PAINEL CULTURAL

DR. ABILIO WOLNEY AIRES NETO

‘A cidade de Ana : Anápolis’ [Capítulo XXI – ALGUNS VULTOS ANAPOLINOS

[Em diferentes edições e capítulos, o JORNAL CIDADE publica ‘A cidade de Ana : Anápolis’, livro do articulista Abilio Wolney Aires Neto, lançado pela editora Kelps (Goiânia-GO.), em 2017

Diversos jornais foram criados na década de 1930. De todos eles, apenas O Anápolis resistiu ao tempo e funciona até hoje – Foto: livro

XXI – ALGUNS VULTOS ANAPOLINOS

 

Há mais de 20 anos, a histórica revista Imagem Atual, então dirigida pelo jornalista Castro Alves, nos emprestava uma página de época, biografando brevemente vultos da Cidade de Ana, pelo seu trabalho dedicado nos diferentes campos da atuação humana, são muitos os anapolinos, alguns nascidos e outros radicados na cidade, no presente e no passado, que se tornaram reconhecidos e destacados no Brasil e no exterior: [25

Ursulino Tavares Leão – Natural de Crixás, Goiás, formou-se em direito em Belo Horizonte e há vários anos reside em Goiânia, depois de morar por longo tempo em Anápolis, onde escreveu inúmeras obras. Dentre essas, destaca-se: Fonte Expressa. Ocupou a vice-governadoria e governadoria do Estado. É membro da Academia Goiana de Letras.

Maira Ivone Correa Dias – Professora e poetisa. Seus trabalhos poéticos denotam sensibilidade e profundo domínio do conhecimento e da arte, e estão publicados em diversos livros. Destacam-se: A Poesia em Goiás e Anuário da Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás (entidades à qual pertence). É natural de Unaí, Minas Gerais, e foi destacada com o título de “Cidadã Anapolina”.

Iron Junqueira – Poeta, jornalista, escritor, filantropo e artista plástico. Natural de Brazabrantes, Goiás, mudou-se para Anápolis, ainda menino. Estudou em Silvânia e começou sua vida literária trabalhando no jornal fundado por seu pai, o jornalista Sebastião Junqueira, Tribuna de Anápolis. Entre seus livros, destacam-se: O Nono de Nana (que recebeu críticas favoráveis da imprensa nacional); ##Canção do Amanhecer; Há tantas flores pelo Caminho; Primavera ao Longe; Pelo Clarão da Janela; Canção da Esperança; Quando Brilhar de Novo o Sol e dezenas de outros, formando mais de trinta títulos, sendo o último lançado: Esse Rosto Não Me Parece Estranho (dezembro/1992). Sob o pseudônimo de Emiliano Zarra, escreveu, entre outros, Páginas Recreativas; O Lado Pitoresco da Vida. Fundou o Lar da Criança Humberto de Campos. Pertence à Arcádia Goiana de Cultura.

James Fanstone – Natural de Recife (PE), onde nasceu a 8 de agosto de 1890 e formou-se em Medicina pela Universidade de Londres, Inglaterra, onde doutorou-se, ao lado da Universidade de Minas Gerais. Em Anápolis, fundou o primeiro hospital do Estado de Goiás – o Evangélico Goiano – em 1927, e a Escola de Enfermagem “Florence Nightingale”, em 1934. É pioneiro na interiorização da Medicina no Brasil Central. Integrou o grupo que fundou a Associação Educativa Evangélica. Era Oficial da Mui Excelente Ordem Anhanguera; Cidadão Goiano; Cidadão Anapolino. Faleceu em Anápolis a 15 de agosto de 1987.

Luiz Caiado de Godoy – Nasceu na Cidade de Goiás, a 21 de agosto de 1888. Cursou a Escola Superior de Agricultura da Universidade de São Paulo, em Piracicaba. Ao transferir-se para Anápolis tornou-se membro do Conselho Consultivo da cidade, em 1932. Era professor e jornalista. Fez as primeiras experiências de cultivo de trigo em Goiás. Compôs a comissão que escolheu a região para instalação da Colônia Agrícola, acompanhando o engenheiro Bernardo Sayão. Em 1934, fundou o Clube Recreativo Anapolino, juntamente com outro. Fundou o jornal O Anápolis, também em 1934, do qual foi o primeiro diretor. Em 1941, fundou o Rotary Club de Anápolis. Foi um dos fundadores da loja Maçônica “Lealdade e Justiça”, em 1933; da Loja Roosevelt, em 1947; e da Grande Loja do Estado de Goiás, da qual foi o primeiro Grão Mestre. Era vinculado à sociedade Brasileira de Genética. Escreveu inúmeros trabalhos publicados em jornais e revistas. Faleceu em Anápolis, a 26 de agosto de 1987.

Bernardo José Rodrigues – Natural do Rio de Janeiro, onde nasceu em 1908, ali se formou-se em Medicina, em 1934. Fixou residência em Anápolis em 1937, depois de residir em Portugal, onde iniciou sua carreira literária. Falava e escrevia em alemão, francês, espanhol, latim e em outros idiomas. Ganhou vários prêmios literários e escreveu Arigopetas e Arigopatas; O Discurso do Paria; e Um Consultório na Roça. Na década de 40, fundou o Hospital Divino Padre Eterno (hoje Clínica Wassily Chuc), na Vila Góis. Era membro da Sociedade Brasileira de Escritórios Médicos, da União Brasileira de Escritores – Seção de Goiás e foi presidente da Associação Médica de Anápolis. Detinha o título de Cidadão Anapolino. Faleceu em 18 de abril de 1986, nesta cidade.

Alderico Borges de Carvalho – Destacou-se pela sua atuação como altruísta e benemérito. Nasceu a 20 de maio de 1914, em Anápolis, filho de tradicional família de empresários. Nessa cidade faleceu a 31 de janeiro de 1991. Era formado em Ciências Contábeis, pela Faculdade Álvares Penteado, de Uberaba (MG). Foi um dos primeiros revendedores de automóveis do Estado de Goiás. Era neto de Zeca Batista, pelo lado materno e, na antiga morada de seu avô, está hoje o Museu Histórico de Anápolis, na Rua Coronel Batista. Essa casa histórica, construída em 1907, foi doada por Alderico Borges de Carvalho ao Município.

João Luiz de Oliveira – Nasceu em Anápolis a 30 de outubro de 1904. aprendeu a ler com os pais. Autodidata, muito cedo interessou-se por livros, adquirindo parte da biblioteca jurídica e humanista de Hermógenes Monteiro. Foi chefe político da cidade e seu intendente. Era jornalista escritor. Fundou, a 26 de abril de 1931, o Grêmio Literário Moisés Santana, o primeiro da cidade. Foi diretor, redator e colaborador de vários jornais: A Luta; O Goya; O Anápolis. Publicou na revista A Cinquentenária, editada em 31/07/57, o artigo “Subsídio à História de Anápolis”, focalizando aspectos da vida anapolina, considerado “um excelente trabalho histórico”. Escreveu crônicas e versos amorosos sob o pseudônimo de Julioli. Faleceu em 1969.

Monsenhor João Olímpio Pitaluga – sacerdote polêmico e combativo, destacou-se sempre pela sua iniciativa empreendedora. Ao lado do sacerdócio, que exerceu com extremada dedicação, fundou o Lar dos Meninos que hoje leva o seu nome e influiu na criação da Santa Casa de Misericórdia, do bom Centro de Assistência Social de Anápolis, do Ambulatório Bom Jesus e da Conferência São Vicente de Paulo. Em Belo Horizonte, onde serviu como pároco na década de 40, fundou a Paróquia do Santo Cura D’Ars e construiu a Igreja de N. Sra. das Graças. Monsenhor Pitaluga chegou a Anápolis a 17 de abril de 1932, como vigário da Paróquia de Santana e depois, em 1935, passou para a Paróquia do Senhor Bom Jesus da Lapa, na condição de pároco inamovível. Licenciado, foi para Belo Horizonte em 1940 e retornou a Anápolis em 1950, onde permaneceu até sua morte em 31 de outubro de 1970. Era natural de Rio Verde, Goiás, nascido a 8 de setembro de 1895.

Antônio Gomes Pinto – Natural de Anápolis, onde nasceu a 27 de novembro de 1912, A. G. Pinto era autodidata, tal como João Luiz de Oliveira. Aos 19 anos de idade, fundou o jornal A Luta e foi empresário de porte, dono de cinema, tipografia, livraria etc. Entre suas obras, destacam-se: Amor Mágico; A Chave das Ciências Ocultas; Comércio e Indústria ao Alcance de Todos. Fundou, também, outros jornais: Correio Goiano; Goiás Novo; e Ronda. Foi um dos fundadores da “Igreja Cristã Científica do Brasil” e nomeado seu bispo. Usava o pseudônimo de João Minas. Perseguido politicamente por seus artigos contra Getúlio Vargas, foi preso e depois colocado em liberdade vigiada. Morreu doente e sem dinheiro, esquecido pela sociedade, recolhido ao abrigo “Nicéphoro Pereira da Silva”, na manhã de Natal de 1987.

Dom Epaminondas José de Araújo – Criada a Diocese de Anápolis, ele foi seu primeiro bispo, aqui chegando quando de sua instalação, a 19 de dezembro de 1966. Em 1979, recebeu o título de Cidadão Anapolino. Escreveu vários livros, alguns de quando de sua passagem por Anápolis, entre os quais: O Leigo; Os Caminhos do Crescimento; Minha Igreja Peregrina etc. Foi transferido para Alagoas, onde é bispo de Palmeira dos Índios.

Gastão de Deus Vítor Rodrigues – foi o primeiro juiz de Direito da comarca de Anápolis. Natural de Catalão, Goiás, onde nasceu a 8 de março de 1883, faleceu em Anápolis, no ano seguinte ao de sua posse como juiz, tornando a Comarca a ser termo de Pirenópolis. Era jornalista e fundou O Pacatuense, depois de haver trabalhado no Lavoura & Comércio, de Uberaba. Escreveu a novela O Cazeca; o livro de poesias Agapantos; e Páginas Goianas. É patrono da Cadeira n° 5 da Academia Goiana de Letras.

