‘A cidade de Ana : Anápolis’ [Sumário e Introdução
[Em diferentes edições e capítulos, o JORNAL CIDADE publica A cidade de Ana : Anápolis, livro do articulista Abilio Wolney Aires Neto, lançado pela editora Kelps (Goiânia-GO.), em 2017
SUMÁRIO
Introdução……17
I – As origens do município……25
II – Plataforma urbana da cidade……42
III – Os três poderes em Anápolis……54
IV – Contribuição estrangeira: os primeiros imigrantes……70
V – A Estrada de Ferro Goyás em Anápolis……74
VI – Transporte……81
VII – A cidade no início do século XXI……87
VIII – Educação……103
IX – A saúde……111
X – Comércio……114
XI – Daia – Distrito Agroindustrial de Anápolis……119
XII – Plataforma logística multimodal……125
XIII – Aeroporto Municipal de Anápolis……127
XIV – Acia, Sicovan e CDL em Anápolis……131
XV – Centro de Convenções de Anápolis……134
XVI – Base Aérea de Anápolis – BAAN……136
XVII – Meios de comunicação e a imprensa local……140
XVIII – Religião……146
XIX – Estrelas do cinema que viveram em Anápolis……154
XX – Urna dos 50 e dos 100 anos de Anápolis……158
XXI – Alguns vultos anapolinos……163
XXII – Cultura e lazer……200
XXIII – Árabes, Sírios e Libaneses em Anápolis……215
XXIV – Abílio Wolney no contexto histórico de Goiás……219
XXV – Memórias……225
Galeria de fotos antigas de Anápolis……261
INTRODUÇÃO
Na extensa malha da Ferrovia Norte-Sul, a Cidade de Ana inaugura o primeiro quartel do 3º milênio no comboio do seu Centenário de emancipação política, em 2007, comemorando o topônimo Anápolis graças à sugestão dada pelo deputado Abilio Wolney na Tribuna do Congresso Estadual de Goiás nos idos de 1896-1900 e adotado pela Lei 320 de 31 de julho de 1907.
Em 2016, a população de Anápolis foi estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 370.875 habitantes e constitui-se na segunda maior força econômica do Estado, com um PIB de mais de R$12.714.454 bilhões em 2014.
A cidade se firmou como polo industrial, com destaque para o ramo farmacêutico a partir da instalação do Distrito Agroindustrial em 1976 e foi apontada pela revista Veja, em 2010, como uma das 20 Cidades Brasileiras do Futuro, em razão de seu grande potencial logístico.
A urbe é cortada pelas rodovias federais BR-153, BR-060 e BR-414, rodovias estaduais GO-222, GO-330, GO-437 e GO-560 e pela Ferrovia Centro-Atlântica.
A enciclopédia livre da Wikipédia registra na rede mundial de computadores que:
A origem etimológica do nome está ligado a Sant’Ana, cuja capela em louvor a ela foi edificada em 1871 por Gomes de Sousa Ramos, se tornando um fator de agregação da população local. Há correntes que defendem a origem como uma homenagem a Dona Ana das Dores de Almeida, que no ano de 1859, passava pelo local e perdeu um dos animais de carga, o qual ao ser encontrado com suas malas de carga espalhadas pelo chão, não conseguiram retirar uma delas do local, justamente uma com a imagem de Sant’Ana, levando Dona Ana a prometer erguer no local uma capela em sua homenagem, promessa cumprida por seu filho Gomes de Sousa Ramos em 1871. O sufixo Pólis (πολις) é originário da língua grega e significa cidade. Assim, Anápolis significa literalmente cidade de Ana. Este nome foi sugerido pelo deputado Abilio Wolney em 1896 em substituição ao nome Vila de Sant’Anna das Antas, porém só foi adotado oficialmente quando a Vila foi elevada à categoria de cidade em 31 de julho de 1907. [1]
A cidade é palco de vários ciclos econômicos, o que a faz um canteiro industrial em Goiás, surgindo no cenário como Manchester goiana, locomotiva veloz da ferrovia do desenvolvimento, trevo do Brasil. Como narra Júlio Alves:
Anápolis serviu como cabeça-de-ponte para a implantação de duas capitais, respectivamente nas décadas de 30 e de 50, quando da implantação de Goiânia e de Brasília. O mesmo se deu na histórica “Marcha para o Oeste”, programa pioneiro de ligação rodoviária entre o Sul e o Norte do país, que, em Goiás, fez surgir a Colônia Agrícola (hoje Ceres e Rialma), tendo à frente o “Bandeirante do Século XX” – Bernardo Sayão de Araújo.
