‘A cidade de Ana : Anápolis’ [Capítulo VI – Transporte
[Em diferentes edições e capítulos, o JORNAL CIDADE publica A cidade de Ana : Anápolis, livro do articulista Abilio Wolney Aires Neto, lançado pela editora Kelps (Goiânia-GO.), em 2017
VI – TRANSPORTE
A FERROVIA NORTE-SUL EM ANÁPOLIS
A Ferrovia Norte-Sul é uma ferrovia longitudinal brasileira e Anápolis é o ponto final do ramal ferroviário da Ferrovia Centro-Atlântica, que liga a cidade à região Sudeste, possuindo um ramal para dentro do Porto Seco Centro-Oeste.
O trecho entre Porto Nacional (quilômetro 720, próximo a Palmas) e Anápolis, com mais 855 quilômetros está basicamente pronto para rodar, entretanto, não há um terminal operacional nesses 855 quilômetros. Quando concluída, possuirá a extensão de 4.155 quilômetros e cortará os estados de Pará, Maranhão, Tocantins, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A ferrovia foi concebida sob o propósito de ampliar e integrar o sistema ferroviário brasileiro. Ligará Senador Canedo (GO), a Belém (PA), conectando-se, a sul, em Anápolis (GO), com a Ferrovia Centro-Atlântica, e, a norte, em Açailândia (MA), com a Estrada de Ferro Carajás.
Ao longo de seu trajeto, a ferrovia segue paralela à Rodovia Belém-Brasília (BR-153; BR-226 e BR-010) e ao leito do rio Tocantins. As obras da ferrovia iniciaram-se em 1987, durante o governo do presidente José Sarney.
A ferrovia possui raio mínimo de curva de 343 metros e rampa máxima de 0,6%, o que permite uma velocidade máxima de 83 quilômetros por hora.
O trecho Palmas (TO)-Anápolis (GO) era previsto para 2010, mas foi adiado para 2011 e somente entregue em 2014. Assim, a obra estava vários anos atrasada, e os trechos, após prontos, ainda esperam meses para licitar os terminais e anos para começar a, de fato, operar.
O ambiente virtual Goiás-TV Anhanguera dava a nota:
Após cerca de 25 anos de espera, o trecho de 855km da Ferrovia Norte-Sul, que liga Palmas (TO) a Anápolis, a 55km de Goiânia, foi inaugurado na manhã desta quinta-feira (22). A presidente da República, Dilma Rousseff (PT), participou da cerimônia e chegou ao local em locomotiva acompanhada por cerca de oito autoridades, entre elas o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), o ministro dos Transportes, César Borges, e o presidente da Valec Engenharia Construções e Ferrovias, responsável pelas obras, José Lúcio Lima Machado.
A presidente chegou ao Porto Seco de Anápolis por volta das 10h20, subiu na locomotiva, mas quebrou o protocolo e resolveu visitar o Túnel 1, sob a BR-060, a cerca de 3 quilômetros do pátio de manobras. Em seguida, ela retornou na locomotiva até o palco onde ocorreu a cerimônia.
Apesar da inauguração, a previsão é de que o trecho só comece a funcionar em caráter experimental. A operação efetiva deve começar a partir do segundo semestre deste ano, pois a empresa responsável por operar a linha ainda não foi definida. A Valec também precisa resolver algumas pendências antes de entregar o trecho.
Entre elas, adequações exigidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Na cerimônia desta quinta-feira, o primeiro a discursar foi o prefeito de Anápolis, João Gomes (PT), que destacou a importância da ferrovia para o desenvolvimento econômico da região. “Essa é a abertura de um novo ciclo para o futuro. O Brasil, Goiás e Anápolis serão analisados com o antes e depois dessa ferrovia”, disse.
Presença marcante foi a do ex-prefeito e candidato ao governo do Estado, Antônio Roberto Gomide, que no seu mandato, meses antes, participou ativamente do andar da carruagem na direção dos trilhos da Cidade de Ana.
No estado de Goiás, um novo trecho da Norte-Sul, com 682 quilômetros, deve ligar a cidade de Ouro Verde de Goiás a Estrela D’Oeste, em São Paulo. Com o uso da ferrovia, empresários de Anápolis esperam reduzir o valor pago no frete em até 30%.
TRANSPORTE PÚBLICO
Até o ano de 2015, Anápolis possuía um sistema de transporte coletivo servido por uma única empresa, a TCA – Transporte Coletivo de Anápolis, cuja prestação de serviços se iniciou em 1963, quando ainda era propriedade de João Rodrigues de Queiroz. Desde 1983, é uma empresa do Grupo Transbrasiliana. A TCA deixou de operar o transporte coletivo de Anápolis no dia 21 de novembro de 2015, dando lugar à nova operadora do serviço, a URBAN – Mobilidade Urbana de Anápolis, empresa vencedora da licitação. A URBAN é formada pelas empresas: Expresso São José do Tocantins e a Viacap – Viação Capital.
Apesar de ser um serviço 100% integrado, que permite que o usuário circule por toda a cidade pagando apenas uma passagem, essa integração é realizada em um único local na região central, obrigando todas as linhas a irem ao terminal da Praça Americano do Brasil.
CMTT – COMPANHIA MUNICIPAL DE TRÂNSITO E TRANSPORTES
Criada em 27 de junho de 2003 com atribuições legais do Poder Público Municipal, a CMTT (Companhia Municipal de Trânsito e Transporte) é uma autarquia municipal autônoma, com patrimônio e receita próprios, criada por lei, com a função de planejar, gerenciar, organizar, direcionar, coordenar, delegar, executar e controlar a prestação de serviços públicos relacionados ao trânsito de veículos, ao sistema viário, transporte urbano e rural e a todas as pessoas envolvidas direta ou indiretamente (condutores, pedestres e ciclistas) com o trânsito, fazendo valer o Código de Trânsito Brasileiro instituído pela Lei 9.503, de 23 de setembro de 1997 e as diretrizes técnicas do CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito).
Faz parte da missão da autarquia implantar e revitalizar as marcas viárias envolvidas no trânsito, sejam elas horizontais (faixas), verticais (placas), rotatórias ou semafóricas, além de criar projetos baseados em estudos realizados pelo Departamento de Engenharia, com a intenção de facilitar e amenizar os impactos do grande fluxo de pessoas e veículos da cidade.
Também é de sua competência a realização de vistorias e autorizações para credenciamento do transporte escolar e do sistema de táxi, contando para isso com equipe especializada, treinada, equipada e apta ao cumprimento de suas prerrogativas.
Desde janeiro de 2007, cabe também à CMTT, o gerenciamento de toda a frota oficial do município, incluindo a disponibilização, manutenção e abastecimento de viaturas de transporte e serviços e maquinário rodante.
[Continua na próxima postagem, com a publicação do Capítulo VII
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