“Estamos dando aula de humanização na saúde”, diz governador sobre unidade de saúde, que é um dos mais modernos complexos de combate ao câncer infantil do Brasil.

Unidade já realizou mais de 2 mil atendimentos desde junho, quando entrou em funcionamento – Fotos, inclusive da home: Fotos: Secom

Entrega do Cora é maior realização das gestões Ronaldo Caiado (2019-2026), aqui ladeado pelo vice-governador Daniel Vilela e pela primeira-dama Gracinha Caiado

Caiado disse que o Cora significa esperança para os pacientes e grande número de atendimentos comprova demanda reprimida. Prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (dir.) prestigiou o evento, além de outras autoridades, profissionais da saúde e familiares do governador
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), inaugurou, na quinta 25 de setembro, o Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora). Maior obra da atual gestão, a unidade é um dos mais modernos hospitais de combate ao câncer infantil do Brasil. Desde junho, quando entrou em funcionamento, o número de atendimentos passa de 2 mil. “Aqui, as crianças são tratadas no padrão dos melhores hospitais particulares do mundo, mas pelo SUS [Sistema Único de Saúde]. Estamos dando uma aula de humanização na saúde”, disse o chefe do Executivo.
“Entregamos esperança para as crianças, e a perspectiva de ter sua doença curada, porque este hospital tem o melhor nível do ponto de vista científico e traz o que existe de mais inovador em tecnologia”, continuou. “O Cora está atendendo desde 7 de junho. Em dois meses e 15 dias, são mais de duzentas cirurgias feitas, mais de quinhentas consultas e internações. Mostra a demanda represada de crianças humildes que não tinham para onde ir, e nem recursos para mudarem para Barretos [-SP] ou Brasília [-DF]. […] E não temos limite de atendimento: é o que determina no SUS. Ou seja, para toda a população brasileira”.
Caiado definiu a entrega como a realização de um sonho e espécie de presente, já que chegou aos 76 anos na mesma data. “Nunca tive um aniversário que me completasse tanto quanto este. Posso dizer que, como governador e médico, tenho certeza que cumpri com o que esperava fazer no Governo, e com o que Deus espera dos homens e mulheres de bem desse nosso Estado”, afirmou.
O Cora já está mudando vidas. Há menos de uma semana, a paciente Nayara Pereira realizou a última sessão de quimioterapia, e recebeu alta. “Estamos indo para casa com o coração cheio de alegria e esperança. Deixo uma palavra para cada mãezinha que está aqui: tenha fé, acredite”, disse Nayara Pereira, mãe da criança recuperada. Ela comentou, ainda, que a qualidade do corpo clínico e da estrutura do complexo “está fazendo a diferença na vida de várias crianças”, a exemplo do tratamento de sua própria filha.
Gracinha Caiado, primeira-dama do Estado, presidente de honra da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) e coordenadora do Gabinete de Políticas Sociais da instituição, e coordenadora do programa Goiás Social, afirmou que o Cora é um legado de dedicação à vida, e que marcará Goiás por muitas gerações. “Essa obra é muito mais do que paredes, leitos ou equipamentos. O Cora é a tradução do amor que Ronaldo Caiado tem pelo Estado e, sobretudo, pelo povo mais vulnerável. Um ato tão grandioso de amor como esse só podia resultar em esperança, vitória e futuro”, observou. “Que cada criança e família que passe por este hospital, sinta o cuidado de cada um que colaborou para que esse sonho se tornasse realidade”.
O vice-governador goiano Daniel Vilela (MDB) frisou que a solenidade representou um marco para a medicina goiana. “Havia muitas crianças invisíveis para o sistema de saúde na área de oncologia. E muitas não tinham acesso a nenhum tipo de serviço de combate ao câncer. Então, é algo muito impactante”. O evento reuniu dezenas de autoridades, entre prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, deputados estaduais e federais, senadores, personalidades, populares, e especialistas da saúde.
Números e perfil
O Cora foi construído em tempo recorde, num prazo de 25 meses entre o anúncio e a inauguração. Para tanto, contou com modelo inovador de contratação, compartilhado entre o Estado e o Terceiro Setor. A assinatura da ordem de serviço foi em fevereiro de 2023, e todo o processo conta com acompanhamento rigoroso dos órgãos de controle. O Governo de Goiás investiu R$192,7 milhões na estrutura e R$63,2 milhões em equipamentos.
Inspirado no modelo do Hospital de Amor, em Barretos, reconhecido internacionalmente pela assistência integral e humanizada, o Cora é gerido pela Fundação Pio XII, a mesma responsável pela unidade paulista. “Eu ando o Brasil inteiro, passei por 20 Estados do País e não vi nenhum Governo oferecer o que Ronaldo está oferecendo [para Goiás]. É completo, é dignidade para as pessoas, para as famílias”, comentou o diretor-geral do Cora, Henrique Prata.
Segundo Prata, de tão preparado, em apenas 60 dias o hospital atendeu o que era esperado para ocorrer num período de seis meses. O complexo recebe pacientes de zero a 17 anos (e de 18 a 23 anos com câncer ósseo), via SUS. Desde que entrou em operação, em junho, diagnosticou e iniciou o tratamento de 119 casos de câncer; realizou duzentas e vinte e cinco cirurgias e cento e oitenta e uma internações. Também contabiliza quinhentas e vinte e seis consultas médicas e 926 atendimentos multiprofissionais em diferentes áreas da saúde, como nutrição, fisioterapia e psicologia.
“Para ser encaminhado ao Cora, não precisa ter um diagnóstico confirmado. A gente vai fazer todos os exames para confirmar o diagnóstico aqui também. O paciente é regulado, então, se procurar a atenção primária, alguma unidade de saúde [em caso de suspeita de câncer], será encaminhado para este hospital”, explicou o secretário de Estado da Saúde, Rasível Santos.
O Cora oferece 60 leitos, incluindo Unidade de Tratamento Intensiva (UTI), centro cirúrgico, central de transplante de medula óssea e avançado sistema de filtragem do ar. São realizados exames laboratoriais, análises patológicas, ressonâncias, tomografias, ultrassons, hemodiálise, transfusões e outros procedimentos, com funcionamento 24 horas por dia. O custeio mensal de toda a estrutura é estimado em R$6,8 milhões.
‘Humanidade e compromisso’
Na coletiva de imprensa que antecedeu a inauguração, Ronaldo Caiado lembrou as dificuldades desde a ideia da construção, passando pela conquista da cessão do terreno, localizado às margens da BR-153, da pandemia e do custeio da construção, inteiramente financiado pelo tesouro estadual.
“Esta obra não é um caixote, como alguns citaram. Ela é vida, humanidade, compromisso”, pontuou o governador.
(Informações, sob adaptações: Secom Comunicação)