PAINEL CULTURAL

DR. ABILIO WOLNEY AIRES NETO

DR. ABILIO WOLNEY AIRES NETO é juiz de Direito titular da 9ª Vara Cível de Goiânia-GO.; graduando em Filosofia e em História; e, acadêmico de Jornalismo; autor de 15 livros de história regional, poemas, crônicas e Direito; ocupante de cadeiras no Instituto Histórico e Geográfico de Goiás (IHGG), Instituto Cultural e Educacional Bernardo Élis (ICEBE), na Academia Goiana de Letras (AGL), Academia Goianiense de Letras (AGnL), Academia Dianopolina de Letras (ADL), Academia Aguaslindense de Letras (ALETRAS); e, membro da União Brasileira de Escritores (UBE-GO) – Seção Goiás; e, do Gabinete Literário Goyano. Contatos: @AbiliowolneyYouTube

Literatura Produzida em Goiás em Cena: Reflexões e Homenagens em Colóquio [Artigo

A série de colóquios “A Literatura Produzida em Goiás em Cena”, promovida pela Academia Goiana de Letras na Casa Colemar Natal e Silva, abre um espaço enriquecedor para o debate sobre a produção literária goiana, convidando estudiosos, professores e escritores a explorar o vasto e complexo panorama cultural do estado de Goiás.

Abilio Wolney

 

A série de colóquios “A Literatura Produzida em Goiás em Cena”, promovida pela Academia Goiana de Letras na Casa Colemar Natal e Silva, abre um espaço enriquecedor para o debate sobre a produção literária goiana, convidando estudiosos, professores e escritores a explorar o vasto e complexo panorama cultural do estado de Goiás. Nos dias 14 e 21 de novembro de 2024, renomados acadêmicos e pesquisadores apresentarão suas análises sobre temas que abrangem desde o sertão até o cinema, passando pelo imaginário popular e a ecocrítica, proporcionando um mergulho nas obras de autores fundamentais para a cultura literária goiana.

No primeiro colóquio, em 14 de novembro, o Prof. Dr. Rogério Borges e Carmem Lúcia Cardoso discutem o conto “A Mágoa de Vaqueiro”, de Hugo de Carvalho Ramos, explorando a trajetória de pertencimento e solidão de sua personagem Mariazinha. Já Custódia Anunziatta Spencieri e Mazé Alves analisam o sertão no cinema a partir da obra de Hugo de Carvalho Ramos, e Custódia Anunziatta Spencieri com Luiz Carlos Mantovano abordam o movimento intersemiótico em “Profugus” de Miguel Jorge. Na sequência, a relação entre literatura e cinema na obra “O Tronco”, de Bernardo Elis, é debatida por Divino José Pinto e Francisca Lima, enquanto Denise Dias reflete sobre o Araguaia sob a ótica da poetisa Lêda Selma. O evento conta também com o lançamento de Árvores da Vida, livro que celebra a conexão entre o ser humano e a natureza.

Já no segundo colóquio, marcado para 21 de novembro, destaca-se a análise de Maria Aparecida Rodrigues sobre a modernidade tardia na obra de Miguel Jorge. Vanderlei Kroin explora o imaginário nas obras de Lêda Selma e Maria Helena Chein, e Wanice Garcia Barbosa propõe uma leitura ecocrítica das obras de José J. Veiga. A narrativa literária e audiovisual em torno de Leodegária de Jesus é tema de Rosa Berardo, enquanto Divino José Pinto e Patricy Tormim analisam a poesia de Aidenor Aires e Getúlio Targino. Ainda, Elizete Albina Ferreira e Ednara Silva Pereira estudam as conexões literárias em Rosarita Fleury, Elos da Mesma Corrente. Na ocasião, será lançado o livro Passageiro e Eterno de Getúlio Targino Lima, outra obra marcante para a literatura goiana.

Árvores da Vida: Uma Jornada de Conexão com a Terra

O livro Árvores da Vida, de Diana Gonçalves Lima, Maria de Fátima Gonçalves Lima e Waldemar Naves do Amaral, celebra o vínculo profundo entre o homem e a natureza. Com uma narrativa que mescla prosa e imagens poéticas, a obra propõe uma “travessia” em que o leitor é convidado a refletir sobre a relação com a terra e o respeito por todos os seres. A árvore Jade, uma poderosa metáfora para a mãe natureza, emerge como símbolo de vida e renovação, unindo gerações e seres em um ciclo eterno de criação. Através das árvores, das flores e das criaturas que compartilham a vida, Árvores da Vida nos lembra do valor do cuidado com o próximo, do amor materno e da proteção ao planeta. Lêda Selma, escritora e ex-presidenta da Academia Goiana de Letras, destaca a obra como um tripé de emoções, desafios e descobertas que inspira o bem-viver e a valorização da criação.

Em sua poesia, natureza e sonhos entrelaçam-se em um constante milagre do nascer e renascer, evocando a imagem da árvore como um ser pleno de vida e eternamente em transformação. Segundo a poetisa Lêda Selma, Árvores da Vida “é resultado de olhares amplos que contemplam realidade, ficção e o lúdico”, tornando-se uma obra fundamental para aqueles que buscam compreender o amálgama entre o ser humano e o ambiente natural.

 

Abilio Wolney reside em Goiânia, é juiz de Direito, escritor, membro da Academia Goiana de Letras (AGL) e articulista do JORNAL CIDADE

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