Doutor Rodrigo Fernandes e mais 14 pessoas criaram, em 2002, a ‘Cavalgada de Sant’Ana’, que chega a 19ª edição

Corria o ano 2002 quando o jovem Rodrigo Fernandes, então iniciante na carreira de advogado, em diálogo com outras 14 pessoas, vislumbrou e criou a Cavalgada de Sant’Ana. Neste 2022, o atrativo alcança a versão 19, após dois anos sem realização, devido a pandemia da Covid-19.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“Eu tenho orgulho de ter sido um dos fundadores dos Cavaleiros de Sant’Ana, fui responsável por redigir o estatuto que guia essa Associação. Para mim é uma honra muito grande fazer parte da constituição, da consolidação e idealização dos Cavaleiros de Sant’Ana. Em 2002, éramos apenas quinze cavaleiros sonhadores, idealizadores”, declara doutor Rodrigo Fernandes, em entrevista ao JORNAL CIDADE que, na edição pioneira já se fazia presente.

Sob responsabilidade da entidade Cavaleiros de Sant’Ana, a Cavalgada/2022 será realizada em apenas um dia (sem o pouso), justamente devido a pandemia não ter passado em definitivo, com a organização recomendando todos os cuidados, seguindo procedimentos de segurança mundiais.

Agendada para 1º de julho, novamente a Cavalgada foi definida para servir como espécie de abertura de uma Exposição Agropecuária (a 37ª), organizada pelo Sindicato Rural de Uruaçu (SRU) e, também sem ser realizada em 2020 e 2021, programada para o período 1º a 9 de julho próximos.

“Para nós, agora, é muita felicidade, muita alegria, no dia 1º de julho, darmos sequência, com a 19ª Cavalgada. São 21 anos de história da Associação dos Cavaleiros de Sant’Ana e, em 2022, a 19ª edição, por conta da paralisação dos dois anos, por causa da pandemia. Um momento em que nós sentimos muita emoção, porque passamos instantes terríveis de pandemia e paralisações, no mundo inteiro. Perdemos muitos companheiros, infelizmente, na pandemia e no decorrer dos anos, que levaram muitas pessoas boas. Mas, temos que ‘levantar’ a cabeça e tocar sempre em frente! Retomar as atividades, com a Cavalgada, de uma forma brilhante, de uma forma extremamente alegre e feliz, representa o renascimento para todos nós”, especifica o entrevistado, admirador permanente de causas da zona rural, da natureza e do esporte, três dos tópicos que compõem as Cavalgadas.

 

Senhora Sant’Ana homenageada

Motivo do nome Sant’Ana para a Cavalgada e a entidade é uma homenagem dupla perante a padroeira de Uruaçu, Senhora Sant’Ana, esposa de Joaquim (São Joaquim), mãe de Nossa Senhora (Virgem Maria) e avó de Jesus Cristo, em história importante do catolicismo. Quando se refere à homenageada, é errado o termo Nossa. Correto é Senhora Sant’Ana. “Ao dialogarmos inicialmente sobre esse projeto de construção de uma Cavalgada, decidimos que levasse o nome da padroeira de Uruaçu, a nossa querida Senhora Sant’Ana. E, de lá para cá foram muitos desafios, enfrentamos muitas dificuldades, mas conseguimos consolidar o nome dessa respeitada Cavalgada, que hoje é uma das maiores do Estado de Goiás e creio eu que até mesmo do Brasil!”, comunica doutor Rodrigo.

A organizadora do atrativo uruaçuense, uma das maiores – de fato –, Cavalgadas do Brasil, é entidade conceituada, com documentação legalizada. Mais que atração, o evento ajuda também manter a tradição de antepassados, com suas tropas, montarias, andanças, viagens a cavalo, passando por gerações. “Quantas crianças que já se tornaram adultas, ao longo desses 21 anos, que nasceram no berço da Cavalgada!?!”, reflete doutor Rodrigo Fernandes, cuja família tem tradição de séculos de atuação na zona rural.

Doutor Rodrigo destaca que a iniciativa atrai participantes de todas as faixas etárias (idades) e classes sociais, em intercâmbio salutar, com ensinamentos. “Criar a cultura do cavalo, criar a cultura do campo, a valorização do meio ambiente, é fundamental, é essencial. Na atualidade, o comércio vive muito em torno disso, as tropas se valorizaram muito, o homem do campo é referendado. A natureza passa a criar a cultura nas crianças, que é algo também importante, ter esse contato com os animais, respeitar os animais valorizar a natureza e deixar de lado, o tempo todo, a tecnologia”, distingue, completando: “Quando você tira uma criança do vício, por exemplo, dos jogos da internet, do vício do celular e, coloca ela em cima de um cavalo montado, em contato com a natureza, você valoriza o ser humano e o contato com as pessoas. O orgulho que temos de ter sonhado e consolidado a entidade, efetivamente fundada por nós, é muito grande!”.

 

Cavalgada movimenta economia

Ao mesmo tempo, a Cavalgada, contando hoje com cerca de 1,6 mil adeptos em toda a região Centro-Norte e de localidades vizinhas, mais outras regiões, movimenta as economias de Uruaçu, regional e demais localidades, através de aquisição de produtos e prestação de serviço, por meio da entidade e de inúmeros segmentos.

O advogado, que atua também no ramo do agronegócio, salienta ainda: “Hoje, na cidade de Uruaçu, principalmente, todo o comércio gira nesse período – época de festividades da ‘Pecuária’, mês das festividades juninas, férias, da Cavalgada –, vive uma intensa alegria, uma intensa massificação das atividades relacionadas ao homem do campo. Isso é fundamental”.

Com saída programada para 10h, da sede da fazenda Estrela Dalva, situada a oito quilômetros da zona urbana, o destino final será a sede do SRU, no bairro JK, onde será servido almoço aos participantes, no início da tarde.

Como informa o folder publicado nesta reportagem, seis oportunidades musicais animarão o almoço, parte final da confraternização. “Ainda temos ‘kits’ para os interessados em participar da Cavalgada. A organização é caprichada, para que todos tenham novamente uma boa Cavalgada, neste ano. Fica aqui nosso abraço, nossa felicitação para que mais essa edição seja um sucesso e, quero parabenizar toda diretoria, todos os idealizadores dos Cavaleiros de Sant’Ana e, a comunidade de Uruaçu, como um todo”, motiva doutor Rodrigo Fernandes.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), confirmou presença em parte da Cavalgada, entrando na zona urbana uruaçuense, por volta das 16h e, participando do almoço.

 

 

 

 

 

(Jota Marcelo)