SAÚDE DO CORAÇÃO

DR. JOÃO JOAQUIM DE OLIVEIRA

DR. JOÃO JOAQUIM DE OLIVEIRA é especialista em Medicina Interna e Cardiologia, Assistente do Serviço de Cardiologia e Risco Cirúrgico no Hospital das Clinicas – Faculdade de Medicina / Universidade Federal de Goiás (UFG) – Goiânia-GO; membro Sociedade Brasileira de Cardiologia; e, estudante de Filosofia.

Contatos: joaomedicina.ufg@gmail.com. Acesse: www.jojoaquim.blogspot.comwww.jjoaquim.blogspot.com.br

A Terra está enferma

E ASSIM, caminha a humanidade. Humanidade? Toda ela, toda ela. De começo foi concebido o homem e a mulher para que eles, animais gerados como superiores e diferenciados, inteligência singular e privilegiada, para que eles assim constituídos pudessem cuidar do planeta Terra, de todos os recantos onde houvesse vida animal, vidas vegetal e mineral e também do cosmo. Tais cuidados implicariam em preservar vidas, vidas, vidas. Preservar os ambientes micro e macro, os mananciais de água potável e não potável, os mares, a atmosfera. Que não poluíssem cada espaço terráqueo e sideral.

Não é o que temos visto, assistido e presenciado em nossos tempos. A cada período uma COP (Conference of the Parties). De que adianta inaugurar esta Cop 27 e outras Cops, se os grandes Países poluidores continuam aí liberando fumaças tóxicas, CO2, lixo atmosférico de toda natureza, descartes, lixo nos rios e mares, eliminando vidas e espécies animais e vegetais? De que adianta? Todos falam, falam, deblateram, vociferam nessas Conferências e tudo vai ficando como dantes. Só produção e poluição. Assim não dá, assim dá. Até quando vamos aturar tais desatinos, de gente poderosa, mas vil e nociva com o planeta? A Terra está doente, pedindo socorro. Socorro!

A cada encontro para tratar do clima, do aquecimento global, do derretimento das geleiras, do aumento no nível dos mares por mais águas vindas das geleiras, por até desaparecimento de algumas ilhas e regiões belas e elísios florestais, pelo desequilíbrio da fauna e da flora, pelos danos e impactos na produção de alimentos consequentes à poluição de solos e mananciais. A cada desses encontros, são gerados documentos, termos de ajustamentos, compromissos de cuidados e preservação do mundo natural. Entretanto, e de fato ante tantos discursos convincentes e promissórios, a sociedade global, os defensores do Greenpeace, todos enchem de esperança. Entretanto, passados alguns meses e anos, estão lá os Países mais ricos e mais poluidores. China, Estados Unidos, entre outros do chamado G20, os mais ricos. Cadê as palavras, as promessas não cumpridas? Onde vamos parar com todo esse descaso? Esse descalabro planetário?

O que se pode fazer para fazer valer, ao menos parte desses compromissos das Cops, seria a ONU inaugurar um Comitê, uma Comissão composta dos mais habilitados e sábios especialistas, todos com isenção e sem vieses ou ideologias políticas de seus Países originários, e assim irmanados nesse interesse público e comum fiscalizar e exigir a obediência irrestrita ao que foi proposta de preservação do Planeta. Com este espírito, é muito provável que a Terra voltasse a ser uma morada de todos, a mãe Terra, como a denominamos carinhosamente. E de fato ela assim deveria ser considerada. A casa de toda forma de vida, dos humanos, dos animais, dos vegetais, do mundo mineral e essencial a todos os seres biológicos e não biológicos. Amém.

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