PAINEL CULTURAL

DR. ABILIO WOLNEY AIRES NETO

DR. ABILIO WOLNEY AIRES NETO é juiz de Direito titular da 9ª Vara Cível de Goiânia-GO.; graduando em Filosofia e em História; e, acadêmico de Jornalismo; autor de 15 livros de história regional, poemas, crônicas e Direito; ocupante de cadeiras no Instituto Histórico e Geográfico de Goiás (IHGG), Instituto Cultural e Educacional Bernardo Élis (ICEBE), na Academia Goiana de Letras (AGL), Academia Goianiense de Letras (AGnL), Academia Dianopolina de Letras (ADL), Academia Aguaslindense de Letras (ALETRAS); e, membro da União Brasileira de Escritores (UBE-GO) – Seção Goiás; e, do Gabinete Literário Goyano. Contatos: @AbiliowolneyYouTube

‘A cidade de Ana : Anápolis’ [Capítulo XVI – BASE AÉREA DE ANÁPOLIS – BAAN

[Em diferentes edições e capítulos, o JORNAL CIDADE publica ‘A cidade de Ana : Anápolis’, livro do articulista Abilio Wolney Aires Neto, lançado pela editora Kelps (Goiânia-GO.), em 2017

Fotos: livro

 

 

XVI – BASE AÉREA DE ANÁPOLIS – BAAN

 

Com o objetivo de realizar missões de defesa aérea específica e imediata de ação na capital da República, criou-se a primeira unidade de intercepção no Brasil. Para sediar esse complexo militar, foi escolhida a cidade de Anápolis, conforme decisão do marechal-do-ar Márcio de Souza e Mello, a 10 de agosto de 1969.

A 10 de maio de 1970, a Força Aérea Brasileira definiu que o avião que iria guarnecer a Base Aérea de Anápolis seria o caça supersônico Mirage, fabricado na França pela “Marcel Dassauli”. A 18 de janeiro de 1972, o presidente da República em exercício, general Emílio Garrastazu Médici, criou a 1° Ala de Defesa Aérea. Em 09 de fevereiro do mesmo ano, o Ministério da Aeronáutica ativou a Base Aérea de Anápolis e o NU-ALADA – Núcleo da 1° Ala de Defesa Aérea, sendo designado para chefiá-lo o majoraviador Piragibe Fleury Curado, que assumiu a partir de 05 de abril de 1972.

No dia 23 de outubro de 1972, o então ministro da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Joelmir Campos de Araípe Macedo desativou o NU-ALADA e instalou a 1° ALADA – Ala de Defesa Aérea, indicando como seu primeiro comandante o coronel-aviador Antônio Henrique Alves dos Santos, que tomou posse no dia 30 daquele mês.

Em 19 de abril do ano seguinte, foi desativada a 1° ALADA em surgimento da Base Aérea de Anápolis, sendo na mesma ocasião criado o 1° Grupo de Defesa Aérea. O primeiro comandante da Base Aérea de Anápolis foi o coronel-aviador Ivan Moacir da Frota e o primeiro comandante do GDA–Grupo de Defesa Aérea foi o tenente-coronel-aviador Thomas Anthony Blower.

A 23 de agosto de 1972, foi inaugurada a pista de pouso da Base Aérea de Anápolis e, no dia 23 de outubro do mesmo ano, chegava a primeira unidade dos F-103 Mirage III, ostentando as cores de sua designação. O primeiro voo do Mirage no Brasil ocorreu a 27 de março de 1973, na Base Aérea de Anápolis, tendo como piloto, Pierre Varrault, da Fábrica “Marcel Dassauli”, marcando assim a era bissônica na Aeronáutica Militar brasileira.

A implantação da Base Aérea de Anápolis trouxe como consequência imediata para os anapolinos, o aumento populacional em decorrência da fixação de militares e de suas famílias na cidade. Para isso, foram construídos dois núcleos habitacionais: a Vila dos Oficiais e a Vila dos Sargentos. O efeito notável foi o reaparelhamento de toda a estrutura urbana e social; novas escolas de diversos níveis de ensino, melhoria no comércio, etc.

Enquanto ALADA, a unidade da Força Aérea Brasileira em Anápolis teve como comandante: o major-aviador Piragibe Fleury Curado, coronel-aviador Antônio Henrique Alves dos Santos, coronelaviador Jorge Frederico Bins, coronel-aviador Jaime Silveira Peixoto, coronel-aviador Nelson José de Abreu de Ó de Almeida. Desde sua ativação como tal, a Base Aérea de Anápolis esteve sob os seguintes comandos: cononel-aviador Ivan Moacir da Frota, coronel-aviador José Elislande Baio de Barros, coronel-aviador Umberto de Campos Carvalho Neto, coronel-aviador João Fares Neto, coronel-aviador Antônio Carlos Teixeira Chagas, coronel-aviador Gildo Fernandes de Souza e coronel-aviador Sérgio Fernandes Martins.

A Base Aérea de Anápolis é uma das mais importantes bases da Aeronáutica do país. Atualmente, opera os caças F-5EM do 1º Grupo de Defesa Aérea (1º GDA). Futuramente, operará também o primeiro lote de 12 caças Gripen NG que têm previsão de chegada no Brasil em 2019; esses caças são mais modernos e rápidos que os F-5EM operacionais, e os Mirage 2000 já aposentados.

Operacional desde 23 de agosto de 1972, a Base passou a abrigar também o Esquadrão Guardião (2º/6º Grupo de Aviação) a partir de julho de 2002, quando se tornou sede de parte do Sistema de Vigilância da Amazônia Sivam, o Esquadrão utiliza também a aeronave Embraer EMB-145 RS/AGS, respectivamente de Alarme Aéreo Antecipado e Reconhecimento por Sensoriamento Remoto.

Para abrigar os militares da Base, a Aeronáutica construiu duas vilas, a Vila dos Sargentos (no bairro Anápolis City) e a Vila dos Oficiais da Aeronáutica (na Av. Universitária) e, com a realização do evento Portões Abertos, tornou-se um importante foco de atração turística. Este evento normalmente é realizado na semana do 7 de Setembro e atrai visitantes de todo o país, momento em que a Base mostra parte de seus equipamentos e aviões e no qual há voos de caças, aviões antigos e apresentação da Esquadrilha da Fumaça.

Anápolis também conta com um quartel do Exército, representado pelo Tiro de Guerra, que já possui 72 anos de instalação na cidade.

Quando Promotor de Justiça e depois como Juiz Diretor do Foro na comarca, pude anuir convites para eventos solenes na Base Aérea de Anápolis.

Meu pai Zilmar Póvoa Aires foi, numa das vezes, comigo.

 

[Continua na próxima postagem quinzenal, com a publicação do Capítulo XVII

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