Anápolis está localizada a 53km da capital de Goiás, Goiânia e a pouco mais de 130km da capital federal, Brasília. Considerada um dos maiores entroncamentos rodoviários do país, a cidade é ligada à Goiânia pela rodovia duplicada BR-060/153, a Brasília pela duplicada BR-060, ao norte do país pela BR-153, à cidade de Nerópolis pela GO-222, à cidade de Leopoldo de Bulhões e Santa Rosa de Goiás pela GO-330, à cidade de Corumbá de Goiás pela BR-414, à cidade de Ouro Verde de Goiás pela GO-433 (início
no distrito de Interlândia) e à cidade de Gameleira de Goiás pela GO-437 e faz parte da região do eixo Goiânia-Brasília, considerada a mais desenvolvida da Região Centro-Oeste. [2]
Assentada numa região chamada “Planalto do Alto Tocantins-Paranaíba”, subunidade no Planalto Central brasileiro, caracteriza-se pelos latossolos do seu espaço geográfico, isto é, solos minerais e homogêneos, que predominam tanto nas regiões mais planas quanto onde o relevo é mais acidentado.
Em geral, o terreno do município é caracterizado por planos ligados por rampas, o que traz uma imagem relativamente ondulada e acidentada, com a altitude variando entre 1.000 e 1.200 metros, sendo a altitude média geralmente fixada em 1.017 metros. Predominam declividades entre 5% e 15%.
A maior parte do território do município possui um relevo medianamente dissecado com potencialidade erosiva fraca. Apresenta formas convexas associadas a formas tabulares amplas.
O clima está entre o tipo tropical com estação seca (Köppen Aw) e como se situa em altitude elevada, as temperaturas são mais amenas, de modo que a temperatura, ao longo do ano, oscila entre a mínima média de 18°C e máxima média de 28°C.
Existem duas estações distintas: a da seca, que coincide com o período de temperaturas menores, geralmente de abril a setembro; e a das chuvas, que coincide com o verão. Sendo assim, os meses de agosto e setembro são muito secos e costumam ser quentes, apesar do inverno, e as primeiras chuvas após o tempo de seca chegam com a entrada da primavera, variando de um ano para o outro.
A umidade relativa do ar tem uma variação sazonal. A média mensal fica em torno de 50 a 60% nos meses mais secos (que pode chegar a 20%), mas no período das chuvas ultrapassa a 80%.
A cobertura vegetal do município está quase que totalmente descaracterizada pela ação do homem. Cultura de cereais, como arroz, milho, café e a formação de pastagens para alimentação do rebanho bovino, substituíram muito da formação vegetal original.
O município localiza-se em uma área de tensão ecológica, ponto de contato entre o cerrado e a região da mata. O cerrado, predominante a leste, tem dois tipos básicos de cobertura: o cerrado propriamente dito e o campo cerrado.
A flora da região dos campos cerrados é formada principalmente por jacarandá, peroba-branca, quina-do-campo, aroeira, pequi e lobeira. Na região de mata, destacam-se o angico, o amarelão ou garapa, o ipê-amarelo e o ipê-roxo, algumas espécies de palmeiras e a taboca. A mata ciliar ou de galeria, que acompanha as margens dos córregos, possui palmitos, buritis, samambaias e imbaúbas, entre outras plantas.
Embora não exista nele nenhum rio caudaloso, nascentes na região do município de Anápolis levam águas para as bacias dos rios Paraná, Tocantins e Araguaia, com importância para a Platina e a Amazônica e do Rio São Francisco. São dezenas de córregos e ribeirões com pequeno volume de água, muitas vezes estreitos e encachoeirados, que não podem ser utilizados para navegação. Durante o período das chuvas, costumam transbordar, muito embora o volume de água que possuem seja pequeno.
Eleonor Roosevelt já dizia que “o futuro pertence àqueles que acreditam na beleza dos seus sonhos”. Em boa nostalgia, esta obra visa a relembrar um passado outrora sonhado e realizado, perfilar alguns vultos, cujas biografias também fizeram a história da cidade, pontuando os acontecimentos importantes nos últimos 110 anos.
