Lembrando que decidiu se candidatar no último dia das convenções, salienta que trabalha muito na campanha e tem sido bem recebido em todas as cidades visitadas. “Espero chegar, com a compreensão e o apoio do povo, a esse novo cargo de deputado federal para representar bem Goiás”.
Memorizando ter entregue o governo redondinho, é enfático: “Entrei pela porta da frente do Palácio das Esmeraldas e saí pela porta da frente também do mesmo Palácio, com os amigos, companheiros e com a minha família. Sinto feliz de ter honrado tudo isso, algo que me credencia para um novo desafio, enfrentar as urnas”.
Outros cargos
Doutor Alcides Rodrigues foi também deputado estadual (1991-1994 [renunciou para assumir cargo no Executivo municipal, a partir de 1º de janeiro de 93]), prefeito de Santa Helena de Goiás (1993-1996) e vice-governador (1999-2002 e 2003-2006).
Em parte do exercício do cargo de vice, foi secretário de Estado de Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Habitação; e, de 20 de agosto a 30 de novembro de 2003 foi prefeito interventor em Anápolis.
João Alberto Rodrigues (PRP), prefeito de Santa Helena de Goiás, é filho dele, que é casado com Raquel Rodrigues, deputada estadual nas legislaturas 1999-2002 (assumiu em 2 de janeiro de 2001 na vaga de Luiz Moura, que havia renunciado para assumir cargo de prefeito) e 2003-2006 (renunciou para assumir cargo no Executivo municipal, a partir de 1º de janeiro de 2005). Raquel igualmente foi prefeita de Santa Helena de Goiás (2005-2008 e 2009-2012).
Leia a entrevista, gravada no escritório político dele, em Goiânia.
Passados os primeiros dias, que avaliação pode ser feita das eleições em Goiás?
Eu sou candidato de apenas 60 dias, porque aceitei a candidatura no último dia das convenções. Antes não deslumbrava ser candidato, mas acabei aceitando a candidatura e desde então saí a campo, procurando percorrer espaços maiores e em menor tempo, já que a campanha eleitoral deste ano é atípica, diferente das dos anos anteriores. Uma campanha muito curta e pré-campanha. Ou seja: serei candidato de 60 dias de campanha. O que posso dizer em relação à minha campanha, é que eu estou trabalhando, tenho sido bem recebido em todos os lugares por onde passo e espero chegar, com a compreensão e o apoio do povo goiano, a esse novo cargo de deputado federal para representar bem Goiás em Brasília. Em geral, estou vendo com bons olhos a campanha e apoio o Ronaldo Caiado, nosso colega médico, para o Governo de Goiás.
Por que Ronaldo Caiado é a melhor opção para governar Goiás?
É uma pessoa que julgamos preparadíssima para exercer essa nobre e árdua função. Por isso tudo, eu estou vendo com bons olhos também a campanha para governador do Estado, apoiando e pedindo votos para o Ronaldo Caiado. Ele está liderando as pesquisas, está mantendo a liderança e até crescendo, em termos de números, em termos de percentuais, em comparação aos demais candidatos.
O que levou o senhor, homem com diferentes profissões e ocupado, se dedicar a mais uma campanha eleitoral?
Primeiro, por cobranças de companheiros e amigos e, até pressão de pessoas ligadas da gente para que voltássemos à militância política. Analisando, eu achei que podia contribuir muito, tem muito trabalho a ser feito e, usufruindo da experiência que obtivemos ao longo do tempo, procurar contribuir para com o Estado de Goiás, os goianos e também para o Brasil, lá na Câmara Federal. Nós sabemos que as coisas acontecem lá na Câmara Federal e também no Senado Federal. O Executivo não faz leis, o Judiciário e o Ministério Público [MP] também não fazem leis, quem faz leis, boas ou ruins, é o Legislativo, é o Congresso Nacional, o Senado Federal e a Câmara Federal, na esfera nacional, além das Assembleias Legislativas na esfera estadual. Cabe aos parlamentares a responsabilidade de fazer com que as coisas aconteçam, que vão de encontro ao pensamento e às aspirações do povo brasileiro e daquilo que o Brasil realmente necessita também. Eu me sinto preparado para exercer essa função, contribuir para trabalhar em prol deste mesmo povo que eu mencionei.
Externe uma mensagem para as comunidades goianas.
