PAINEL CULTURAL

DR. ABILIO WOLNEY AIRES NETO

DR. ABILIO WOLNEY AIRES NETO é juiz de Direito titular da 9ª Vara Cível de Goiânia-GO.; graduando em Filosofia e em História; e, acadêmico de Jornalismo; autor de 15 livros de história regional, poemas, crônicas e Direito; ocupante de cadeiras no Instituto Histórico e Geográfico de Goiás (IHGG), Instituto Cultural e Educacional Bernardo Élis (ICEBE), na Academia Goiana de Letras (AGL), Academia Goianiense de Letras (AGnL), Academia Dianopolina de Letras (ADL), Academia Aguaslindense de Letras (ALETRAS); e, membro da União Brasileira de Escritores (UBE-GO) – Seção Goiás; e, do Gabinete Literário Goyano. Contatos: @AbiliowolneyYouTube

‘A cidade de Ana : Anápolis’ [Capítulo IX – A saúde

[Em diferentes edições e capítulos, o JORNAL CIDADE publica ‘A cidade de Ana : Anápolis’, livro do articulista Abilio Wolney Aires Neto, lançado pela editora Kelps (Goiânia-GO.), em 2017

Anápolis retratada em capítulos nesta coluna – Imagem: livro

 

IX – A SAÚDE

 

Anápolis se insere como um dos primeiros centros de medicina do Estado de Goiás. Essa definição incorpora todo um ciclo histórico, iniciado pela saga do médico James Fanstone. Quando, em 1925, ele radicou-se definitivamente em Anápolis, já clinicava na cidade o médico Genserico Gonzaga Jayme. James Fanstone construiu o primeiro hospital e realizou a primeira intervenção cirúrgica. O hospital Evangélico Goiano foi fundado em 1927 – o primeiro do Estado de Goiás – e seu idealizador implantou a Escola de Enfermagem “Florence Nightingale”, em 1934.

O sistema de saúde de Anápolis compreende duas frentes: a interna, que presta atendimento à população localizada, e a externa, que propicia a extensão desses serviços a outros estados e municípios. Os municípios imediatamente beneficiados são os de Abadiânia, Goianápolis, Leopoldo de Bulhões. Ouro Verde e Corumbá, entre outros. A manutenção de centros do coração que permitem cirurgias altamente classificadas; hospitais para atendimentos a queimados, neuro e microcirurgias e outras unidades de tratamento especializado, tornam Anápolis de citação regional, com pacientes de diferentes estados, formando uma clientela diversificada no aspecto geográfico.

No município, existem 20 estabelecimentos nosocomiais distribuídos entre as redes pública e privados. A rede particular é composta de três hospitais filantrópicos e quinze de caráter rentável. A rede pública de saúde é intermediada pelos Ministérios da Saúde e da Aeronáutica, da Secretaria Estadual de Saúde e da Secretaria Municipal de Saúde. Há uma Agência da Previdência Nacional, com atendimento através do PAM – Posto de Assistência Médica. O Ministério da Saúde dispões de uma unidade – o Escritório da Superintendência de Campanhas de Saúde Pública – Sucam através do qual se realizam campanhas de medicina preventiva e combate a epidemias e endemias. O ministério da Aeronáutica administra o Hospital da Base Aérea, com atendimento específico a militares e seus dependentes.

A Secretaria Estadual de Saúde administra o SUS – Sistema Unificado de Saúde. Em Anápolis, está sediada a III Regional de Saúde de Goiás, operando ações básicas, epidemiológicas e sanitárias, atuando em conjunto com o Ministério da Saúde e com a Secretaria Municipal de Saúde. A Secretaria Municipal de Saúde é responsável pelo Hospital Municipal e mais 26 postos de atendimento. Na rede privada, há quinze hospitais: Evangélico Goiano, Nossa Senhora de Lourdes, Dom Bosco, Santo Antônio, São Zacarias, Nossa Senhora Aparecida, Santa Paula, São Judas Tadeu, Otorrino, Ortopédico, de Queimaduras, de Cardiologia “Maurity Escobar”, da Criança, de Doenças

Renais e Pulmonares e o Instituto de Psiquiatria “Wassily Chuc”. As unidades filantrópicas são o Hospital Espírita de Psiquiatria, a Maternidade “Dr. Adalbero Pereira da Silva” e a Santa Casa de Misericórdia de Anápolis.

A cidade tem diversas unidades de apoio, diagnóstico e terapêutico: são sete laboratórios independentes (Central, Louis Pasteur, Santana, São Francisco, Bioclínico, Santa Clara e Osvaldo Cruz). Há dois laboratórios de exames avançados: o Centro de Anatomia Patologia e Citologia de Anápolis e o Laboratório de Anápolis de Patologia Clínica.

É mister o trabalho de inúmeras clínicas especializadas que compatibilizam sua atuação à dos hospitais. Nove hospitais dispõem de laboratórios de análises clínicas. Há três clínicas radiológicas em Anápolis e mais oito serviços radiológicos em hospitais. Há quatro unidades de terapia intensiva e quatro centros de tratamento fisioterápico. Em Anápolis, há dois aparelhos de tomografia computadorizada (Hospital Evangélico Goiano e Clínica Radiológica); 168 aparelhos de patologia clínica; 37 unidades de radiologia, cinco de anatomia patológica, quatro de ultrassonografia, onze de ECG – eletrocardiografia, e três de ECG – eletroencefalografia, mais três de hemodiálise. Há um banco de leite humano e um de sangue. Há a Clínica Fitoterápica de Anápolis com internação e assistência especializada. Na maternidade “Dr. Adalberto Pereira da Silva” existe um departamento de homeopatia e outro no Hospital Espírita de Psiquiatria.

Anápolis forma especialistas na área de saúde. A AEE – Associação Educativa Evangélica fundou e mantém a Faculdade de Odontologia “João Prudente”, onde presta atendimento à população em geral, com orientação direta dos professores, em todas as áreas das especialidades que mantém em seu curso: exodontia, odontopediatria, prótese, reabilitação oral etc.

Na cidade, existem 1.976 leitos hospitalares, sendo 140 na rede pública, 612 nos hospitais filantrópicos e mais 1.224 na rede particular. Desse total, sete são para isolamento, 56 para emergência e 52 para UTI. Segundo o Conselho Regional de Medicina, há 678 médicos, o que dá uma média de um para cada 352,2 habitantes. O número de odontólogos é de 283, conforme registra o Conselho Regional de Odontologia. Há 20 enfermeiras com curso superior, 300 técnicos de enfermagem e 400 auxiliares de enfermagem.

350 atendentes de enfermagem. Para o setor, concorrem 84 farmácias e drogarias da linha alopática e mais oito homeopáticas. Há 56 farmacêuticos formados atuantes na cidade.

 

[Continua na próxima postagem, com a publicação do Capítulo X

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