José Elias Isaac – Médico, político e empresário. Foi vereador, deputado estadual, deputado federal e senador. Foi como senador (eleito suplente como companheiro da chapa de Pedro Ludovico e, com a licença desse, ocupou a senatoria) que apresentou projeto tornando obrigatório o ensino da puericultura nas escolas normais do país, no intuito de diminuir a mortalidade infantil no Brasil. Como deputado (era suplente e assumiu com o afastamento de Castro Costa), conseguiu a instalação do Banco do Brasil em Anápolis. José Elias Isaac nasceu em Catalão, a 05 de março de 1913, mas morou em Anápolis, desde tenra infância, pois sua família se mudou para cá, 15 dias após o seu nascimento.

José Xavier de Almeida Jr. – Médico e poeta, nascido na Cidade de Goiás. Era bacharel em Ciências e Letras. Mudou-se para Anápolis em 1934 e colaborou no primeiro jornal particular do Município que foi A Voz do Sul. É um dos fundadores da Academia Goiana de Letras e foi seu presidente. Autor, entre outros, de Safra Literária; Ponta de Linha; Os Quartetos de Omar Kayam; e À Margem da Vida. Foi eleito pela Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás “Príncipe dos Poetas Goianos”.

Nicomedes Augusto da Silva – Presidente da Associação Educativa Evangélica de Anápolis, onde ocupou vários cargos junto àquela organização. Formado em Teologia, era emérito educador. Pelos seus trabalhos dedicados a Anápolis no campo da educação e pela sua vida religiosa, recebeu vários títulos honoríficos: “Cidadão Anapolino”, “Comenda Gomes de Souza Ramos” e, em, Ceres, “Benfeitor da Loja Maçônica Álvaro de Melo” e Honra ao Mérito da Federação Presbiterial das Uniões Presbiterianas de Homens de Brasília.

Venerando de Freitas Borges – Primeiro prefeito de Goiânia, nasceu em Anápolis em 22 de julho de 1907 e, aos quatro anos de idade, mudou-se para Inhumas. Formou-se em Contabilidade e lecionou no Instituto Comercial do Rio de Janeiro e depois foi professor de Lyceu de Goiás. Escreveu para A Voz do Sul e outros jornais sob diferentes pseudônimos como Dora Freges, A. Santos e Marcos Ventura. Fundou o Jornal de Goiânia. Em 7 de novembro daquele ano e permanecendo até 1945, quando da queda do Estado Novo. Nas eleições de 1950, foi eleito prefeito da Capital de Goiás. Ex-diretor dos Diários Associados em Goiás. Em 1980, publicou o livro Dobras do Tempo e foi eleito para a Academia Goiana de Letras. É um dos fundadores da Associação Goiana de Imprensa.

José Lourenço Dias – Autodidata, chegou a estudar apenas as primeiras letras com Joaquim Propício de Pina e padre João Marques de Oliveira, em sua terra natal, Pirenópolis. Adquiriu todos os seus fartos conhecimentos lendo revistas, jornais e livros. Nascido em 1886, foi nomeado promotor público em Pirenópolis, no ano de 1915 e eleito intendente municipal quatro anos depois. Dedicou-se à advocacia. Depois de morar um período em Bonfim (Silvânia), mudou-se para Anápolis em 1930, onde fundou A Voz do Sul. Escreveu artigos de análise política, particularmente sobre a “República Nova”. Em 1950, foi eleito suplente para o Senado da República, conseguindo inúmeros benefícios para Goiás e para Anápolis em especial. Faleceu a 25 de novembro de 1956.

José Abdalla – Conhecido especialmente por sua habilidade empresarial, fundou a CCA – Companhia Comercial de Automóveis, complexo formado hoje de inúmeras empresas. Concluiu o curso da Escola Normal de Anápolis e foi professor em diversos estabelecimentos de ensino da cidade. Foi Oficial de Registro Civil, Secretário da Prefeitura Municipal, fundador e ex-diretor da Companhia Goiana de Tecelagem, diretor da Companhia Cinematográfica Santilla de Anápolis e Secretário da Fazenda do Estado de Goiás. Fundador e presidente do Lions Clube de Anápolis e Governador de Distrito L-13 da mesma entidade. Escrevia para jornais sob o pseudônimo de Joabdalla. Era detentor, entre outros títulos e distinções honoríficas, da Comenda da “Ordem Montesuma II”, pelo Instituto Histórico de Brasília. Faleceu em 8 de fevereiro de 1985.

Getúlio Targino Lima – Natural de Floriano (PI), concluiu o segundo ciclo no colégio Estadual “José Ludovico de Almeida”, em Anápolis. Foi professor de política na Faculdade de Filosofia “Bernardo Sayão” e também de Economia. Um dos fundadores da Faculdade de Direito de Anápolis, foi seu vice-diretor. Hoje é procurador do Estado, aprovado em concurso em primeiro lugar. Membro da Academia Goiana de Letras, tendo sido também presidente dessa instituição. Conferencista de renome. É um dos fundadores da Faculdade Anhanguera.

Humberto Crispim Borges – Autor de História de Anápolis, primeiro livro no gênero, publicado. Nasceu em Anápolis, no dia 16 de julho de 1918. Depois de bacharelar-se em Ciências e Letras, matriculou-se na Escola de Medicina de Belo Horizonte e fez o Curso de Preparação de Oficiais da Reserva, iniciando vida militar. Chico Melancolia foi seu primeiro livro premiado e publicado pela bolsa de Publicações. Seguiu-se Cacho de Tucum, em 1970 e, dois anos depois, ingressou na Academia Goiana de Letras. O Vale das Imbaúbas; Generais Goianos; Moisés Santana – Vida e Obra; História de Silvânia; Chico Trinta e Americano do Brasil – Vida e Obra são de sua autoria.

Joaquim Câmara Filho – Liga-se a Anápolis onde foi prefeito de 1943 a 1945. Na Academia de Letras e Artes é patrono da Cadeira de nº 22. A biblioteca do Colégio Polivalente Gabriel Issa recebeu seu nome. Era engenheiro agrônomo e jornalista.

Carlos Pereira de Magalhães – Formou-se em Direito e, depois de percorrer vários países e estados brasileiros, morou primeiro em Corumbá de Goiás e depois em Anápolis, onde foi Promotor de Justiça. Quando se fundou o Instituo de Ciências e Letras, foi um de seus professores, em 1925. Fundou a Igreja Presbiteriana Independente de Anápolis. Sua filha, Alice Magalhães fundou nessa cidade uma escola feminina, mais tarde transformada no Colégio Couto Magalhães. Morou em Anápolis por dez anos e foi o responsável pela introdução do eucalipto em Goiás.

Moisés Augusto de Santana – Foi sua sugestão de dar à cidade o nome de Anápolis, isto é, “Cidade de Ana”. Jornalista, professor, militar e político. Entrou para a Escola Militar de onde foi desligado depois de vaiar o Presidente da República e o Ministro da Guerra. Em 1897, integrou a 4ª bateria do 5º Batalhão de Artilharia, seguindo para Canudos, onde participou do bombardeio à Igreja de Antônio Conselheiro. No ano de 1900, retornou a Goiás e fixou residência em Anápolis e aqui se casou com Cassiana Alves de Sousa Dutra. Foi secretário do Conselho da Intendência e ocupou o cargo de intendente por alguns meses. É de sua autoria a Monografia do Município de Santana das Antas. Eleito deputado, seguiu para a Cidade de Goiás e depois foi Procurador da República. Dirigiu inúmeros jornais e morreu assassinado na redação do Lavoura & Comércio. Sua filha Antensina Santana nasceu e faleceu em Anápolis. (Nota do autor: foi esse valoroso jornalista quem noticiou no Jornal Lavoura & Comércio, em 1907, ter sido o Dep. Abílio Wolney o autor da sugestão do nome Cidade de Ana – Anápolis).

Sisenando Gonzaga Jaime – Poeta e músico. É autor de diversas peças musicais e dirigiu a Banda “Lyra de Prata de Santana”, de 1962 a 1967. Em Silvânia, onde estudou no Ginásio Arquidiocesano, trabalhou nos jornais O Bonfim e Brasil Central. Em Anápolis, trabalhou e colaborou com A Voz do Sul e O Anápolis, escrevendo artigos políticos e poesia. Executava com perfeição, vários instrumentos musicais. Nasceu em Jaraguá, a 15 de outubro de 1917 e faleceu em Anápolis a 6 de agosto de 1985.

Paulo Rosa – Formou-se em Medicina no Rio de Janeiro. Morou em Anápolis nas décadas de 40 e 50 e aqui chefiou o Posto de Saúde do Estado.

Recebeu o título de Cidadão Goiano, concedido pela Assembleia Legislativa.

Fundou e dirigiu o jornal literário Goiás (1957) editado pela AGI – núcleo de Anápolis. Foi premiado em vários concursos literários e poéticos. Escreveu para jornais de Uberaba, do Rio de Janeiro, de Uberlândia, Belo Horizonte e Anápolis, e para a revista local A Cinquentenária. Era natural de Uberaba e morreu em 25 de novembro de 1969.

Dom Manoel Pestana Filho – Segundo e atual bispo diocesano de Anápolis. Natural de Santos (SP), comemorou, em novembro último, 40 anos de ordenação sacerdotal. Cursou a Universidade Gregoriana, em Roma. Em 1978, foi indicado Bispo de Anápolis; desde 1982, é cidadão Anapolino, título que lhe foi conferido na Câmara Municipal. Em 1983, recebeu a Medalha Gomes de Souza Ramos. Em Anápolis, Dom Manoel Pestana revolucionou e ampliou o ensino teologal, criando uma faculdade e um mosteiro, entre outras obras.

