‘A cidade de Ana : Anápolis’ [Capítulo X – Comércio
[Em diferentes edições e capítulos, o JORNAL CIDADE publica ‘A cidade de Ana : Anápolis’, livro do articulista Abilio Wolney Aires Neto, lançado pela editora Kelps (Goiânia-GO.), em 2017
X – COMÉRCIO
O comércio, um dos principais alimentadores da economia anapolina, é marcante figura na história do município.
No ano de 1887, o mesmo pernambucano Oscar Leal deixou escrito, entre outras anotações de viagem: Na vila das Antas […] tem umas seis lojas de fazendas mal sortidas e algumas tabernas que vendem fumo, cachaça e mantimentos.
Em 1911, mudou-se de Pirenópolis para Anápolis, Antônio Luiz de Pina. Comerciante, ele instalou-se com uma loja, a Rainha da Barateza. Vendia gêneros alimentícios, calcados, ferragens, tecidos, armarinhos etc. A Rainha da Barateza foi, à época, uma das maiores lojas de todo o Estado de Goiás.
Hoje, classificada como “a mais importante cidade do interior do Estado”, quer no seu aspecto econômico, cultural e político, Anápolis tem uma situação geográfica privilegiada, situando-se entre duas capitais: Goiânia e Brasília.
É o principal entroncamento da região central do Brasil – cortada pelas BRs 060 / 153 / 414 e pela estrada de ferro (DAIA) – é cognominada de “Portal da Amazônia” e “Trevo do Brasil”.
Pelo seu potencial comercial atacadista e varejista, e sua vocação industrial, a cidade é denominada de “Capital Econômica de Goiás”.
Com efeito, o comércio varejista ganha expressivo porte com a venda de eletrodomésticos, móveis, tecidos, calçados, perfumaria, roupas feitas, medicamentos etc. É centro atacadista abastecedor de vários municípios e de alguns Estados. O comércio do arroz e do café beneficiados, carne resfriada e bebidas faz de Anápolis centro exportador.
O universo de atuação imediata de Anápolis se faz com Ouro Verde, Nerópolis e Goianápolis (municípios desmembrados do primeiro), com os de Inhumas, Nova Veneza, Petrolina de Goiás, São Francisco de Goiás, Corumbá de Goiás pela proximidade; com os do Norte, Nordeste e Médio Norte do Estado, pela necessidade de abastecimento; Pirenópolis, Abadiânia, Leopoldo de Bulhões e Silvânia pela condição de limítrofes ou divisórios. Seguem-se todos os municípios da região da Estrada de Ferro e finalmente pela proximidade e inter-relacionamento de natureza política, social e econômica, com as respectivas capitais do País e do Estado: Brasília e Goiânia.
Até meados da década de 1990, principalmente também por causa da forte estagnação econômica vivida pelo país, o município vivia basicamente do ramo atacadista, bastante forte na cidade. Após esse período, grandes atacadistas surgem e/ou se fortalecem, tais como: Armazém Goiás, Pérola Distribuição, Grupo Cristal Vidros, Rio Vermelho Distribuidor, Eldorado Atacadista, Super Vida Distribuidor entre outras.
A partir de 2005, Anápolis passou a contar com um forte impulso econômico que melhorou bastante o seu comércio. Desde então, empresas conhecidas nacionalmente passaram a abrir filiais na cidade, entre elas podemos destacar as Lojas de Departamentos: Riachuelo, Pernambucanas, Marisa, Renner, Americanas, Avenida e Havan; Alimentação: McDonald’s, Giraffa’s, Subway, Burger King, Bob’s, QG, DNA Natural, Pizza Z, Patroni Pizza, Fon Pin, Max Sushi, Ting Express, Habib’s e Divino Fogão; Bomboniére: Brasil Cacau, Cacau Show e Kopenhagen; Artigos do Lar: M Martan e Colchões Ortobom; Artigos Esportivos: Centauro; Brinquedos: Ri Happy e Harry’s; Perfumaria/Cosméticos: O Boticário, Le Senéchal, Contém 1g e Água de Cheiro; Eletrodomésticos: Casas Bahia, Ponto Frio, Ricardo Eletro e Eletrosom; Hipermercado: Carrefour e Bretas.
Há, ainda, grandes comerciantes locais, tais como Varejão das Fábricas, Lojas Bazzar, Compensados Anápolis, Supermercados Floresta, Super Vi e Stamp Gráfica. O comércio automotivo é bastante forte, contando com revendas de veículos Volkswagen, Ford, Renault, Nissan, Hyundai, Honda, Toyota, Mitsubishi, Fiat, Kia, Chevrolet, Jeep e Effa. No ramo caminhoneiro, há revenda das marcas Ford, Volks e Mercedes Benz e no ramo motociclístico há revendas da Honda, Dafra, Kasinski e Traxx.