No dia 31 de julho de 2007, Santana das Antas alvorecia para um novo período de sua história, abrindo o lacre da urna do cinquentenário para guardar na urna do centenário a perspectiva do próximo meio século da sua história.
Ao concluir este livro em 2017, quando, no dia 31 de julho Anápolis completou 110 anos de emancipação política, a imprensa trouxe a seguinte retrospectiva:
1980 – A Cidade ganha a primeira emissora de televisão – TV Tocantins – da Organização Jaime Câmara, afiliada da Rede Globo.
1990 – Em abril desse ano, foi promulgada e entrou em vigência a Lei Orgânica do Município de Anápolis, em outras palavras, a “Constituição Municipal”. Com a Constituição Federal promulgada a 5 de outubro de 1988, o município brasileiro ganhou o “status” de integrante da organização político-administrativa da República Federativa do Brasil, conforme o art. 1º da Constituição da República.
1998 – Neste ano, a tecelagem Vicunha, que foi um dos principais ícones da industrialização de Anápolis, encerra as suas atividades.
1999 – Criada a Universidade Estadual de Goiás (UEG), com sede em Anápolis. Este ano marca, também, o início das operações do Porto Seco Centro-Oeste.
2000 – Ano que marca a criação do Polo Farmoquímico e que coloca o município, hoje, entre os três maiores produtores de medicamentos do País.
2002 – Anápolis perde um dos maiores expoentes da política: Henrique Santillo, que foi vereador, prefeito, secretário de Estado, governador, ministro da Saúde e presidente do Tribunal de Contas do Estado.
2007 – Retomada das obras da Ferrovia Norte-Sul e inauguração da infraestrutura da Plataforma Logística Multimodal. Foi também o ano de instalação da primeira montadora de veículos: a CAOA/Hyundai.
– Anápolis comemora 100 anos de emancipação. Um dos eventos mais aguardados foi a abertura da urna depositada no ano do cinquentenário, que revelou vários objetos e documentos históricos.
2009 – Início de uma nova fase político/administrativa em Anápolis, com a eleição de Antônio Roberto Gomide para o comando do Poder Executivo.
2010 – Inaugurado o Parque Ambiental do Ipiranga, hoje um dos principais cartões postais de Anápolis.
2011 – Inaugurado o viaduto no cruzamento das avenidas Contorno, Presidente Kennedy e Universitária.
2012 – Nas eleições deste ano, a Câmara Municipal elevou o número de representação parlamentar para 23 cadeiras.
2013 – Base Aérea aposenta frota de aviões Mirage, que foi implantada em Anápolis ainda na década de 70. Substitutos dos Mirage serão os supersônicos Gripen, de fabricação sueca.
2014 – O prefeito Antônio Gomide, deixou o cargo para disputar a eleição para o governo do Estado. O vice, João Gomes, do mesmo partido, assumiu a Prefeitura.
– Viaduto da Avenida Brasil com a Fayad Hanna é entregue à população, mas a obra apresentou seguidos problemas, poucos dias depois da inauguração.
– Presidente Dilma Rousseff (PT) vem a Anápolis para inaugurar obra da Ferrovia Norte-Sul, que demorou 27 anos para sair do papel. Trecho Anápolis-Palmas ainda não está em operação comercial.
– Marconi Perillo (PSDB) é reeleito para o Governo de Goiás, com expressiva votação de Anápolis.
– Viaduto do Distrito Agro Industrial de Anápolis é aberto para o tráfego.
2015 – Anápolis recebe a primeira locomotiva da Ferrovia Norte-Sul.
2015 – Começa a cobrança de pedágio na BR-060, entre Anápolis e Goiânia.
2016 – Um acalorado debate, envolvendo vários segmentos sociais, marcou a discussão e votação da revisão do Plano Diretor e a mudança do perímetro urbano. Câmara Municipal teve ampla renovação.
– Erros em projeto paralisam a obra da Câmara Municipal de Anápolis (jornal O Contexto).
2017 – Em 2017, vamos ao teatro dos acontecimentos, nos capítulos que formam este livro no aniversário dos 110 anos da Cidade de Ana.
[1] https://pt.wikipedia.org/wiki/Anápolis
[2] Idem.
[Continua na próxima postagem
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