Luís Antônio de Carvalho – Advogado, empresário e político. Depois de fazer pós-graduação em Goiânia, fez curso de aperfeiçoamento em Londres. Em 1973, cursou Cibernéticas e 1976, fez Mestrado da Escola de Sociologia e Política da Universidade de São Paulo. Ex-professor da Faculdade de Filosofia Bernardo Sayão. Trabalhou no Banco do Brasil e, em 1967, fundou o Consórcio Coplaven do qual é presidente. Foi ex-vereador em Corumbá, no Mato Grosso, seu Estado natal, e candidato a prefeito em Anápolis.

José Trindade da Fonseca e Silva – Natural de Jaraguá, cursou o Seminário Vila Boa, em Goiás, e o de Mariana, em Minas Gerais. Sua carreira sacerdotal desenvolveu-a em Anápolis, a partir de 1931, onde dirigiu o Ginásio Municipal. Foi Secretário da Educação de Estado, em 1951 e, três anos depois, elegeu-se deputado federal. Pertenceu à Academia Goiana de Letras. Faleceu em Goiânia, em 1961.

Haydée Jayme Ferreira – Escritora, poetisa, historióloga, professora e jornalista. Dentre as obras que escreveu, destaca-se Anápolis – Sua Vida, Seu Povo, dedicado à cidade onde nasceu a 5 de junho de 1926. Fez curso intensivo de Assistência Social, no Colégio Santo Agostinho (Des Oiseaux), em São Paulo. Foi professora do Colégio Antensina Santana. Durante quatro anos, assinou no jornal O Anápolis, a coluna “Umas e Outras”. Artista plástica, participou de diferentes exposições. É autora do hino “Homenagem a Goiás”. Em 1981, venceu o concurso “Vida e Obra de James Fanstone”, lançado pela Folha de Goiás, jornal em que escreveu durante algum tempo. No mesmo ano, lançou seu primeiro livro, sobre a história de cidade. Seguiram-se: Nuanças de Mim (1984); O Canto do Cisne (1988); Fogo no Bambual (1987). É diretora do Museu Histórico de Anápolis e, desde novembro de 1989, é membro do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás.

Paulo Nunes Batista – Poeta, jornalista, professor, advogado, escritor e funcionário público aposentado. Paraibano da capital daquele Estado, é Cidadão Anapolino, título conferido pela Câmara Municipal, cidade onde está radicado há várias décadas. É bacharelado pela Faculdade de Direito de Anápolis e ingressou no Fisco Estadual por concurso, em 1969. No mesmo ano, foi menção honrosa no concurso Literário do Instituto Goiano do Livro. Fez seu primeiro livro de cordel em Anápolis, tipo de literatura da qual sobreviveu muitos anos. Tem publicados: Cantigas da Paz e De Mãos Acesas, entre outros. É membro de inúmeras sociedades culturais de Goiás e do Brasil. É nacionalmente reconhecido e tem trabalhos publicados em veículos literários do exterior.

Jan Magalinski – Natural de Ipameri, reside em Anápolis desde os 11 anos de idade. Fez o curso de Letras na faculdade de Filosofia Bernardo Sayão. Escreveu e escreve para vários jornais e revistas. Fundou e dirigiu jornais, como: Museu e cultura; Jornal do Teatro; O Momento; e Nossa Folha. Escreveu o livro O Encantado Ballet Bolshoi. Em 1971, foi classificado no I Concurso de Poesias Modernas pelo que foi incluído na antologia Anápolis em Tempo de Poesia. Entusiasmado pelo teatro, é fundador do Grupo Artístico e Teatral de Anápolis, Great Einsten, e outros. É idealizador do Museu da Imagem Municipal de Esporte e Cultura; promove inúmeros acontecimentos, como a “Semana de Palestras Interessantes” e assina a coluna “Um Espaço Aberto para a Cultura”, no Jornal da Cidade. Dos intelectuais da França, recebeu o título de “Cidadão do Mundo”. Integrou a Comissão Organizadora que fundou o Museu Histórico de Anápolis.

Raul Balduíno de Souza [26 – Médico, natural de Posse (GO), foi importantíssimo para que o Movimento Democrático Brasileiro de Anápolis se constituísse no expoente máximo da resistência democrática em Goiás. Embora tenha militado politicamente em Posse, foi em Anápolis que se destacou, transformando-se numa das mais importantes figuras da resistência democrática do Estado, nos anos 60.

Jonas Ferreira Alves Duarte terminava, em 1965, seu mandato como prefeito. Realizou administração progressista. Estruturou a administração municipal. Seu trabalho precisava ter continuidade. Naquele ano, seriam realizadas as eleições para prefeitos e governadores em todo o Brasil. As eleições legislativas para a Câmara de Vereadores, Assembleia Legislativa, Câmara Federal e Senado seriam no ano seguinte, 1966. Jonas pertencia ao PTB, aliado do PSD na cidade. Não havia o instituto da reeleição. Seu partido não preparara um nome para sucedê-lo. Aliás, valiam mais os acordos de última hora que preparo de nomes. O principal auxiliar do prefeito, Euripedes Barsanulfo Junqueira, braço direito de Jonas Duarte na administração, era cotado. Ninguém conhecia mais das coisas da Prefeitura que ele. Preferiu não disputar. Eurípedes sabia, para vencer a eleição, teria que buscar apoio fora da base situacionista. Por ser amigo e muito próximo ao prefeito, receava que não conseguisse aglutinar em torno do seu nome, forças políticas contrárias.

O adversário era fortíssimo, Henrique Maurício Fanstone. Transformara-se na sensação da política anapolina desde o instante em que venceu Ítalo Naghettíni, genro do Cel. Achilles de Pina, na disputa para a vice-prefeitura no pleito de 1960. O eleitor tinha o direito de votar em candidato a prefeito, governador e presidente da República de uma legenda e vice de outra legenda. Isso aconteceu em âmbito nacional em que Jânio

Quadros se elegeu presidente da República pela UDN, e o vice João Goulart pertencia à coligação PTB/PSD. Fanstone (UDN) foi eleito vice ao lado de Jonas Duarte (PTB-PSD). Passava o tempo, e o prestígio de Henrique Fanstone crescia cada vez mais.

Sem contar com um nome popular, as lideranças do PTB e PSD partiram à procura de alguém sem militância política no município.

Que não fosse político tradicional. Raul Balduíno de Souza possuía esse perfil. Médico conceituado, ruralista, ex-presidente do sindicato rural de Anápolis e diplomata por excelência. Preenchia todas as condições para enfrentar o candidato udenista o também médico, Henrique Fanstone.

Além disso, Raul era o único que poderia atrair parte importante da UDN municipal, liderada pelos Caiados. Companheiros de Edenval e Elcival não apoiavam Fanstone. Caiadistas o responsabilizavam pela derrota de Emival Caiado para Otávio Lage de Siqueira, na convenção udenista. A velha UDN queria Emival. Ele não tinha dúvida de que enfrentaria Peixoto da Silveira, candidato do PSD. Perdeu para o engenheiro Otávio Lage, prefeito de Goianésia. O articulador de Otávio na convenção, teria sido Henrique Fanstone. Grande era o ressentimento. Os Caiados não votariam em Fanstone. Da mesma forma, não se dispunham a apoiar candidato que fosse militante tradicional do PTB ou PSD. Em Raul Balduíno, votariam.

Confirmada a candidatura de Raul, os Caiados montaram o comitê Otávio Lage-Raul Balduíno, no centro da cidade. João Beze foi o principal comandante do Comitê, conhecido como Comitê do Meio.

Henrique Fanstone arrastava multidões aos seus comícios. O povo ia a pé a todos eles. Seus eleitores deliravam quando atacava os adversários.

Esse entusiasmo da massa fanatizada revigorava cada vez mais suas ironias.

Os comícios de Fanstone eram transmitidos ao vivo pela Rádio Imprensa e os de Raul Balduíno pela Rádio Carajá. A forma de expressar de Henrique Fanstone agradava seus eleitores, mas o distanciava do eleitorado mais observador.

Aqueles que se definem pelo candidato no curso da campanha.

Pela sua forma irônica ao atacar o concorrente, afastava-se desse eleitorado.

Raul Balduíno, tranquilo, ganhava força a cada instante. Seu valor pessoal, prestígio de Jonas Duarte e aliança com o grupo Caiado: Otávio para o governo e Raul para a Prefeitura foram fundamentais para seu crescimento eleitoral. Henrique Fanstone e Raul Balduíno, embora à época não houvesse pesquisa de intenção de votos, chegaram ao pleito, em igualdade de condições. Apurados os votos na cidade de Anápolis, Henrique Fanstone estava à frente. Abertas as urnas do distrito de Souzânia, Raul tirou a diferença e venceu por 222 votos.

Raul Balduíno foi excelente prefeito. Na formação dos partidos em 1966, ficou com o MDB. Deu credibilidade e sustentação ao partido que estava surgindo. Ao final do mandato, em 1969, era apontado como o companheiro ideal para ser vice de Iris Rezende Machado, que estava sendo preparado como candidato do MDB, ao governo de Goiás em 1970.

No ambiente virtual, colhemos outra biografia de um homem que se destacou em tudo na gênese do município: [27

José da Silva Batista (Zeca Batista) – O nome do coronel Zeca Batista está intimamente relacionado à história de Anápolis, para onde se mudou a 28 de fevereiro de 1882, vindo de Meia Ponte (Pirenópolis), cidade onde nasceu a 1º de setembro de 1856. Zeca Batista era filho do comendador Teodoro da Silva Batista e de Efigênia Pereira de Siqueira Batista.

Estudou no Colégio Senhor do Bonfim, de sua terra natal.

Em 9 de outubro de 1875, casou-se com Francisca de Siqueira, filha de Manuel Barbo de Siqueira e de Maria Luíza Abrantes. O casal teve dez filhos, dos quais, os três primeiros nascidos em Pirenópolis: Isaura, Vespasiano e Alcebíades – esse último falecido ainda criança. Os outros sete nasceram todos em Anápolis (então Santana das Antas): Segismundo, Diana, Semíramis, Naiá, Genaro, Ninfa e Nicanor, todos já falecidos.

