Homilia – 7º dia – Eliane – 08/07/21
Homilia – 7º dia – Eliane – 08/07/21 – Gn 44,18-21.23-29;45,1-5 / Sl 104,16-21 / Mt. 10,7-15
Ney Soares Martins Júnior > Eliane Nilce Barbosa Martins (falecida). Vinícius Barbosa Martins e Gabriel Barbosa Martins (filhos)
Celebramos, nesta santa Eucaristia, o 7º dia de falecimento de Eliane Nilce Barbosa; aqui presente seu esposo, dois filhos e outros familiares, amigos e membros da Comunidade Santa Clara – Parque Paraíso.
Inspirados na palavra ressurreição, que aparece no Evangelho de hoje, estamos professando a fé na vida eterna para os que creem e obedecem a Deus. A morte não é o fim, para o cristão…
Nosso amigo Ney Júnior, agora viúvo, continuará cuidando de seus dois filhos… Nos lembra bem a história do patriarca Jacó, sua querida esposa Raquel e seus dois filhos. Gn. 44,27 E o teu servo, nosso pai Jacó, respondeu: Bem sabeis que minha mulher me deu apenas dois filhos..
Esse primeiro texto sagrado, proclamado hoje, é parte da saga desta família abençoada, eleita para testemunhar a bondade divina e fazer crescer o número de filhos da Aliança. Nesta história se narra alguns conflitos familiares como ciúme, inveja entre irmãos, violência e mentira para os pais. Apresenta o profundo amor de José a seu irmão Benjamim que separados a muito tempo, agora podem reconstruir a convivência e valorizar os laços de sangue, graças à providência divina. Especialmente mostra o amor do filho poderoso para com seu humilde, viúvo e velho pai Jacó a quem deseja abraçar. Drama mui doloroso nesta família foi a morte de Raquel, esposa de Jacó. Raquel morreu no parto de seu segundo filho (Gn. 35,17-18) a quem chamou de Bem-Oni (filho de minha dor); mas o pai preferiu chamar-lhe Bem-yamim (etimologicamente: filho da mão direita e, metaforicamente, mão direita na Bíblia é sinônimo de certo de felicidade (Cf. Ex. 15,6. Rm. 8,34. Ap. 5,7).
A família, enlutada hoje, deve inspirar-se nos personagens sagrados. Como sabemos do amor de Jacó por sua Raquel, tendo trabalhado 14 anos para desposá-la do pai Labão, surge em seu coração dois sentimentos contrários: uma grande dor por perder sua amada, e uma grande esperança sobre seus dois filhos. Ele sabe que o amor devotado a ela, de certo modo, continua na geração que tiveram: dois filhos. Estes não perderão a memória de sua querida mãe, e embora quase adultos, seguirão contando com o amor e conselhos de seu pai. A bênção de Deus, posta sobre a família nele fundada, se prolonga porque Ele é fiel. À semelhança do caso de Raquel, chorada e sepultada pelo esposo Jacó, Ney Júnior sentirá muito a ausência de sua amada Eliane Nilce, conservará a memória de muitos momentos com ela, de diferentes situações compartilhadas, de uma bela história vivida. Como reza o Salmo 104,16-21: Lembrai as maravilhas do Senhor!. Elione, do hebraico, significa do Altíssimo; Eli Elohin. Do Latim: bela como o Sol ou habitante de Élida. A Eliane se tornou de Deus no batismo, foi instrumento de dEle na função de cuidar dos doentes (tarefa que fez tão bem), agora é completamente entregue ao Pai do céu. Nossa maravilha é Deus!
Acima de tudo, a fé deve sustentá-lo, caro amigo, assim ocorreu com Jacó, homem de esperança que não esmoreceu, seguiu adorando a Deus e cumprindo sua missão entre os homens, sendo a referência para seus 12 filhos e uma filha (Diná). Deus realiza prodígios com esta família. A celebração que estamos fazendo restaura a esperança de quem crê, aqui recebemos graças para cumprir com alegria nosso trajeto neste mundo, ciosos de que o céu é nosso destino.
O Evangelho (Mt. 10,7-15) concentra-se no cuidado que os apóstolos – e nós hoje –, precisam aplicar ao ser humano, às pessoas em situações de fragilidade principalmente. Eles são responsáveis para promover a paz, estar atentos e fugir da “ourolatria”, devem confiar muito no Deus providente que responde e socorre seus fiéis na hora certa. Como novos operários na construção do Reino de Deus, cada cristão não deve temer algum sacrifício; dificuldades e provações fazem parte da caminhada de fé. Esses valores são imprescindíveis para as famílias que querem vencer o mundo das trevas, a vida fácil. A união dos membros de um lar, e suas obras dentro da honra e da justiça, trazem uma alegria indescritível, que sana feridas, inclusive dá serenidade ante acontecimentos dolorosos como a morte de entes queridos.
Rogamos para que o Senhor da Vida perdoe os pecados de sua filha Eliane e a salve, acolhendo dela cada gesto de adoração que em vida ela lhe apresentou, de coração, e cada ato de caridade praticado. Aos familiares que choram a partida de Eliane, rogo o Espírito Santo, consolador dos aflitos e fortaleza dos que são postos em provação.
Seja louvado nosso senhor Jesus Cristo.
Pe. Crésio Rodrigues da Silva
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