Jair Bolsonaro e Fernando Haddad no segundo turno

Bolsonaro: vitória em 7 de outubro, com 46,03% dos votos – Foto: Dhavid Normando/Futura Press/Estadão Conteúdo

Haddad: segundo lugar, reunindo 29,28% dos votos – Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação

100% das urnas apuradas e Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), totalmente opostos, disputarão o segundo turno das eleições presidenciais 2018 – o sexto, em oito pleitos presidenciais, desde a redemocratização do ano 1985. O capitão reformado do Exército ganhou o primeiro turno com 46,03% dos votos válidos, contra 29,28% de Haddad. Diferença grande, com o petista precisando, agora, ganhar cerca de 1 milhão de votos diários, sem que o adversário conquiste mais votos.

Desde as eleições presidenciais de 1989, primeira após redemocratização, apenas em 2006 um disputante obteve menos votos no turno final – Geraldo Alckmin (PSDB) somou 37,5 milhões de votos no segundo turno; 2,4 milhões de votos a menos que no turno inicial.

Em Goiás, Bolsonaro obteve 57,24% dos votos válidos (1.868.686 sufrágios), contra 21,86% (713.535) de Haddad. Em Uruaçu, sede do Jornal Cidade, a votação transcorreu sem problemas. Bolsonaro: 51,38% (10.009); Haddad: 27,76% (5.408).

A campanha eleitoral teve início dia 16 de agosto, com 13 candidatos à Presidência da República, maior número de concorrentes desde o ano 1989, quando 22 personagens quiseram comandar o Brasil. A data da votação para o segundo turno está agendada para o dia 28 de outubro.

 

Bolsonaro

49.276.990 votos no turno inicial… Visado popularmente ao extremo nos comentários em geral e rotulado de radical e polêmico, Bolsonaro anunciou ser pré-candidato a presidente da República, se filiou ao Partido Social Liberal (presidido em Uruaçu por Guthierys Rodrigues Reis de Souza [Guthierys Rodriguez]) e, se lançou candidato, desacreditado por terceiros, em especial, pelos adversários políticos – Isso, na fase da pré-campanha. Tanto, que teve dificuldades para achar um vice-presidenciável. O general Hamilton Mourão (PRTB) é o vice.

Manifestando e praticando (ainda mais) campanha basicamente nas redes sociais, investiu em discurso conservador, juntando costumes, família, recuperação da economia, combate à corrução e à violência urbana… E, pronto: mobilizou estrondoso número de admiradores, simpatizantes, apoiadores, defensores, eleitores.

Corria o 6 de setembro, quando, no abdômen, Bolsonaro foi esfaqueado durante caminhada em Juiz de Fora-MG. Levado para a Casa de Misericórdia, onde se submeteu a cirurgia, chamou ainda mais atenção. A facada, desferida por Adelio Bispo (preso e levado para a Polícia Federal [PF] para prestar esclarecimentos), atingiu os intestinos delgado e grosso. Depois, o líder das pesquisas foi transferido para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Dia 13, após diagnosticado com aderência no intestino, foi submetido a bem sucedida cirurgia de emergência.

Ganhou alta dias depois, prosseguiu com a recuperação, mas, por segurança, evitou sair de casa localizada em condomínio horizontal na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.

Bolsonaro, deputado federal em sétimo mandato, pelo Rio de Janeiro (no processo sucessório 2014, foi o mais votado no Estado para a Câmara Federal, com 464.565 votos), é titular da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN); e, suplente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO), além de integrar a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM).

Pelo PDC, em novembro de 1988, foi eleito para a Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Dois anos mais tarde, se elegeu deputado federal (via PDC) pela primeira vez, renunciando ao mandato de edil e tomando posse na Câmara dos Deputados em 1991.

Era 1993, participou da fundação do Partido Progressista Reformador (PPR), oriundo da fusão do PDC e Partido Democrático Social (PDS).

 

Haddad

Segundo colocado no primeiro turno, Fernando Hadda (PT), que tem Manuela D’Ávila (PCdoB) como vice, recebeu 31.342.005 milhões de votos. Haddad não deixa dúvida: buscará novos apoios no segundo turno.

Além de político, o petista Haddad é acadêmico e advogado. Ministro da Educação entre 2005 e 2012 (governos Lula e Dilma Rousseff, ambos do PT). Na Administração 2013-2016, foi prefeito de São Paulo.

55 anos, adentrou o pleito eleitoral deste ano na condição de vice-presidenciável, com Lula encabeçando chapa, mas totalmente ciente de que provavelmente substituiria o companheiro ao logo da jornada, algo concretizado em 11 de setembro (face problemas lulistas perante as Justiças Comum e Eleitoral), última data para que a coligação substituísse o titular – preso na sede da PF em Curitiba, desde 7 de abril, cumprindo pena por corrupção e lavagem de dinheiro –, sob pena de ficar de fora da disputa.

Em Uruaçu, Antônio Ricardo Eckert preside o PT.

 

Outros

Demais presidenciáveis, do terceiro ao 13º lugares, no primeiro turno:

Ciro Gomes (PDT): 12,47% (13.344.366 votos válidos)

Geraldo Alckmin (PSDB): 4,76% (5.096.349)

João Amoêdo (NOVO): 2,50% (2.679.744)

Cabo Daciolo (PATRIOTAS): 1,26% (1.348.323)

Henrique Meirelles (MDB): 1,20% (1.288.948)

Marina Silva (REDE): 1% (1.069.577)

Alvaro Dias (PODE): 0,80% (859.601)

Guilherme Boulos (PSOL): 0,58% (617.122)

Vera (PSTU): 0,05% (55.762)

Eymael (DC): 0,04% (41.710)

João Goulart Filho (PPL): 0,03% (30.176)

Votos brancos: 2,65% (3.106.936). Nulos: 6,14% (7.206.205). Abstenção: 20,33% (29.941.265).

 

(Jota Marcelo. Com atualizações e acréscimo de dados)

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