Veio para a então Freguesia de Santana das Antas como professor.

Mas à falta de médicos e de farmacêuticos, exercia também essas atividades, além de ser comerciante. Residiu inicialmente no chamado Largo da Igreja, numa casa que ficava fronteira à atual Escola Normal e onde hoje existe um posto de gasolina, na confluência da Avenida Goiás com a rua que atualmente leva o seu nome. Somente no ano de 1907, Zeca Batista construiu a casa que hoje abriga o Museu Histórico de Anápolis.

Foi graças aos esforços conjuntos de Zeca Batista e de Gomes de Sousa Ramos que a Freguesia de Santana das Antas foi elevada a Vila, mediante a Lei 811, de 15 de dezembro de 1887 – cinco anos após a chegada de Zeca Batista ao lugar. Entretanto, a instalação oficial da vila só aconteceria cinco anos mais tarde. Vários acontecimentos se deram nesse ínterim: em âmbito nacional, a Abolição da Escravatura e a Proclamação da República e, em âmbito local, o falecimento de Gomes de Sousa Ramos, em setembro de 1889.

Nos preparativos para a instalação da Vila, os antenses formaram a sua primeira Junta Administrativa, em fevereiro de 1892, escolhendo para presidi-la, o coronel José da Silva Batista. É que o valor e o prestígio de Zeca Batista cresceram de tal modo nos dez anos em que residira no lugar, que ele se tornou chefe supremo da política local. Em 1905, José da Silva Batista elegeu-se à terceira vice-presidência do Estado e, depois, por vacância de cargo, chegou à presidência. Em 27 de abril de 1909, deposto o primeiro vice-presidente do Estado, coronel Francisco Bertoldo de Sousa, que se encontrava então na chefia do Poder Executivo, por um movimento revolucionário, foi entregue a direção do governo, em 12 de abril daquele ano, ao comendador Joaquim Rufino Ramos Jubé, presidente do senado estadual, o qual o transmitiu, a 1º de maio, ao segundo vice-presidente, coronel Zeca Batista, que esteve à frente da chefia da administração de Goiás, até o dia 24 de junho seguinte, quando assumiu, por eleição, Urbano Coelho de Gouveia. Zeca Batista foi escolhido 1° vice-presidente do novo Executivo estadual.

Em Anápolis, como em todo o Estado de Goiás, o coronel Zeca Batista desfrutava de grande prestígio e popularidade.

Faleceu a 7 de dezembro de 1910, às duas horas da tarde, por consequência de grave doença que há tempos o havia acometido.

Anos mais tarde, em 1929, no jornal Lavoura & Comércio, de Uberaba, o jornalista Hermógenes Monteiro traçou a maneira de ser de José da Silva Batista:

 Esse homem era um cavalheiro tão perfeito, um diplomata tão completo, naqueles tempos bárbaros, que desarmava o adversário, cercando-o de considerações e ativava o inimigo, dando-lhe superior importância – enquanto aos amigos, por mais pobres que fossem, tratava com intimidade e confiança de irmão. Popular ao extremo, provocava palestra com todos: pretos, brancos, ricos ou pobres, que encontrava em seus passeios habituais. Nunca deixou de visitar o seu único e sistemático adversário político, major Francisco de Barros, a quem não perdia a oportunidade de provar a mesma e única consideração de sempre.

Como visto de início, o mesmo jornal havia trazido a notícia da emancipação da Vila à categoria de Cidade de Ana, graças aos esforços determinantes do Dep. Zeca Batista, todavia, indicando a origem da ideia do topônimo:

Em 1904, num artigo publicado no jornal “LAVOURA & COMÉRCIO”, de Uberaba, Minas Gerais, o jornalista Moisés Augusto de Santana, usou pela primeira vez, carinhosamente, a palavra Cidade de Ana – ANÁPOLIS – nome que lhe foi sugerido e a outros ANTENSES, inclusive no Plenário da Câmara na cidade de Goyaz, pelo então Deputado Estadual Abílio Wolney, quando de sua passagem por Santana das Antas, na campanha para Deputado Federal, em 1900. O nome agradou de tal forma que a Lei nº 320, de 31 de julho de 1907, assinada pelo Presidente do Estado de Goiás, Miguel da Rocha Lima, rezou em seu único artigo: “A Vila de Santana de Antas fica elevada à categoria de cidade, com a denominação de Anápolis, revogadas as disposições em contrário” (Zoroastro Artiaga, História de Goyaz, Goiânia, 1945).

O mesmo jornal Lavoura & Comércio havia publicado, em edição do ano de 1904, a notícia de que o nome Anápolis havia sido uma sugestão encabeçada pelo Dep. Abílio Wolney, na tribuna do Congresso Estadual em Goiás como escreveu Moisés Santana, repetindo-se a transcrição integral a seguir:

Em 1904, num artigo publicado no jornal “Lavoura & Comércio”, de Uberaba, Minas Gerais, o jornalista Moisés Augusto de Santana, usou pela primeira vez, carinhosamente, a palavra Cidade de Ana – ANÁPOLIS – nome que lhe foi sugerido e a outros ANTENSES, inclusive no Plenário da Câmara na cidade de Goyaz, pelo então Deputado Estadual Abílio Wolney, quando de sua passagem por Santana das Antas, na campanha para Deputado Federal, em 1900. O nome agradou de tal forma que a Lei nº 320, de 31 de julho de 1907, assinada pelo Presidente do Estado de Goiás, Miguel da Rocha Lima, rezou em seu único artigo: “A Vila de Santana de Antas fica elevada à categoria de cidade, com a denominação de Anápolis, revogadas as disposições em contrário” (Zoroastro Artiaga, História de Goyaz, Goiânia, 1945).

 

O grande Zeca Batista

 

Nos novos tempos, destacam-se grandes vultos que, efetivamente, trabalharam pela construção de Anápolis:

Henrique Antônio Santillo – (Ribeirão Preto – SP, 23 de agosto de 1937 – Anápolis – GO, 25 de junho de 2002) [28 foi um político brasileiro radicado no estado de Goiás. Durante o seu mandato de governador do Estado, parte de Goiás foi desmembrada para formar o atual estado do Tocantins, sendo, portanto, o último governador goiano a governar sobre tal região.

Filho dos imigrantes italianos, Virgínio Santillo e Elydia Maschietto Santillo, Henrique Antônio Santillo nasceu em Ribeirão Preto (SP), a 23 de agosto de 1937. A família, composta, ainda, pelos filhos Ademar e Romualdo, transferiu-se para a cidade goiana de Anápolis, em 1942. Henrique ainda era criança quando começou a trabalhar e ajudar no sustento de casa, primeiro, com o pai e, depois, como empregado de uma banca no mercado municipal.

Foi casado com Sônia Célia Santillo, com quem teve dois filhos e três filhas, Elídia Célia, Sônia Míriam, Carlos Henrique (Diretor Parlamentar da Assembleia Legislativa e ex-suplente de deputado estadual), Carla Cíntia (deputada estadual e Conselheira do Tribunal de Contas) e Virgínio Neto.

Graduou-se em Medicina em 1963, pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). No dia 13 de setembro de 2001, recebeu a Medalha de Honra da UFMG.

Cursou o primário, ginasial e científico, onde ensaiou os primeiros passos na política como líder estudantil.

 

PRIMEIRA GREVE ESTUDANTIL

Em janeiro de 1957, foi aprovado em primeiro lugar no vestibular para Medicina na Universidade Federal de Minas Gerais e, em terceiro, na Católica. Em Belo Horizonte, para manter-se, conciliava seu curso com a função de professor, em cursinhos. Sua destacada atuação levou-o a quebrar, já no segundo ano, a longa tradição do Diretório Acadêmico da Faculdade de Medicina de só eleger quintanistas, alcançando a presidência do Diretório Central dos Estudantes da UFMG e, depois, da União Estadual dos Estudantes de Minas Gerais, quebrando a hegemonia dos grupos que dominavam aquela entidade há 20 anos. Em 1960, quando fazia residência médica no Hospital de Pediatria da UFMG, foi eleito conselheiro da União Nacional dos Estudantes e ganhou notoriedade nacional ao participar da primeira greve estudantil, com duração de quatro meses, até se alcançar a participação do corpo discente nas congregações e conselhos universitários.

Formado, retornou a Goiás em 1964 e começou a clinicar, dividindo seu tempo entre a Santa Casa de Misericórdia de Anápolis, como voluntário, consultório particular e seis meses depois nos plantões do SAMDU, ambulatório público federal de emergências médicas.

 

NO MDB

Santillo foi um dos fundadores do MDB. Em 1966, lançado por amigos à Câmara Municipal, obteve mais de 10% dos votos entre 60 concorrentes, 1.732 de um total de 12 mil votos válidos. Inovou a prática política com atuação em bairros da periferia e estimulando a formação de associações de moradores. Três anos depois, sempre dedicado às causas sociais, elegeu-se prefeito de Anápolis com dois terços dos votos válidos.

Implementou um governo voltado prioritariamente para o social. Em 1974, foi o deputado estadual mais votado. Em Goiânia, capital de Goiás, onde sequer fez campanha, teve seis mil votos. Em 1978, candidato a senador, teve de vender a casa para pagar os custos da campanha, feita ao volante de um Fusca. Derrotou os três candidatos da então poderosa Arena, com mais de 100 mil votos de frente. O mesmo brilho da carreira local o impulsionou nacionalmente no Senado. Foi 1º Secretário e presidente da Fundação Pedroso Horta, instalando o órgão de estudos do PMDB em todos os Estados. Foi parlamentar atuante na luta pela redemocratização do país, em defesa das nossas riquezas naturais, de apoio aos produtores rurais, de reserva de mercado para a indústria nacional, por justiça social, eleições diretas e conquistas para o trabalhador.

