Mau caráter não se cura com terapia
Sou dos que não acreditam em certas terapias para certos tipos de gente. E olhe bem! Há famílias que até tentam consertar esses tais e quejandos rebotalhos; esses desqualificados indivíduos, quando eles são pegos colocando em prática e concretização suas pulsões, seus instintos primitivos, suas mórbidas e reprocháveis inclinações, no mínimo animalescas e rasas.
Porque está provado cientificamente e não por mero parecer, muitos são os desvios de comportamento e conduta intrínsecos a esses indivíduos. Fala-se aqui de um defeito na constituição psíquica e moral do indivíduo. O que seja normal e anormal em se falando de valores sociais, civilizatórios, relacionais e morais guardam suas nuanças, a variabilidade e todo arranjo psíquico e moral, de complexa categorização. Gosto e considero muito pertinente o que o notável psiquiatra dr. Guido Palomba (1948-) de São Paulo, classifica como condutopatas, a muitos estupradores, pedófilos e serial killers.
A questão maior e difícil são os graus leves desses indivíduos desviados do padrão social e civilizado para a sociedade. Os graus moderados ou extremos se tornam tão ostensivos em suas práticas e investidas, que fica muito difícil haver uma camuflagem e esses transgressores são denunciados, flagrados, identificados e apanhados pelas polícias e autoridades.
Estamos assistindo esses dias, às denúncias de assédio sexual e moral contra o ex-ministro lulista (demitido nesta data, 06/09/24) Silvio de Almeida, Ministério dos Direitos Humanos. Imagine só! Dos “direitos humanos”. Pelo que já surgiram de informações, as práticas delituosas (importunação sexual, contato físico? Tudo em apurações) datam de pelo menos de junho de 2024. O ministro em carta publicada em Redes sociais, nega com veemência e repúdio, tais denúncias. Uma das vítimas seria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Pela natureza das coisas, temos no mínimo um crime, com possibilidade de um criminoso ou vários. Ou as vítimas estão falando a verdade, um criminoso, o ministro. Ou se mentiras, várias criminosas de acusações falsas e difamação caluniosa. Olha que espiral possível. Diligências e inquéritos em andamento.
Tornando à questão central. Existem muitos indivíduos que se comportam assim ou assado porque eles trazem um defeito originário na sua organização psíquica, mental, moral, social, com valores humanos frágeis e patológicos. Estamos a falar de empatia, filantropia, generosidade, solidariedade, fraternidade, remorso, etc. Há variações e graus nesses desvios.
Existem nesse espectro, os tidos e havidos socialmente desviados e tolerados. Tomemos para mais clareza alguns tipos humanos, não são delitivos, mas reprováveis, social e civilizacionalmente falando. Há aqueles e aquelas (filhos, filhas) que convivem com uma mãe ou pai doente, um avô, um parente qualquer. Pouco importa, para esse indivíduo disfuncional, quando esse carente de cuidados e ajuda morre! No íntimo, esse filho ou filha sem empatia ou solidariedade, mesmo não declarando, esse doente e dependente de cuidados, companhia, banho, alimentação, cuidados médicos; enfim, esse parente inválido era um estorvo, um membro problema para ele ou ela (sem empatia), assim pensa esse desajustado. Nenhuma empatia e muito menos remorso ou luto, quando morre o parente que o desajustado deveria ajudar proteger, amparar, mostrar sentimentos de amor e generosidade.
Então, pegando esses desqualificados humanos em ordem desagravante. Nenhum deles vai se recuperar ou melhorar com terapias de toda natureza. Eles constituem os tortos e desqualificados constitucionais. Um estuprador, um pedófilo, um serial killer, um assediador de mulheres ou homens. Terapia nenhuma vai consertar esses tais e indigitados maus elementos. Que terapia vai mudar um caloteiro, um folgado e explorador de bens, dinheiro e energias de outra pessoa? Que remédios ou profissional de saúde mental vão alterar os impulsos e compulsões de um comilão por vício e dependência, um maconheiro ou alcoólatra que não quer mudar de vida? Um preguiçoso neurastênico constitucional ou por conveniência? Um desempregado por opção, que não quer produzir e trabalhar? Um corrupto ou improbo ou praticante de peculato? Muitos desses últimos se tornam profissionais desses citados crimes, sejam no âmbito público ou privado. Nas lidas diárias, alguns desses e dessas, estão ali ao nosso redor, se passando por pessoas boas, sociáveis, agradáveis, ridentes, como comensais e convivas de todos os nossos menus e manjares. Membros da casa de orates! Para falar pouco.
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