No ramo de implementos rodoviários para caminhões, há revendas Guerra e Randon e fábricas da Facchini e Librelatto.
SETOR TERCIÁRIO
Com a estrutura do setor terciário, Anápolis possui total independência comercial dos grandes centros urbanos que a cercam.
SERVIÇOS
A cidade conta com restaurantes e empresas de propaganda, prestação de serviços e bancos. Hoje, possui 42 agências bancárias, sendo: nove agências do Itaú (uma Personalitté), oito da Caixa Econômica Federal, oito do Bradesco (uma Prime), cinco do Banco do Brasil, quatro do Santander, duas do HSBC, três da Sicoob, uma do BRB, uma do Safra e uma do Banco Mercantil do Brasil, estando em obras uma agência do Banco do Brasil Estilo.
Conta ainda, com 24 agências lotéricas e 98 postos de atendimento bancário.
SHOPPINGS
Anápolis conta com alguns shoppings, o Brasil Park Shopping, Anashopping, Jaiara Shopping, Central shopping, Havan dentre outros centros populares e Galerias.
Com cerca de 120 lojas, incluindo seis âncoras (Carrefour, Lojas Renner, Lojas Americanas, Centauro, Ri Happy, e Flávios Calçados) espalhadas em 42.000m² de área na região central da cidade, o Brasil Park Shopping conta com 5 salas de cinema, sendo duas com projeção 3D, praça de alimentação para 400 pessoas, várias redes de fast-food nacionais, 1.200 vagas de estacionamento e um público estimado em cerca de 500.000 visitantes por mês.
Já o Anashopping conta com uma área de aproximadamente 50.000m², 75 lojas, incluindo seis âncoras (Hiper Vip, Renauto, Planeta Chevrolet, Novo Mundo, Lojas Americanas, Lojas Avenida e outras). Conta com 4 salas de cinema (incluindo uma 3D), estacionamento para 1.000 vagas e um público estimado em 200.000 pessoas por mês.
A cidade conta com outros centros comerciais mais populares, dentre os quais, citamos o Central Shopping, o Shopping Santana Box, o Shopping Center e o Shopping Popular, todos na região central.
Na Vila Jaiara, encontra-se o Jaiara Shopping, um shopping popular que conta com supermercado, agências bancárias, Fujioka, e as Lojas Americanas e outras pequenas lojas, ainda em implantação. No bairro Jundiaí, temos a Galeria Nazir (cujo maior locatário é o Burger King) e ainda as galerias Mariah e Deck, ambas em fase final de acabamento.
ECONOMIA
Anápolis é o quinto maior PIB do Centro-Oeste (atrás de Brasília, Goiânia, Campo Grande e Cuiabá) com um valor agregado de R$12.041,451 bilhões em 2013, sendo ainda a 53ª maior economia industrial do país, segundo dados do IBGE, e um dos seus principais centros logísticos. Possui diversificada indústria farmacêutica, destacada presença nos ramos automobilístico, de alimentos e atacadista de secos e molhados, além de importante participação do ramo educacional e uma pujante rede bancária com 35 agências.
O município é o terceiro do Estado em população e o primeiro no ranking de competitividade e desenvolvimento divulgado pela Secretaria Estadual de Planejamento, além de estar no centro da região mais desenvolvida do Centro-Oeste brasileiro, conhecida como o eixo “Goiânia-Anápolis-Brasília”.
TURISMO
O turismo é pouco desenvolvido na cidade, principalmente pela falta de atrativos naturais, entretanto, a cidade se destaca pelo turismo religioso e de negócios. Há hotéis direcionados ao turismo de negócios e também hotéis-fazenda.
O turismo em Anápolis conta com atrativos como a Base Aérea de Anápolis com seus caças Mirage III EBR (F-103) e Mirage 2000 expostos em três locais na cidade, e em efetivo funcionamento os caças F-5EM do 1º Grupo de Defesa Aérea (1º GDA) e aviões de rastreamento R-99A e 99B; o turismo de negócios – em razão da grande concentração de empresas no Município; e o turismo religioso, com renomados eventos promovidos pelas igrejas católicas, denominações evangélicas e pela comunidade espírita.
Na área urbana, há alguns locais de contemplação e descanso, tais como Parque Ambiental Ipiranga, o Parque JK, o Parque da Liberdade, o Parque Senador Onofre Quinan (Parque da Juventude), o Parque Antônio Marmo Canedo (Parque da Matinha), a Praça Bom Jesus, a Praça Americano do Brasil (com seu avião Mirage F-103) e o Museu Histórico Alberico Borges de Carvalho.
[Continua na próxima postagem quinzenal, com a publicação do Capítulo XI
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