 

NO GOVERNO DE GOIÁS

O ano de 1986 o encontrou candidato natural de seu partido ao Governo de Goiás, quando inovou as práticas políticas, a partir da campanha eleitoral, com a realização de caminhadas diárias e de 13 encontros regionais, com a distribuição de questionários para a população sugerir o plano de governo. Mais de 100 mil respostas embasaram seu programa administrativo. A mobilização popular deu-lhe vitória em 235 dos 244 municípios que Goiás tinha à época, consolidando a maior vitória eleitoral do Estado até então – quase um milhão de votos e uma dianteira superior a 400 mil sobre o principal concorrente. Dois dias após o pleito, ele voltaria a surpreender os goianos, reeditando as caminhadas e carreatas de agradecimento e reforço dos compromissos assumidos. À frente do Governo de Goiás, direcionou a gestão ao desenvolvimento social, quando implantou as maiores redes de saúde pública e de saneamento básico de que se teve notícia no Estado. Embora tenha herdado uma dívida praticamente impagável, bancos estaduais na mira de liquidações, funcionalismo em greve por mais de três meses de salários atrasados e arrecadação insuficiente, Henrique Santillo empenhou-se em sanear as finanças públicas, negociou democraticamente com os servidores e fez ampla reforma administrativa para modernizar as estruturas que datavam do começo da década de 60.

Ainda como resultante das sugestões do povo, desenvolveu uma gestão democrática, sobretudo na saúde, área de maior relevo e que foi apontada pelo Ministério da Saúde como modelo para outros Estados. A rede de atenção começava nos Cais, que funcionavam 24 horas, todos dias da semana, com laboratório, farmácia popular, especialidades médicas, pequenas cirurgias a lhes conferir alta resolutividade. Os casos mais complexos eram encaminhados aos hospitais de referência, até o atendimento terciário.

Treze hospitais regionais, em cidades estrategicamente escolhidas, contemplavam a população interiorana. A área social também foi marcada por programas como a cesta básica para famílias carentes, por núcleos de apoio à comunidade, construídos pelo Estado e entregues às associações de moradores, escolas profissionalizantes e ações pontuais de apoio à mulher, idoso e criança carente. Pela primeira vez, o orçamento estadual teve a efetiva participação da comunidade. Durante seu mandato, Santillo enfrentaria graves adversidades decorrentes de vários planos econômicos que fracassaram na luta contra a inflação e o acidente radioativo com o césio 137, em Goiânia. Sua visão de estadista, preocupado em promover o desenvolvimento regional, levou à criação da Frente do Centro-Oeste, entidade da qual foi o primeiro presidente, com o objetivo de dar força política à região central do Brasil nas reivindicações comuns de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Distrito Federal. Como governador, empenhou-se, ainda, no saneamento das finanças públicas, na democratização e modernização das instituições de governo, com inovações do tipo eleição direta para diretores das escolas estaduais, substituindo as indicações meramente partidárias, sorteio público para entrega de moradias financiadas pela COHAB e eleição direta para diretores e gerentes administrativos e de pessoal nos órgãos das administrações direta e indireta.

Depois de concluir seu mandato, Henrique Santillo desfiliou-se do PMDB e presidiu o Partido Progressista em Goiás. [29

 

NO MINISTÉRIO DA SAÚDE

Em setembro de 1993, aceitou convite do presidente Itamar Franco para assumir o Ministério da Saúde. À frente do Ministério Santillo consolidou a implantação dos medicamentos genéricos no Brasil e fez várias mudanças no sistema de saúde, que encontrou em crise. Passou a priorizar a atenção à saúde, com ações e programas de medicina preventiva, de controle social sobre o SUS, de agentes comunitários de saúde, de combate a endemias ressurgentes, como a febre amarela, dengue e cólera, de combate à avitominose, ao bócio endêmico e à fome, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste. Em sua gestão as campanhas de multivacinação não só tiveram sequência como também foram reforçadas, culminando com o recebimento, em 1994, da Organização Mundial de Saúde e da Organização Panamericana de Saúde, o certificado de erradicação da poliomielite no território nacional – coroando, assim, os esforços que o Brasil já vinha fazendo nesse sentido. Ao deixar o Ministério, ao fim da gestão Itamar Franco, Santillo legou ao País programas de alta relevância, implantados ou em fase inicial e que ainda estão em curso, como o Saúde da Família; de Ambulatórios de Alta Resolutividade 24 Horas; de Resgate a Acidentados em Rodovias; Disque Saúde; Assistência Integral à Saúde da Mulher e da Criança; de Incentivo ao Aleitamento Materno; de Prevenção e Combate à AIDS e outras Doenças Sexualmente Transmissíveis; e Leite é Saúde.

 

TRABALHO NO GOVERNO MARCONI

Retornando a Goiás, Henrique Santillo aceitou os apelos de antigos companheiros políticos e migrou para o PSDB, concorrendo à Prefeitura de Anápolis, após o que, voltou a clinicar em sua especialidade, Pediatria, gratuitamente, em um posto médico da Jaiara, na periferia daquela cidade.

Voltaria à política partidária novamente em 1998, para comandar, em Anápolis, a campanha do então deputado federal Marconi Perillo ao Governo de Goiás, registrando vitória no primeiro e segundo turnos e o fim de um ciclo de 16 anos de mando peemedebista em Goiás. Henrique Santillo foi, ainda, secretário de Estado da Saúde e secretário de Articulação Política do Governo de Goiás, em 1999.

 

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE GOIÁS

Desligou-se em definitivo da política partidária no final do ano de 1999, quando foi nomeado Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Goiás, após ter sua indicação referendada pela unanimidade dos partidos representados na Assembleia Legislativa. No TCE-GO foi diretor da Sexta Auditoria Financeira e Orçamentária, corregedor geral, vice-presidente e presidente, em 2002. Implementou o Plano de Cargos e Salários dos Servidores do TCE e deu início a um amplo programa de modernização do órgão de controle externo. Seu mandato de presidente foi interrompido com seu falecimento, em 25 de junho de 2002. Seu nome é reverenciado no Brasil e especialmente em Goiás como expoente da democracia, coerência, dignidade e ética.

  • Vereador em Anápolis (1965-1969)
  • Prefeito de Anápolis (1969-1972)
  • Deputado estadual mais votado (1975-1979)
  • Senador da República por Goiás (1979-1987)
  • Governador do Estado de Goiás (1987-1991)
  • Ministro da Saúde (1993-1995)
  • Secretário de Saúde de Goiás (1999)
  • Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (1999-2002)
  • Presidente do TCE-GO (2002)

A Fundação Getúlio Vargas [30 publicou o Dicionário Histórico-Biográfico Brasileiro, narrando os acontecimentos mais importantes na vida do país no período de 1930 a 1983. Esse trabalho teve a Coordenação de Israel Beloch e Alzira Alves de Abreu, editado pela Forense Universitária, em 1984, composto de quatro volumes.

Adhemar Santillo [31 – Deputado Federal por Goiás em 1975. Nasceu em Ribeirão Preto (SP), no dia 13 de novembro de 1939, filho de Virgílio Santillo e de Elydia Maschietto Santillo. Seu irmão, Henrique Santillo, foi deputado estadual em Goiás, de 1975 a 1979, e senador pelo mesmo Estado a partir de 1979.

Iniciou sua vida política como chefe de gabinete do prefeito de Anápolis, elegendo-se, em 1970, deputado estadual em Goiás na legenda do Movimento Democrático Brasileiro. Assumindo o mandato em fevereiro do ano seguinte, tornou-se, nessa legislatura, vice-líder da bancada de seu partido na Assembleia Legislativa.

Em novembro de 1974, elegeu-se deputado federal por Goiás, ainda na legenda do MDB, assumindo uma cadeira na Câmara, em fevereiro do ano seguinte, após o término de seu mandato na Assembleia, em janeiro anterior.

Nessa legislatura, foi membro da comissão de Serviço Público e suplente da Comissão de Desenvolvimento da região Centro-Oeste. Integrante do grupo neo-autêntico, ala mais radial do MDB, engajada na denúncia da repressão policial aos estudantes e na defesa dos direitos humanos e da Constituinte, foi eleito, em 1977, 2º vice-presidente da Câmara.

Na opinião dos moderados de seu partido, lançou sua candidatura à Mesa Diretora da Câmara para criar problemas ao candidato Juarez Bernardes, também representante de Goiás que contava com o apoio da maioria dos dirigentes do partido.

Em novembro desse mesmo ano, reuniu-se com mais de quinze deputados e com o marechal Osvaldo Cordeiro de Farias para discutir a respeito da formação de uma Assembleia Constituinte e do processo de abertura política que começava a ser ensaiado no governo do General Ernesto Geisel (1974-1979).

Em novembro de 1978, reelegeu-se deputado federal na mesma legenda, tendo sido o candidato mais votado em seu Estado. Ainda nesse ano, deixou o cargo de 2º vice-presidente da Câmara. Em março de 1979, apresentou um projeto, propondo a revogação da lei que criou o Serviço Nacional de Informações – SNI, e determinando as providências necessárias à incineração de documentos referentes a pessoas físicas e jurídicas dos arquivos desse órgão do Governo. Justificando sua proposta, afirmou que o SNI “transformou-se numa verdadeira polícia política” que controlava a vida dos cidadãos, sendo, portanto, “incompatível com a propalada intenção de abertura política”.

Com a extinção do bipartidarismo, em novembro de 1979, e a consequente reformulação partidária, filiou-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro, PMDB, tornando-se, nesse mesmo ano, vice-líder de sua bancada na Câmara, função que desempenhou até 1980.

Em janeiro desse ano, quando seu irmão Henrique Santillo foi derrotado na reunião da executiva, por Iris Rezende, escolhido candidato ao Governo do Estado de Goiás, passou, juntamente com o irmão para o Partido dos Trabalhadores – PT.

