Pais determinam o que serão os filhos
Nos EUA, em fevereiro 2024, houve uma decisão judicial, com reflexos, lições e quem sabe, decisões semelhantes em outros Países. Já era hora e tempo. Trata-se da história verídica e real da condenação da mãe, certamente também do pai, pela negligência na educação e instrução a um filho. O filho, notadamente este caso real, além da falta de cuidados educativos, carecia de assistência psiquiátrica. Como referido no noticiário do ocorrido, houve uma omissão, complacência, leniência e abandono completo de parte de mãe e pai nos cuidados e educação global do filho.
Entenda a história. Em 30 de novembro de 2021, os pais de um adolescente foram chamados na escola do filho, na cidade de Oxford Township, no Estado do Michigan. Uma professora encontrou um desenho com imagens de violência na carteira escolar do aluno. A professora pediu para que os pais fossem até a escola, mostrou o desenho e pediu para que o casal buscasse ajuda especializada para o adolescente (psicologia e psiquiatria). Os pais foram orientados a levar o filho para casa imediatamente, mas eles não quiseram fazer isso, e o estudante voltou para a sala de aula. Um pouco mais tarde, o adolescente com uma pistola ganhada da mãe de presente, assassinou quatro alunos da Escola. Esse assassino foi condenado à prisão perpétua, sem apelação!
A mãe do adolescente é Jennifer Crumbley, de 45 anos. Ela e o pai, James, foram acusados de homicídio culposo involuntário (ou seja, aquele no qual o acusado não tem intenção de matar).
Outros relatos do caso: “LeMieux trabalhou com a mãe de Ethan, Jennifer, num restaurante em 2015, e aproximou-se da família depois de eles se mudarem para um apartamento perto no lago, antes de se estabelecerem em Oxford. Confessou que o casal Crumbley deixava o filho sozinho em casa várias vezes quando ele tinha nove anos, durante horas, enquanto iam beber na cidade”.
Caitlin Cavanagh, professora da Escola de Justiça Criminal da Universidade Estadual de Michigan, afirma que a cultura popular tende a retratar os pais como os principais responsáveis pela delinquência juvenil, mas refere que vários fatores podem contribuir para que alguém cresça e se torne violento.
“Normalmente não é apropriado sugerir que os pais assumam total responsabilidade pelos crimes dos seus filhos”, disse. “Mas cada caso é diferente e, certamente, entender o contexto familiar de uma criança pode ajudar-nos a compreender as suas ações”.
As Ciências Humanas – Sociologia, Psicopedagogia, Disciplinas Éticas –, conhecem de como se dá a formação integral da pessoa (sua personalidade, seu caráter, suas tendências antissociais, seu senso moral, ético e relacional).
A Justiça americana, a começar pelo Estado referido, bem conhece os estudos científicos no que concernem à estruturação, criação e formação da pessoa. Esses ensaios e pesquisas se fundam em duas heranças centrais: uma herança genética e uma herança social familiar. Quer essa conclusão dizer que, à exceção de casos patológicos, o indivíduo e todo seus arquivos sociais, morais, éticos, culturais, consuetudinários trazem influências determinantes do que recebe dos pais, da educação familiar transmitida pela família, de seus membros parentais do convívio, nomeadamente do pai e da mãe. Haverá inescapavelmente um espelhamento do todo moral, social e cultural nos filhos.
Vários cientistas de educação do Brasil, concordantes com psicopedagogos sul-coreanos e americanos, juristas de lá e daqui, pensam e defendem na mesma linha e direção. De que forma? Na maioria dos casos, um delinquente, especialmente, na menoridade, ao ser apreendido, deveriam simultaneamente ser detidos os pais desse adolescente. Certamente os responsáveis pela não educação correta, exemplar, limitante, disciplinar desse filho. Que segundo dados e estatísticas científicas são majoritariamente criados e engordados como animais de estimação. Não recebem instruções, treinamento ético e disciplinar recomendados aos humanos em fase de desenvolvimento.
Dessa forma e concordantemente, acertou a Justiça americana, na condenação dos pais desse adolescente infrator. Foram omissos, coniventes e complacentes na educação global do filho. E mais agravante, de um jovem que carecia de tratamento psiquiátrico.
Fonte Consultada: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2024/02/06/pela-1a-vez-uma-mae-dos-eua-e-condenada-por-homicidio-porque-ter-dado-arma-que-filho-usou-para-matar-colegas.ghtml
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