Egressos do curso de Contábeis da UEG Uruaçu celebram 20 anos

20 anos da conclusão do curso de Ciências Contábeis do Câmpus da Universidade Estadual de Goiás (UEG) uruaçuense já se passaram e, então acadêmicos e professores, mais parentes, celebraram a data no final de 2019. Evento de dois dias teve a presença de hoje moradores de Uruaçu e outras localidades, com a emoção e as lembranças soando alto.

 

No primeiro dia do Encontro (foto de 21 de dezembro de 2019), parte dos alunos da turma de 1994-1998 – Contábeis 20 Anos – Fotos, inclusive as duas da página principal: Divulgação. Reportagem também publicada na edição impressa de 1º a 15/01/2020, página 6

 

Segundo dia do Encontro (22 de dezembro de 2019): parte dos estudantes do curso de Ciências Contábeis da histórica turma

 

Registro fotográfico durante o curso: muitos dos alunos que fizeram o curso participaram das atividades nas duas datas em dezembro último: interação presencial – Foto: Acervo pessoal/Solange

 

Formatura dos acadêmicos da turma de 1999 de Contábeis da UEG Uruaçu. Acontecimento histórico no Norte goiano – Foto: Acervo pessoal/Solange

 

Universidade Estadual de Goiás (Uruaçu): construção de ideias/aprendizagens – Divulgação/UEG

 

Professora Lourdes Souza (que também está nas duas fotos iniciais e na da mesa da cerimônia de formatura): dedicação louvável em favor dos acadêmicos. Tem admiração dos muitos que receberam seus ensinamentos e orientações na UEG Uruaçu

 

O Encontro (de fato, um reencontro) dos que se dedicaram e formaram ao/no curso de Ciências Contábeis da turma de 1994-1998 da UEG Uruaçu – juntamente com professores e familiares –, atendeu vontades primordiais, ganhando farta historicidade… Turma Estela Coêlho Galvão; início no ano de 1994 e término em 1998. No decorrer dos seus mais de 20 anos de existência, o curso soma centenas de formandos.

Se realizar um evento como esse não é fácil, principalmente o ato de reunir personagens, a sua efetividade em si resulta em satisfação, agradando maioria absoluta. Algo visto no Salão de Eventos Recanto dos Sonhos, na cidade nortense dias 21 e 22 de dezembro últimos.

Lembrando se tratar da primeira turma da área, juntamente com a de Pedagogia, Professora Suzeth Marques de Sales, uma das alunas da turma (ela contribuiu com o JORNAL CIDADE, fornecendo dados e depoimentos constantes nesta reportagem [respostas para perguntas do periódico e, conteúdos de bate-papos {mensagens de aplicativos}]), comenta ter sido um divisor de águas entre a então Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Uruaçu (FECLU), que, “com toda a sua estrutura legal montada pelo grande empenho e a capacidade da diretora acadêmica na época, Estela Coêlho Galvão e, a secretária acadêmica Maria Aparecida dos Santos e a existência de dois cursos superiores que já eram ofertados… Tornou-se possível, através de políticas públicas, a instalação da UEG, com prédio próprio aqui em Uruaçu, no mesmo ano da conclusão da primeira turma de Ciências Contábeis. Fomos, portanto, os pioneiros, extremamente necessário para que tudo acontecesse naquela época”.

Além de bacharela pela UEG, ela também é bacharela em Letras pela UEG Porangatu. Em contato com colegas uegeanos, via aplicativos e afins, cravou estar encantada por ter tido a oportunidade de participar e até de ter colaborado um pouco no planejamento, quando solicitada pela mentora do acontecimento social, a então colega de sala Neiva Guimarães. ‘Ainda estou muito impactada com todo o acontecido. Superou!’, explicou Professora Suzeth.

Para Ronair Toledo, “foi espetacular Rever pessoas que venceram barreiras e cresceram por conta de um propósito. Neste caso, o bem comum sempre foi o mais importante”. Avaliando que essa turma é muito mais que um grupo de alunos universitários, completa: “Essa turma é uma verdadeira família!”.

“Embora eu tenha me formado em outra turma, em outro Município – fui orador da turma em que me formei, na cidade de Jaraguá –, posso reafirmar com toda convicção: esta turma formada em Uruaçu é a minha turma”, categoriza.

 

Reencontro

A reportagem quis saber sobre a importância do momento de reencontro entre os personagens do curso precursor.

“Aos queridos que não puderam vir… Como sentimos a falta de vocês! Tudo perfeito [o evento em si]! Tudo lindo!”. De Nélia Lacerda.

Realçando o acontecimento, razão de encanto para muitos, a bacharela Neiva Guimarães, sua idealizadora, agradece: “…Foi um momento único, descobrimos que nada mudou, apesar do tempo e da distância continuamos nos amando como antes, descobrimos que gostamos de estar juntos e partilhar desses momentos. Louvamos a Deus, brincamos, partilhamos e fomos muito, mas, muito felizes. Gratidão a Deus e cada um que priorizou esse dia e partilhou um pouquinho da sua vida com os antigos amigos de Ciências Contábeis. Como disse nosso amigo Ronair, essa é a nossa turma!”.