Em abril seguinte, declarou, em entrevista ao jornal O Globo, que o país atravessava grave crise econômica e que os partidos políticos deveriam forçar o governo a formar um novo pacto social, legítimo e efetivo, através da convocação de uma Assembleia Constituinte. Defendeu, ainda, a revogação de todos os atos de exceção, a liberdade sindical, a liberdade de imprensa, o direito de greve, a organização partidária sem qualquer obstáculo, enfim, o restabelecimento pleno do estado de direito, que permitiria ao povo expressar livremente a sua vontade.

No início de junho de 1980, afirmou que sairia do PT em obediência às suas bases políticas ressentidas com o veto imposto em reunião do partido a quatro políticos e com a saída de dois deputados estaduais por divergências ideológicas. Após viagem de consulta às suas bases em 42 municípios, anunciou sua decisão de deixar o PT, retornando ao PMDB.

Seu irmão decidiu permanecer no PT, apesar das tentativas de adeptos do PMDB de fazê-lo retornar a esse partido, o que viria ocorrer somente mais tarde.

Ainda em junho, pediu ao plenário da Câmara a revisão da pensão concedida aos ex-presidentes da República e criticou o general Ernesto Geisel por ter aceitado o cargo de presidente do Conselho de Administração da Cia. Petroquímica do Nordeste (Copene) – maior empresa do polo de Camaçari (Ba) – e de sua subsidiária, Nordeste-Química (Norquisa).

Afirmou, ainda, que Geisel “alugou” a essa empresa “seu prestígio, todo o seu conhecimento sobre segurança nacional e suas relações na estrutura do poder”. Nessa ocasião, o ex-presidente da República foi defendido na tribuna da Câmara, pelo deputado Alcides Franciscato, do Partido Democrático Social (PDS).

Em novembro de 1980, após uma palestra numa entidade feminina de Goiânia sobre partidos políticos, sentiu-se observado num restaurante, sendo logo depois perseguido em seu automóvel, o que o levou a buscar refúgio próximo a um quartel do Exército. Ainda em 1980, tornou-se membro da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) encarregada de investigar as causas das elevadas taxas de juros do sistema financeiro nacional e relator substituto da CPI encarregada de apurar atos de corrupção praticados por órgãos da administração direta e indireta da União.

Em abril de 1981, propôs que todos os partidos de oposição realizassem convenções extraordinárias para fixar posição contrária à prorrogação dos mandatos dos deputados federais e estaduais e afirmou que o PMDB também era contrário à sublegenda, ao voto distrital e à vinculação de votos. Nessa ocasião, juntamente com o deputado Hélio Duque, do PMDB do Paraná, solicitou ao presidente da Câmara, deputado Nelson Marchezan, uma investigação junto ao Banco Central para apurar os nomes dos deputados que teriam recebido empréstimos do Banco do Estado de São Paulo – Banespa, por determinação do governador do Estado, Paulo Salim Maluf, em troca do apoio à prorrogação de mandatos.

Em agosto seguinte, acusou o Governo na CPI que apurava a corrupção na administração pública, de incentivar essa prática nos órgãos federais, que haviam dificultado a ação do Tribunal de Contas da União – TCU, no exame das contas da Fiação e Tecelagem Lutfalla, pertencente à família do governador Paulo Maluf, que sofrera intervenção governamental devido a irregularidades financeiras.

Em dezembro desse mesmo ano a partir do relatório dos deputados que participaram dessa CPI, Santillo pediu providência no sentido da instauração de uma ação penal contra Paulo Maluf, Ibrahim Abi-Ackel, então Ministro da Justiça e José Paulo dos Reis Veloso, ex-Secretário do Planejamento, por crime contra a administração pública.

Em junho de 1982, visitando a cidade de Itapuranga (GO), juntamente com o senador Lázaro Barbosa, foi vítima de um atentado praticado por integrantes do diretório municipal do PMDB daquela cidade.

Vários parlamentares foram unânimes em garantir, contudo, que o atentado constituía fato isolado, não comprometendo a unidade do partido em Goiás. Durante essa legislatura, integrou as Comissões de Ciência e Tecnologia e de Constituição e Justiça e foi suplente da Comissão de Agricultura e Política Rural da Câmara do Deputados.

Em novembro de 1982, reelegeu-se deputado federal por Goiás, ainda na legenda do PMDB. Casou-se com Onaide Silva Santillo, com quem teve três filhos. [32

Adhemar Santillo foi o prefeito de Anápolis que promulgou a lei de criação da Praça Dep. Abílio Wolney.

 

Adhemar Santillo

 

Antônio Roberto Otoni Gomide – (Goianésia, 11 de janeiro de 1960) é um odontólogo e político brasileiro. Irmão do também político Rubens Otoni, é filho de Anita Otoni Gomide e Laerte Vieira Gomide. Em 1981, formou-se no curso de Odontologia pela Faculdade de Odontologia João Prudente, em Anápolis. Depois de formado, especializou-se em Dentística Restauradora, em 1982, na Faculdade de Odontologia de Bauru (SP); em Odontologia em Saúde Coletiva, na Universidade de Brasília, em 1995; e em Educação em Saúde Pública, na Universidade de Ribeirão Preto, em 1999.

Em 1996, Antônio Gomide se elegeu pela primeira vez como vereador de Anápolis, sendo reeleito em 2000, em cujo mandato votou em unanimidade pelo nome da Praça Dep. Abílio Wolney. Em 2002, especializou-se em Ensino da Filosofia, pela Universidade Católica de Goiás. Ainda em 2002, tornou-se presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara Municipal de Anápolis, cargo que ocupou até 2004, ano em que se elegeu pela terceira vez como vereador. Nessa época, contrapôs-se diretamente à tentativa da Prefeitura de Anápolis de vender a área que hoje forma o Parque Ipiranga.

Em 2008, Antônio Gomide candidatou-se ao cargo de prefeito de Anápolis e foi eleito com 75,6% dos votos no 2° turno, onde enfrentou Onaide Santillo do PMDB. Em 2012, foi reeleito em 1° turno com quase 90% dos votos, sendo essa a maior votação proporcional do Brasil. Em 4 de abril de 2014, com um índice de aprovação de 91,4% junto à população de Anápolis, renunciou ao mandato de prefeito com a intenção de disputar o governo do estado. [33

Como conquistas de sua gestão, houve a redução da dívida municipal de R$148 milhões para R$95 milhões em 5 anos, representando 36% de redução. Os professores municipais tiveram, 153% de aumento nos anos dos seus mandatos. Realização de quatro grandes concursos públicos na cidade, com 2.319 vagas para servidores da Educação, 1.224 para a saúde e 500 para a administração centralizada. A construção de 12 novas creches, 16 ginásios de esportes, reforma e ampliação de 32 escolas municipais e a aquisição de 25 ônibus escolares também foram citados pelo petista.

Na sua gestão, foram construídos cinco viadutos, dois deles na Avenida Brasil, cuja arquitetura dá gosto de ver. Anápolis teve nesse período um impulso nunca visto: a construção do Planetário Digital; o Instituto Federal de Goiás; a construção do Centro de Convenções; a edificação do Centro de Cultura da ULA – ANALE; o viaduto da saída para Brasília; e a chegada da Ferrovia Norte-Sul como ramal em Anápolis, dentre outras, que vão citadas nas obras novas da cidade em capítulo próprio.

Atualmente, exerce o mandato de vereador em Anápolis (31.01.17 a 31.12.20), eleito proporcionalmente o vereador mais bem-votado no território nacional com 11.647 votos.

 

Antônio Roberto Otoni Gomide

 

Dep. Rubens Otoni Gomide – (Goianésia, 6 de fevereiro de 1956) é um professor e político brasileiro.

Graduado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Uberlândia, e em Direito pela então Faculdade de Direito de Anápolis, atual UniEVANGÉLICA.

Foi deputado estadual por Goiás entre 1992 e 1994. Em 2002, elegeu-se deputado federal, reelegendo-se consecutivamente em 2006 e 2010. Foi reeleito deputado federal em 2014, para a 55ª legislatura (2015-2019). Em abril de 2017, votou contra a Reforma Trabalhista. Em agosto de 2017, votou a favor do processo em que se pedia abertura de investigação do então Presidente Michel Temer.

Tem sido uma voz por Anápolis no Congresso Nacional.

Dep. Onaide Silva Santillo [34 – Secretária de Serviços Sociais da Prefeitura Municipal de Anápolis. Deputada estadual (PP), 13ª Legislatura, 1995-1999; primeira-dama de Anápolis, de 1985 a 1988 e de 1997 a 2000; deputada estadual (PMDB), 14ª Legislatura, 1999-2003; deputada estadual (PMDB), 15ª Legislatura, 2003-2007.

Candidata a vice-governadora, chapa de Maguito Vilela (PMDB), em 2006, não se elegendo. Outras informações: Militante de movimentos estudantis. Casou-se em 1965, com o então presidente da União dos Estudantes Secundaristas de Anápolis, Adhemar Santillo, filiando-se, três anos depois, ao MDB, mais tarde PMDB.

Pioneira do PMDB Mulher Nacional, que deu origem ao Conselho Nacional da Mulher. Assessora Legislativa do deputado federal Adhemar Santillo, 1975-1982. Na Assembleia Legislativa, propôs a criação de microbacias hidrográficas para preservação do equilíbrio ecológico. Apresentou projetos que criam incentivos para empresas estabelecidas no DAIA, Distrito Agro-industrial de Anápolis. Diretora das rádios “Manchester FM e AM”, em Anápolis, onde mantém o programa Show da Manchester.