Eu fiz um grande esforço para solucionar anseios e aspirações do povo goiano. E na verdade eu fiz muito, muito. Eu não fiz propaganda, mas fiz muitas obras. Obras das mais diversas, de saneamento básico fiz uma revolução, entregamos a empresa redondinha, Saneamento de Goiás [Saneago] superavitária. Fizemos asfalto em todas as regiões do Estado. Asfalto importante para ligar regiões, cidades, logradouros. Atuamos também na segurança pública, demos promoção, aumento salarial substancial para os servidores que compõem a Segurança do Estado de Goiás. A Educação teve uma atenção muito grande também. Na Saúde, construí hospitais, iniciei a construção de outros. De forma, que procurei trabalhar muito em todas as áreas, envolvendo o Vale do Araguaia, o Norte, Nordeste, a região Sul, Sudeste, região Sudoeste, Vale do São Patrício, a região Central, Goiânia e a Grande Goiânia também. Todas as cidades têm uma marca do nosso governo. Eu fico à vontade até para visitar esses Municípios porque sou bem recebido e mais do que isso: tenho obtido o reconhecimento do grande esforço nosso, apesar das grandes dificuldades que nós enfrentamos na época. Primeiro, um Estado em perfeito desequilíbrio financeiro e econômico. Segundo, nós enfrentamos a crise de 2008, a maior crise que nós tivemos, com nós conseguindo passar no imbróglio durante aquele período. Entregamos o governo redondinho, entrei pela porta da frente do Palácio das Esmeraldas e saí pela porta da frente também do mesmo Palácio, com os amigos, companheiros e com a minha família. Portanto, me sinto feliz de ter honrado tudo isso, algo que me credencia para um novo desafio, enfrentar as urnas, buscando a vitória.
Muitos são os aliados e amigos – exemplo de doutor Cláudio Brandão (PMB), que busca cadeira na Assembleia. Poder somar forças com todos eles é um motivo a mais para tentar ajudar Goiás em nova etapa de sua atuação política?
Sem dúvidas e comentei que tenho sido bem recebido em todos os lugares por onde passo e espero chegar. Esse reconhecimento, essa compreensão e as muitas manifestações de apoio são estimulantes. Sobre o doutor Cláudio Brandão, também meu colega de Medicina, o qual conheço há anos, afirmo ser uma pessoa preparada, um jovem de boas ideias que se dispôs a servir ao Estado, ao povo goiano através de uma candidatura. Hoje – em virtude da situação econômica, financeira que o Brasil passa e também tem uma resistência muito grande por parte da população em discutir o tema eleição –, a gente tem de aplaudir as pessoas que estão procurando colocar seus nomes para esses desafios. Profissional sério, médico e advogado, o doutor Cláudio Brandão é uma delas: pessoa preparada e, precisamos de pessoas preparadas, capazes de fazer aquilo que o povo espera e almeja.
A saúde pública nos Municípios poderia estar melhor caso um novo pacto federativo tivesse sido praticado?
Hoje nós sentimos isso na pele. Existe uma concentração de recursos na área federal e, os Estados, principalmente os Municípios, estão cada vez mais com problemas de ordem financeira. As atribuições aumentaram, os recursos diminuíram e essa equação não fecha. Nós temos que rediscutir imediatamente esse pacto federativo, porque é impossível você ter tantas atribuições e os recursos não serem suficientes, ficando os Municípios e Estados à mercê do governo federal, que, aliás, saiu daquele contexto que foi feito na última Constituição Federal, a de 1988, aquilo que foi dito. Aprovado foi através de subterfúgio, via governo federal – saindo fora do contexto e não contemplando os Municípios. Não foi aprovado conforme foi discutido e aprovado na época.
Agronegócio brasileiro. É possível amenizar a carga tributária, que tanto prejudica o produtor rural?
O agronegócio, a atividade agropecuária no Brasil não só contempla essa própria área, mas o comércio e a indústria, pois são intercalados e se complementam. É ilógico discutir o agronegócio, se não discutir também a industrialização, o comércio, a área de serviço. O Brasil desenvolveu muito, quer seja através de tecnologia ativa aplicada no campo hoje, mas também pelo empreendedorismo dos goianos, paraenses, paulistas, dos brasileiros, como um todo, que estão nessa atividade. Uma coisa leva à outra. Agora, o mercado internacional é complicado, nós tivemos aí problemas enormes, no caso da carne. Primeiro, da carne bovina, depois a carne de frango. São problemas que levam muita preocupação para os setores envolvidos aqui no Brasil, já que os competidores no Brasil, os concorrentes, estão utilizando dessa brecha que foi dada – digamos assim, entre aspas –, e, entrando de sola nos espaços que foram conquistados por muitos, durante muitos anos e, por muitos anos pelos setores envolvidos nas exportações e tudo mais…
…A China é motivo ou não de preocupação para o Brasil?
E a China? A China preocupa economicamente o mundo, pela sua própria população de grandes consumidores. São 1,350 bilhão de habitantes oficialmente e, oficiosamente já, seguramente, passa de 1,500 bilhão. É volumoso esse País e, tem se revelado também um grande empreendedor, porque durante pouco tempo a China se desenvolveu e está concorrendo com os Estados Unidos e Países da Europa também. A China é um grande consumidor, importa muito e também exporta muito, saiu lá de trás, já ultrapassou o Japão e a Alemanha, a Alemanha que ultrapassou, por sua vez, o Japão, ficando atrás dos Estados Unidos. É causa de preocupação com o próprio Estados Unidos da América, em relação a China, como concorrente comercial e concorrente em vários setores. De forma, que preocupa mais na área comercial, acho que não passa disso. Hoje, as nossas principais exportações são para a China, mesmo de Goiás! O principal importador de nossos produtos é a própria China. É um País solução, mas, preocupa comercialmente as grandes potências.
(Jota Marcelo)