Mais: “Nossa gratidão por vocês também fazerem parte de nossas vidas, de nossas histórias”.

Maria Bueno: “Gente, eu não achei bom! Bom é pouco, foi ótimo, maravilhoso, sensacional, jamais nos esqueceremos desse momento. Uma pena eu não ter participado no sábado [21 de dezembro, primeiro dia do evento] também. Mas, foi fantástico ver nossa turma reunida, estou muito grata por esse momento que a vida nos proporcionou”.

Elzio Santos, também aluno da turma, no WhatsApp: ‘Muito obrigado à Neiva por ter se lembrado de mim. Muito obrigado aos ex-colegas pela oportunidade de encontrá-los e ter partilhado ótimos momentos. Que Deus me proporcione a Graça de poder reencontrar todos outras vezes…’.

Despedida, através de mensagem – do solo brasileiro –, de Jucinete Jesus, vinda dos Estados Unidos para abrilhantar o reencontro no Norte de Goiás: ‘Amigos, foi um prazer ver todos vocês. Neiva, mais uma vez quero te agradecer por esta festa tão organizado. Obrigada pelo seu tempo e dedicação. Você fez isso acontecer. E fez acontecer quando eu estava aqui. Estou no aeroporto de Brasília esperando meu voo. Chegou a hora de retornar pra casa. Feliz ano-novo a todos. Abraço’.

‘…Queridos, mesmo tendo me atrasado para a foto oficial, foi maravilhoso o nosso encontro e, só tenho a dizer que fiquei muito grato por ter tido a oportunidade de estar um pouco com cada um de vocês. A nossa vida é feita de momentos de felicidade e para mim e minha família não foi somente um momento de felicidade. Foi para nós um momento de plenitude, aprendizado. Muito obrigado a todos…”: bacharel Wender Contador.

Professora da turma (disciplina Estágio Supervisionado), Lourdes Souza opina que “foi tudo muito gratificante. Imagina voltar atrás 20 anos, reencontrar pessoas ímpares em nossas vidas! Muitas emoções, minha família e pessoas do grupo, a minha eterna gratidão! Foi muito amor e gratidão!”.

Explanando que apesar de ainda pensar ter sido um sonho e agradecer por tudo, em geral, a educadora, naturalmente pioneira, proclama a moradora de Goiânia: “Estou passada com o que vivemos. O coração está inquieto, voltado no tempo, é muito privilégio participar da vida desse grupo! O importante é estarmos juntos e compartilharmos as emoções positivas que sentimos. Sempre? De vez em quando? Não interessa… O importante é poder sentir esse amor incondicional fluindo em todos corações. Lembrar sempre. Esquecer? Jamais!”.

Leia mais nas submatérias.

 

Importância da UEG na avaliação de ex-acadêmicos e professores

Profissionais hoje em diferentes cidades, então universitários do curso uruaçuense de Ciências Contábeis comentam sobre a relevância da existência da Universidade Estadual de Goiás nas regiões do Estado. Confira as opiniões de bacharéis pioneiros da UEG de Uruaçu.

 

Perguntada sobre a importância da UEG para o interior goiano, Professora Suzeth, ex-aluna da instituição, pontua: “Foi para Uruaçu e todo o Norte goiano um acontecimento notabilíssimo. Veio atender uma demanda de formação educacional a nível superior que até então só havia em Ceres, Porangatu e Anápolis. Recentemente, a Unidade/Polo de Uruaçu foi contemplada com a vinda do curso de Direito, o que veio a somar ainda mais na formação de novos profissionais na área jurídica, alargando os horizontes do mercado de trabalho para Uruaçu e cidades vizinhas”.

Destacando que a UEG é importante para o interior goiano, Ronair Toledo afirma: “É muito mais que uma Universidade, é parte integrante e fundamental para o desenvolvimento da sociedade”. Sobre a formação intelectual, profissional obtidas na instituição, informa: “Sem dúvidas! Para exemplificar isso: no mês subsequente ao da colação de grau recebi a primeira promoção na empresa em que trabalho ainda hoje, multiplicando por três vezes meus rendimentos”.

Resposta de Ronair para a pergunta Qual é o seu conselho aos que pretendem adentrar algum curso, mas se encontram desmotivados?: “Procurem se aconselhar com pessoas que tiveram experiências de crescimento profissional e intelectual a partir da graduação. Isso é motivador”.

 

Portas abertas

“A UEG abriu portas para a população uruaçuense, principalmente para quem não tinha condições de cursar ensino superior fora da cidade, como eu, que fiquei dois anos sem estudar após o término do ensino médio. Além de contribuir para outras instituições de ensino superior irem para Uruaçu”. Depoimento de Rosimeyre Soares, bacharela da turma.

“Não apenas Uruaçu, mas também muitas cidades próximas, como Campinorte, Mara Rosa, Niquelândia, São Luiz do Norte e outras”, complementa Sônia Késio.

