores do Ministério da Educação (MEC). Depois dessa avaliação, foi aprovado e apresentado às escolas, juntamente com mais de quinhentas outras obras literárias.
Outros Estados
Toda a celeuma iniciou quando uma diretora de escola localizada no Rio Grande do Sul, comentou (em Rede social) que a obra apresenta vocabulários de tão baixo nível para serem trabalhados com estudantes do ensino médio. A Pasta da Educação do RS, comandada por Raquel Teixeira, esclarece que o livro está mantido nas unidades de ensino.
O Governo do Paraná comunicou que faria análise da obra, após também recolher exemplares.
(Reportagem: José Marcelo, estagiário do JORNAL CIDADE em convênio com a UniAraguaia [Goiânia-GO.])