Amador Abdalla – Que nasceu em Anápolis em 29 de abril de 1922, filho de Calixto Abdalla e Maria Fernandes Abdalla. Foi vereador por três legislaturas e presidente da Câmara Municipal. Principal responsável pela criação da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, fundou também o Departamento Municipal de Parques e Jardins, a Floricultura Municipal e o Parque das Rosas. Foi Secretário Municipal de Serviços Urbanos e do Meio Ambiente. Foi Assessor do Secretário da Agricultura de Goiás. Nos

cargos que exerceu em várias administrações municipais, ufanava-se de um número que era marca do seu idealismo: “Plantei mais de 100 mil árvores e construí mais de 40 praças públicas. Em 1985, fundou a Associação Anapolina de Proteção ao Meio Ambiente. Como político, relacionou-se com importantes figuras, entre elas, JK. Este autor recebeu, juntamente com Abdalla, a Comenda Henrique Antônio Santillo.

Era casado com a senhora Zélia de Sousa Ortiz Abdalla, com quem teve os filhos Robertson, Rosângela e Rossana. Faleceu em 27 de abril de 2005, como escreveu Júlio Alves no livro 100 anos de História de Anápolis.

A Prefeitura de Anápolis, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, inaugurou recentemente a Praça Amador Abdalla na Vila União.

Amador era um assíduo frequentador do Gabinete da 6ª Promotoria de Anápolis, da qual foi este autor titular, onde nos trazia diversas reclamações quanto à poda ou retirada ilegal de árvores nos diversos recantos da cidade. Era um vigilante da natureza, amado pela própria Prefeitura, que via nele um voluntário da causa ambiental. Quase sempre resolvíamos a situação das denúncias que trazia instaurando procedimentos, mas na maioria das vezes, com um simples contato na Secretaria do Meio Ambiente da Prefeitura conseguíamos resolver e ele ficava muito feliz. Em atividade do Ministério Público na proteção ao meio ambiente, este autor se recorda de certa vez em que iriam cortar uma árvore gigantesca, acho que um fícus antigo. Abdalla cobriu a árvore com a Bandeira do Brasil e ficou plantado junto dela na Praça. Não cortaram.

Iron Junqueira – Escritor, poeta, jornalista, artista plástico e filantropo. Goiano de Brazabrantes, nasceu em 22 de dezembro de 1938. Filho de Sebastião Pedro Junqueira e Benedita Cordeiro de Toledo. Chegou em Anápolis aos 6 anos de idade. Estudou no Ginásio Arquidiocesano, em Silvânia.

Despertou para a meditação aplicada que apregoou através de jornais, revistas e programas radiofônicos. Produziu radioteatro, criando personagens como “Moleque Chuspeton” e “Cacique Pé de Tamba”, Clube do Garoto, nas rádios Cultura e Carajá. Sob o pseudônimo de Emiliano Zarra escreveu e publicou artigos, durante a Revolução de 64.

Nos anos 60, construiu o Lar da Criança Humberto de Campos, no Bairro Jundiaí, inaugurado em 1968. Em quase quatro décadas, ali passaram milhares de crianças e jovens de ambos os sexos, que receberam e ainda recebem assistência à saúde, educação, escolarização e profissionalização.

Casou-se com Maria de Jesus dos Santos. O casal teve os filhos Eden, Marcela (falecida), Ellen (falecida), Iron Júnior, Juliano, Giovanni, Maximiliano e Marion.

Dedica parte de seu tempo às artes plásticas e em sua produção literária de onde provém porção da renda para sustentação da Instituição que fundou. Entre outros, escreveu contos, crônicas, romance, autoajuda, humorismo, como: Caminheiros; Nonô de Naná; Primavera ao Longe; Toda Poesia de Amor; As Cigarras Estão Cantando; O Pombinho Dourado; Água Doce; À Sombra da Paineira; Muito Além das Estrelas.

Pertence à UBE-GO. É Membro fundador da Academia Anapolina de Letras – ANALE, e da ULA – União Literária Anapolina. Foi homenageado pela AGI com o Diploma de Mérito Profissional. É Cidadão Anapolino, título outorgado em 1988.

Acrescente-se que Iron Junqueira fez toda a sua trajetória como filantropo sob a bandeira da doutrina espírita cristã e deixou testamento pedindo que os seus descendentes obedecessem ao seu desejo de continuidade na obra do amor em ação, pois a fé sem obras é morta. Tive oportunidade de analisar a minuta do seu testamento, onde reafirma as suas convicções religiosas e deixa em disposição de última vontade patrimônio legalizado para a causa do Lar da Criança em nome do movimento espírita de Anápolis.

 

A enciclopédia virtual Wikipedia resume, neste momento, os seguintes dados sobre outros vultos emergentes da nossa história:

Anapolino Silvério de Faria – (Anápolis, 14 de outubro de 1921 – Goiânia, 16 de dezembro de 2008) é um médico e político brasileiro que foi deputado federal por Goiás. Filho de Francisco Silvério de Faria e Benedita Fontes de Faria. Médico formado em 1947 pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, fundou a Clínica Dom Bosco em Anápolis. Na mesma cidade, seu irmão, Iron Silvério de Faria, foi prefeito por mais de uma vez e nela o próprio Anapolino de Faria elegeu-se vereador pelo PSD em 1954 e, durante seu mandato, presidiu a Câmara Municipal por três anos. Em 1962, foi eleito deputado estadual e, com o advento do bipartidarismo, fundou o diretório estadual do MDB em Goiás e foi seu primeiro presidente. Eleito deputado federal em 1966 e 1970, disputou um novo mandato após oito anos, mas não obteve sucesso. Em 1980, ingressou no PMDB. Durante o primeiro governo Iris Rezende, chefiou o escritório da representação goiana em Brasília, antes de ser nomeado prefeito de Anápolis, então área de segurança nacional, em 1983. Posteriormente, foi eleito deputado estadual em 1986 e prefeito de Anápolis em 1988. Fundador da Associação Médica de Anápolis, voltou à medicina após deixar a política, embora compusesse o diretório municipal do PMDB na respectiva cidade. [35

 

VULTOS DO DIREITO

Juiz:

Jovelino de Campos Curado – Nasceu em Goiás Velho, a 19 de outubro de 1887. Matriculou-se na faculdade livre de Ciências Jurídicas e Sociais de Goiás, formou-se em 1920 e foi designado Juiz de Direito de Anápolis. No dia 1º de fevereiro de 1921, reinstalou a comarca, em definitivo, que teve como primeiro juiz Gastão de Deus e que faleceu em 1915. O primeiro grupo escolar de Anápolis foi inaugurado sob sua presidência em 1926. Fundou, junto com outros, a Escola Normal desta cidade. Faleceu no Rio de Janeiro, em 1965.

 

Advogado:

Adahyl Lourenço Dias – Advogado e ilustre jurista com nome internacionalmente conhecido através de obras, como Prescrição da Ação Penal; A Concubina e o Direito Brasileiro; Venda a Descendente; Dos Avais Sucessivos e Simultâneos e outras. Pertence à Academia Brasileira de Letras Jurídicas, Academia Nacional de Direito do Trabalho, Academia Internacional de Jurisprudência e Direito Comparado, Instituto de Direito Luso-Brasileiro e à Associação Brasileira de Imprensa e outros. Fundou vários jornais em Anápolis.

Foi vereador, presidente da Câmara Municipal e prefeito de Anápolis. No portal da Academia Brasileira de Direito do Trabalho, onde ingressou em 04/12/1979, fundou a Cadeira nº 4, conta, como em tantos outros lugares, a sua biografia em resumo: Nasceu em 6 de maio de 1911, na cidade de Pirenópolis (GO), filho de José Lourenço Dias, advogado, e de Artemísia de Siqueira Dias. Seu pai era político famoso, tendo ocupado vários cargos públicos, inclusive o de senador da República. Os estudos primários de Adahyl se deram no Colégio da Imaculada Conceição, em sua cidade natal, dirigido pela Congregação religiosa de Filhas de Jesus, provinda da Espanha. Transferiu-se, com os pais, para a cidade de Bomfim, hoje Silvânia, em 1923, onde continuou os estudos, vindo depois a prestar exame de admissão no antigo Liceu de Goiás, em 1925, na capital do Estado. Quando da transferência do Seminário de Santa Cruz da diocese de Goiás para Bomfim, passou a frequentá-lo regularmente até ingressar no Ginásio Anchieta, criação e fundação do saudoso bispo Dom Emanuel Gomes de Oliveira. Matriculou-se, em seguida, na antiga Escola de Direito de Goiás, transferindo-se, posteriormente, para a Faculdade de Direito de Goiás, que, de novo, reabrira suas portas, depois de um extenso período de fechamento por questões políticas. Bacharelou-se em Direito em 16 de dezembro de 1933, pela mesma Faculdade de Direito de Goiás.

Exerceu as funções de Agente Fiscal da Prefeitura de Bomfim, de 1927 a 1930, quando renunciou ao cargo para acompanhar o movimento político da Aliança Liberal, que comandou a revolução de 1930, levando ao Governo Federal o falecido Getúlio Vargas. Em outubro de 1930, transferiu residência para a cidade de Anápolis, onde, em 1935, passou a exercer o cargo de Promotor Público, tendo sido nomeado, em 1936, membro do Conselho da Prefeitura pelo Interventor Federal. No mesmo ano, foi nomeado Inspetor Escolar do Estado, elegendo-se vereador à Câmara Municipal de Anápolis em 1937.

De 1937 a 1939, exerceu a Diretoria da antiga Escola Normal de Anápolis, substituída, depois, pelo Colégio Auxilium. Fundou e dirigiu o primeiro Ginásio de Anápolis, que se transformou em Ginásio Arquidiocesano e, mais adiante, no Colégio São Francisco. Fundou e dirigiu a Conferência de São Vicente de Paulo, que instalou o primeiro asilo de pobres da região. Fundou, conjuntamente com diversos amigos, o Clube Recreativo Anapolino, hoje uma instituição imponente. Exerceu o cargo de Delegado Auxiliar de Polícia, em Goiânia; e foi nomeado Delegado Regional em 1938, cargo que não aceitou.

Fundou e dirigiu, com seu pai, o jornal Voz do Sul de 1930 a 1939, com o objetivo de defender a mudança da capital do Estado para Goiânia.