Outras informações, nas submatérias.

 

Curso superior: ‘Vale a pena o sacrifício’

Respondendo ao JORNAL CIDADE, Benedito Paraguassu, professor da turma pioneira de Ciências Contábeis do Câmpus uruaçuense da Universidade Estadual de Goiás (UEG), ressalta que quaisquer que sejam os cursos superiores ou técnicos, “acrescentam em nossa bagagem de conhecimento e experiência de sobrevivência, através dos estudos em si, como também na convivência com os colegas e todos os agentes envolvidos no processo, principalmente se o curso for presencial”.

Incentivando quem deseja adentrar um curso superior, mas está sem motivação, ele, que participou da confraternização de dezembro em Uruaçu, estimula: “O meu conselho é que vale a pena o sacrifício, além de acrescentar conhecimento, oportuniza crescimento social, econômico e financeiro. Costumo comentar com meus alunos, que temos três caminhos para o crescimento econômico honestamente: ganhar em jogos um prêmio que compense, fato que a probabilidade é remota; casar com parceiro rico, que também é quase impossível, as classes sociais não se misturam; e, então resta o estudo: ter uma formação profissional, onde entrará no mercado de trabalho e terá condição de sobrevivência razoável”.

 

Exemplo próprio

“Veja a maravilha e o privilégio deste ‘Encontro’, onde pudemos contemplar o sucesso de todos! Uns, empresários, outros funcionários públicos estabilizados. Seria possível, se não tivessem passado pelos bancos das escolas?”, demonstra o responsável pelas matérias Contabilidade Geral e Comercial.

E, vai além, versando sobre a família dele… “Me coloco com exemplo: filho de uma família humildade, pai analfabeto, mãe com 4º Ano do ensino fundamental, no entanto, muito preocupada com os estudos de seus oito filhos – fato que seis concluíram o ensino superior e dois o ensino técnico –, não tenha dúvidas de que foram muitas renúncias e sacrifícios! Mas, todos têm um padrão de vida razoável. Nossos filhos, uns já formados, outros ainda estudando. Meu caso específico, estou aposentado pela Secretaria de Estado da Educação [Seduc], o filho mais velho, médico, a segunda é farmacêutica e, o terceiro é estudante no curso de Farmácia. Graças a Deus! Minha profissão foi conquistada pelos meus estudos”.

Dos contatos do Professor Benedito Paraguassu com envolvidos na causa social que serviu também para matar saudades, transcrevemos: ‘…Companheiras e companheiros animados, que Deus continue a nos abençoar. Foi maravilhoso passar essas horas com vocês, fiquei muito agradecido pelo convite, agradeço a todos pelo carinho, em especial a Neiva pela iniciativa. Que todos sejam muito felizes!’.

Saiba mais na submatéria final.

 

Maria Solange Campos: ‘Cresci em tudo’

Informando ao JORNAL CIDADE que ingressar no curso de Ciências Contábeis da Universidade Estadual de Goiás, em Uruaçu, no ano de 1994, foi para ela um desafio, Maria Solange Campos de Ávila Teixeira, detalha: “…Pois havia terminado o segundo grau 16 anos anteriores. A importância de uma primeira Faculdade em Uruaçu, e ainda pública, valia todo esforço e dedicação. Foi muito importante para o meu desenvolvimento pessoal e profissional, foi ali que aprendi a gostar das Ciências Exatas e foi ali também que as minhas memórias se enriqueceram. Cresci em tudo: em primeiro lugar, veio a questão da autoestima e a certeza do ‘sim, é possível’. Readquiri a possiblidade e o gosto em conhecer e pesquisar e comparar e criticar e tirar em tudo um algo novo. A UEG ou FECLU [Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Uruaçu] foi para mim mais um momento de realização, alegria de ter passado no primeiro vestibular”.

“Esse reencontro de velhos amigos foi a comemoração de um tempo que marcou e ficou na saudade. Esse reencontro nos remoçou quando comentávamos os fatos pitorescos que vivemos, pois revivemos as alegrias e os apuros do tempo da faculdade. Nesse reencontro rimos muito, e como naquela época criamos memórias eternas. Nesse reencontro houve poesia, houve aquele encantamento que só os que tiveram a oportunidade de estarem ali, sentiram”, externa Solange.

 

‘Ficarão’

“E a isso devemos ao esforço da colega Neiva Guimarães [idealizadora do evento], que com toda garra, saiu da capital federal e, em conjunto com mais uns colegas daqui, conseguiram organizar essa bela festa”, agradece e, realça: “As presenças do Professor Benedito Paraguassu, da Professora Lourdes, tão presente em nossas vidas, Professor Milton e Professor Luciano, além dos familiares dos colegas, enriqueceram ainda mais o nosso momento.

Por fim, Solange nota: “Houve poesia e cito [Carlos] Drummond em seu poema ‘Memória’: “…Mas as coisas findas, muito mais que lindas, essas ficarão”.

 

(Jota Marcelo. Com fontes citadas)

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