A Socio.Hereditariedade – Vilanias hereditárias
Ocorreu-me dissertar algumas informações sobre genética. Temos bilhões, isto mesmo, bilhões de genes em nossa constituição genômica, nosso genoma é o conjunto dessas informações. Ele é nosso patrimônio biológico como animais humanos. Todos os animais trazem seus arquivos genéticos, até os vírus, exemplo: os vírus da Covid-19, se distinguem pelo código genético, RNA, ácido ribonucleico. Mas, quero ao certo e entendido fazer certa analogia de meu tema com a genética. Traz a palavra hereditária, mas, agora, social, cultural, familiar.
Muitas são as formas de hereditariedade, além da genética. Diz-se, por exemplo, que um pai, um avô pode transmitir certos tipos de comportamento, manias, culturas, hábitos bons ou ruins, desonestidade, estelionato, caradurismo, inadimplência por herança. Tal forma de transmissão se estuda muito nos grupos terapêuticos da constelação familiar. Forma de ajuda e terapia esta considerada como pseudociência, porque faltam-lhe estudos científicos, protocolos, análise por casos-controle. Falar nisso, como há de pseudociências, crendices, superstição, no Brasil e no mundo.
Há, conforme estudos sociais e psíquicos aquele indivíduo que é oriundo de uma família onde o chefe de família, o pai notadamente, tinha um comportamento completamente irresponsável, de negócios mal ajambrados, sem controle. Em outros termos, um tremendo pelintra, gamenho, ébrio até perder de vista, aquele homem que se entregou a manguá, o nosso whisky tupiniquim. Imagine agora a prole desse sujeito, no que vai dar. Esse ambiente, essa casa, especialmente, se a mulher, a matrona é pessoa passiva, comportamento servil, submissa, vergada a toda ordem dada pelo cônjuge. Qual a chance de esses filhos saírem pessoas modelos de honestidade, correção, honradez, ética intrafamiliar? Poucas chances, não? Essa ementa conclusiva é dos grupos terapêuticos de Constelação Familiar. Composta por psicólogos, psicanalistas, pedagogos, sociólogos.
Porque quando se fala em cabedal, em quilate ético, em definição kantiana, este princípio deve começar com os membros parentais. Com destaque para o gênero feminino como vítimas, irmãs, porque culturalmente, ainda há esse ranço de ela, a mulher, ser o gênero mais frágil, mais susceptível de ser passada para trás, de ser enganada e surrupiada e esbulhada nas suas energias, nos seus suados caraminguás, aqueles auferidos de forma honesta, dedicada e controlada. A psicologia, a psicanálise, vêm se debruçando sobre essas questões nos domicílios, são as relações sociais parentais. O núcleo familiar.
Muitas são as desonestas e dissimuladas manias hereditárias. Olha a ajuda da constelação familiar. Tome-se o modelo de um sujeito (homem ou mulher, mais o homem) que leva sua vida a fazer regalos e bonito com o esbulho alheio, um autêntico Calisto das energias e bens alheios. Estude-se o seu passado, registre-se quem foi o membro parental que lhe serviu de vetor hereditário, serviu de espelho, de padrão de comportamento de levar a vida de forma irresponsável, leviana, sem pouco ou nada preocupar com quem lhe confiou algum ativo pecuniário ou substrato que o valha.
E o mundo está repleto desses tais, a Sociologia não falha. A exemplo da genética, dos códigos e constantes de DNA E RNA, há uma lei, uma constante nessa influência, nesse nexo causal. Além dessa herança biológica, há então essa outra também poderosa, influenciadora, determinante, porque na Filosofia Empirista, todos, nós, os animais humanos, nascemos sem informação sensorial. O meio, a família, os genitores são pessoas modelares no futuro caráter de cada filho e noviciado. Somos nas teses de Nietzsche animais de manada ou rebanho, de seguir um líder, um grupo. Na internet e nas Redes sociais (com as subdivisões antissociais) abundam e infestam os modelos desses referidos, os influencers de todo gênero. Cuidado pais, professores!
Acautelem-se porque, esses tais, por mania defraudadora hereditária estão sempre à sorrelfa e à socapa, para engambelar e lograr os ingênuos e desavisados. São os praticantes de vilanias hereditárias, está escrito. Não apenas em seus códigos denistas e renistas, mas na escola familiar e social.
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