Exerceu o cargo de Delegado Florestal do Ministério da Agricultura, mais tarde promovido para Delegado Florestal Regional do referido Ministério.

Fundou e dirigiu a Escola de Instrução Militar em Anápolis (Tiro de Guerra). Exerceu o cargo de Prefeito Municipal, em 1947, sendo, depois, eleito vereador à Câmara Municipal, que presidiu durante um quadriênio.

Advogado militante, nunca deixou sua profissão. Foi consultor jurídico da Associação Comercial de Anápolis; advogado credenciado do antigo Sindicato dos Trabalhadores de Teatro, em São Paulo, no quadro de Assistência Judiciária.

Exerceu o cargo de Delegado da Ordem dos Advogados em Anápolis, em 1939.

Foi Conselheiro da Ordem dos Advogados em Goiás e Presidente do Instituto dos Advogados naquele Estado; é membro nato da Associação de Imprensa de Goiás, da Associação Brasileira de Imprensa, da Academia Brasileira de Letras Jurídicas, da Academia Nacional de Direito do Trabalho e da Academia Goiana de Letras Jurídicas. Inscrito na Ordem dos Advogados de Goiás sob o nº 171, desenvolveu intensa atividade forense e escreveu vários livros, sobretudo na área do Direito Civil, tais como: A concubina e o Direito brasileiro; O desquite no Direito brasileiro; Venda a descendente; O Vale no Direito brasileiro; e Dos efeitos jurídicos do Vale. Os dois primeiros repercutiram amplamente entre os estudiosos do Direito de Família, suscitando a edição posterior de normas legais sobre a extinção da sociedade conjugal e a união estável. Além desses livros, produziu inúmeros estudos, inclusive de natureza trabalhista, publicados em conceituadas revistas jurídicas. Faleceu em Anápolis, no dia 30 de abril de 2002, ao completar 91 anos de idade (Fonte: Acadêmico Gustavo Adolpho Vogel Neto). O escritor Adriano Curado, presidente da Academia de Letras de Pirenópolis, traçou-lhe completa biografia, inclusive ressaltando a sua importância na cidade e região.

Muitas vezes, fitei a herma distinta num mármore, onde sobe o busto do Dr. Adahyl Lourenço no átrio do Forum Dr. João Batista das Neves em Anápolis. Um dia, parlamentei com ele em cogitações e balbuciei palavras, olhando para os lados para estar seguro de que ninguém nos via.

Certa vez, o filósofo Diógenes foi flagrado conversando com as estátuas.

Um viandante indagou-lhe: “Estás ficando louco? Não vê que um busto não lhe pode responder?”. Ao que redarguiu o sábio: “Estou aprendendo com o silêncio da pedra a ouvir a estupidez de quem fala!”.

Lourenço Dias, silencioso no busto. Um silêncio eloquente. Fala por si mesmo ou pela boca da história.

Recebi da sua filha, Dra. Arthemísia Lourenço Dias, advogada, excelente tribuna, expositora, uns 3 volumes de livros de sua famosa biblioteca, que guardo na minha. Teve ela o cuidado de carimbar os livros, anotando ser acervo do honroso pai, para que apareça onde for divulgada a notícia, como agora faço em livro e na rede mundial de computadores.

 

Promotor de Justiça:

Mário Ribeiro Martins – Jornalista, professor, bacharel em Direito, bacharel em Teologia e Ciências Sociais, cursos dos quais fez mestrado.

Foi membro do Ministério Público e Promotor de Justiça titular Anápolis depois de 1975, onde lecionou na Faculdade de Filosofia Bernardo Sayão e na Faculdade de Direito. Foi promovido a Procurador de Justiça em Goiânia, em cujo cargo se aposentou. Escreveu para os jornais O Popular; Folha de Goiás; Correio do Planalto; Hoje (São Paulo), entre inúmeros outros. Foi membro da Academia Goiana de Letras, desde 1983, ano em que também se tornou membro titular da Academia de Letras Municipais do Brasil. Foi vinculado a inúmeras entidades culturais de Goiás, do Brasil e do exterior. Publicou, entre outros, Filosofia da Ciência; História da Filosofia; Letras Anapolinas; Sociologia Geral e Especial; Gilberto Freyre, o ex-Protestante; Pequeno Dicionário Filosófico; Pensamento Epistemológico; Antropologia Filosófica; Esboço de Sociologia; Sociologia da Comunidade.

 

VULTOS HISTÓRICOS DO DIREITO

Juízes:

Gastão de Deus Vítor Rodrigues – Foi o primeiro juiz de Direito da comarca de Anápolis. Natural de Catalão (GO), onde nasceu a 8 de março de 1883, faleceu em Anápolis, no ano seguinte ao de sua posse como juiz, tornando a Comarca a ser termo de Pirenópolis. Era jornalista e fundou o O Pacatuense, depois de haver trabalhado no Lavoura & Comércio de Uberaba. Escreveu a novela O Cazeca, o livro de poesias Agapantos e Páginas Goianas. É patrono da Cadeira n°5 da Academia Goiana de Letras.

 

Juiz Gastão de Deus

 

Jovelino de Campos Curado – Nasceu em Goiás Velho, a 19 de outubro de 1887. Matriculou-se na faculdade livre de Ciências Jurídicas e Sociais de Goiás, formou-se em 1920 e foi designado Juiz de Direito de Anápolis. No dia 1º de fevereiro de 1921, reinstalou a comarca, em definitivo, que teve como primeiro juiz Gastão de Deus e que faleceu em 1915. O primeiro grupo escolar de Anápolis foi inaugurado sob sua presidência em 1926. fundou, junto com outros, a Escola Normal desta cidade. Faleceu no Rio de Janeiro, em 1965.

 

Advogado:

Adahyl Lourenço Dias – Ilustre jurista com nome internacionalmente conhecido através de obras como Prescrição da Ação Penal; A Concubina e o Direito Brasileiro; Venda a Descendente; Dos Avais Sucessivos e Simultâneos e outras. Pertence à academia Brasileira de Letras Jurídicas, Associação Brasileira de Imprensa e outros. Fundou vários jornais em Anápolis (Remeta a Capítulo “Jornais”). Foi vereador, presidente da Câmara Municipal e prefeito de Anápolis.

Numa herma distinta, sobe o busto de Adahyl Lourenço no átrio do Forum Dr. João Batista das Neves.

Certa vez, o filósofo Diógenes foi flagrado conversando com as estátuas.

Um viandante indagou-lhe: “Estás ficando louco? Não vê que um busto não lhe pode responder?”. Ao que redarguiu o sábio: “Estou aprendendo com o silêncio da pedra a ouvir a estupidez de quem fala!”.

Lourenço Dias, silencioso no busto. Um silêncio eloquente. Fala por si mesmo ou pela boca da história.

Recebi da Dra. Arthemísia, advogada e sua filha, alguns uns 4 volumes de livros de sua famosa biblioteca, que guardo na minha. Teve ela o cuidado de carimbar os livros, anotando ser acervo do honroso pai, para que apareça onde for divulgada a notícia, como agora faço em livro e na rede mundial de computadores.

 

Promotor de Justiça:

O primeiro Promotor de Justiça de Anápolis foi o Dr. Procópio José Milagre, que morava nos fundos do Hospital Evangélico. Sua esposa era D. Sinhá. Tinham um filho, Dr. Jose Milagre, advogado, casado com D. Lucíola.

Em homenagem aos membros do Ministério Público na comarca, trago o nome do colega, escritor e contemporâneo Mario Ribeiro Martins, que foi jornalista, professor, bacharel em Direito, bacharel em Teologia e Ciências Sociais, cursos dos quais fez mestrado. Foi membro do Ministério Público e residente em Anápolis desde 1975, onde lecionou na Faculdade de Filosofia Bernardo Sayão e na Faculdade de Direito. Escreveu para os jornais O Popular; Folha de Goiás; Correio do Planalto; Hoje (São Paulo), entre inúmeros outros. É membro da Academia Goiana de Letras, desde 1983, ano em que também se tornou membro titular da Academia de Letras Municipais do Brasil. É vinculado a inúmeras entidades culturais de Goiás, do Brasil e do exterior. Publicou, entre outros, Filosofia da Ciência; História da Filosofia; Letras Anapolinas; Sociologia Geral e Especial; Gilberto Freyre, o ex-Protestante; Pequeno Dicionário Filosófico; Pensamento Epistemológico; Antropologia Filosófica; Esboço de Sociologia; Sociologia da Comunidade. É colaborador efetivo de IMAGEM ATUAL.

 

[25 Revista Imagem Atual, 1993

[26 Texto extraído do blog do destacado político anapolino e ex-prefeito Adhemar Santillo, datado de 09.02.11.

[27 Anápolis, Planejamento e Ação: http://www.anapolis.go.gov.br/portal/anapolis/historia-da-cidade

[28 Conforme o sítio colaborativo da web na Enciclopédia virtual da Wikipédia.

[29 Artigo do Tribunal de Contas do Estado de Goiás. Publicado por: Comunicação/TCE

[30 http://blogdosantillo.blogspot.com.br/2010/03/biografia-pela-fundacao-getulio-vargas.html

[31 Conforme o Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil da referida fundação, no volume IV, páginas 3079 e 3080 faz a seguinte referência ao destacado político, parlamentar estadual, federal e prefeito.

[32 Fontes: Câmara dos Deputados: Deputados Brasileiros – Repertório (8 e 9); O Estado de São Paulo (3.06.80; 31.03, 5.08, 12.12.81); Folha de São Paulo (24.04.81); O Globo (17.01, 27.04 e 10.06.80 e 24.04.81); Jornal do Brasil (02,11 e 12 de 77; 10.03 e 26.09.79; 10 e 27.06.80; 23.04 e 11.06 de 82); Neri, S. 16; Perfil (1980); Tribunal Superior Eleitoral, dados (9).

 

[Continuação do conteúdo do livro: na próxima postagem

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