Deputado Amauri Ribeiro tem defesa do escritório de Demóstenes Torres

Após a informação – do jornalista Lauro Jardim –, de que a Polícia Federal encaminharia ao STF pedido de sua prisão, deputado goiano apresenta defesa por meio do escritório de Demóstenes Torres.

Amauri Ribeiro disse ter sido mal interpretado e providenciou defesa – Fotos, inclusive a da home: Comunicação/Alego

 

Durante discurso no plenário da Assembleia Legislativa de Goiás na quarta 7 de junho, Amauri Ribeiro (UB) pronunciou que, devido atitudes dele, também “deveria estar preso” por ajudar “bancar” manifestantes golpistas, alusão a apoiadores do então presidente da República, Jair Bolsonaro.

O jornalista de O Globo publicou a informação na tarde desta sexta 9 e, em seguida a PF se manifestou, sobre a atitude junto ao Supremo Tribunal Federal. Na veiculação de Lauro consta:

Em seu discurso, que agora tenta negar, Ribeiro mandou ver:

– A prisão do coronel Franco é um tapa na cara de cada cidadão de bem neste estado. Foi preso sem motivo algum, sem ter feito nada. Eu também deveria estar preso. Eu ajudei a bancar quem estava lá. Pode me prender, eu sou um bandido, eu sou um terrorista, eu sou um canalha, na visão de vocês. Eu ajudei, levei comida, levei água e dei dinheiro.

Se o Supremo deferir o pedido da PF, o deputado ribeiro terá tido o seu pedido satisfeito (“Pode me prender”)..

A PF vem desenvolvendo operações para identificar pessoas que financiaram, fomentaram os ditos ataques golpistas de 8 de janeiro, quando das invasões aos órgãos, na Praça dos Três Poderes, na capital federal, algo que, segundo Amauri, não tem ligação com procedimentos dele.

 

‘Habeas corpus’

Tão logo soube sobre a possibilidade da iniciativa da PF, Amauri Ribeiro contatou o escritório de Demóstenes Torres, advogado centrado em Goiânia e Brasília para defendê-lo contra hipotéticas acusações. A legislação brasileira estabelece que a prisão de um parlamentar estadual ou federal só é possível em flagrante delito de crime inafiançável, razão pela qual a defesa do parlamentar providenciou habeas corpus preventivo.

Esclarecendo ter sido mal interpretado, o Amauri pontuou ter ajudado os acampados diante de estrutura militar federal, em Goiânia, fornecendo alimentação, sem participar dos atos de janeiro.

O deputado havia se auto acusado, respondendo questionamento do colega Mauro Rubem (PT) sobre financiamentos aos atos golpistas – “Respondendo sua pergunta, o dinheiro não veio ‘de fora’. Veio de gente que acredita nesta Nação e que defende este País, mas não concorda com o governo corrupto e bandido”, mirando na gestão do presidente Lula (PT).

Está na peça, protocolada no STF pelo escritório:

Inicialmente, é preciso ressaltar que a fala do parlamentar foi completamente tirada de contexto. Conforme Termo de Declaração anexo, o deputado disse não considerar “bandidos os que estavam acampados na porta do quartel em Goiânia; por questões humanitárias levei água e alimentos para os mais carentes que lá estavam; considero vândalos, bandidos e delinquentes os que participaram das depredações ocorridas em 8 de janeiro deste ano”..

 

 

(Jota Marcelo. Com atualizações)

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